As marcas do golpe militar

Por taica bogger queiroz rodrigues | 21/08/2015 | Direito

Os anos 60 marcaram tempos de preocupante instabilidade política intimidados pela intensa cominação dos golpes militares os quais eram promovidos e sustentados por governos extremamente arbitrários e dominantes. Na nação brasileira, tais golpes verificaram-se após a renúncia do até então presidente Jânio Quadros para evitar que o seu vice, João Goulart viesse a substituí-lo.

Na ocasião na qual Jango deveria assumir o cargo à presidência, ele se encontrava em uma viagem oficial na China e fora acusado de ser adepto ao comunismo. Tal acontecimento foi articulado com a participação elementar dos Estados Unidos da América os quais consideravam a posse presidencial de Jango uma terrível ameaça, e consequentemente, um possível desencadeamento do avanço dos ideais comunistas na América do Sul.

Dessa maneira, o Estado americano chegou a enviar ao Brasil reforços que garantissem o golpe militar, porém, eles não foram necessários devido ao fato de o governo contemporâneo ter se entregado facilmente, tornando assim, dispensável a intervenção direta do comando estadunidense. A partir deste momento, o país brasileiro viveu anos aterrorizantes marcados pela exorbitante violência e temor propagados.

Esse fato desencadeou inúmeras mudanças profundas nos contextos político, econômico e social diante de um sistema militar rígido o qual não poupava esforços para combaterem cidadãos os quais reivindicavam revoluções plenas. Tais revoluções eram impulsionadas pela ânsia de liberdade e respeito aos direitos do brasileiro, mas em meio a essa luta, suscitaram diversos assassinatos e desaparições que até hoje não foram explicadas.

No entanto, mesmo diante de um cenário histórico marcado pelo terror e fragilidade, ainda hoje existem cidadãos os quais defendem tal interdição militar a fim de afrontarem o governo hodierno. Tais pessoas são motivadas pela repulsa aos constantes escândalos e pelo ódio aos partidos políticos. Todavia, em meio a essa disputa entre adeptos a partidos distintos, deve-se levar em conta o melhor para a ordem e progresso do país.

Sem sombra de dúvidas, diante de tanta desonra envolvendo a corrupção, é natural que a população brasileira se revolve e ainda, é fundamental que ela se una para reivindicar justiça perante os políticos arbitrários que os representam. Mas essa mudança próspera não será alcançada através de intervenção militar, mas sim quando os cidadãos brasileiros se enxergarem como uma união e não como rivais defensores de partidos diferentes.

Trata-se de uma atividade relacionada a disciplina de Temas em Direitos Humanos do curso do Direito na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, unidade de Paranaíba.