AS INTERRELAÇÕES DOCENTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA...

Por DANIELA DA SILVA NUNES | 30/11/2016 | Educação

AS INTERRELAÇÕES DOCENTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: INTERFERÊNCIAS NA PRÁTICA DE ENSINO.

RESUMO

A Educação escolar vem se desenvolvendo cada vez mais por profissionais da educação. É preciso que haja interdisciplinaridade e boas relações entre corpo docente em espaço escolar e dos mesmos com a gestão. Neste engajar, expressou-se no modelo do “ser professor” que domina a arte de educar, de reencontrar, de despertar nas pessoas a capacidade de mudar. O presente trabalho justifica-se logo por observar as ações errôneas, de intromissão e empatia de demais profissionais e gestores, além da falta de boa conduta ética no espaço escolar em meio às metodologias de ensino de outros professores no mesmo ambiente de trabalho “a escola”. O presente trabalho buscou como objetivo geral: Analisar os fatores que interferem na atuação docente na educação básica. E como objetivos específicos: Caracterizar o perfil dos profissionais da educação e metodologia de ensino; Investigar a relação entre corpo docente e dos demais com a gestão escolar. A pesquisa foi desenvolvida através do Estudo de Campo na Escola Padre Balduino, localiza-se na Cidade de São Francisco do Piauí – Povoado Serrinha. O estudo contou com a participação voluntária de 09 professores da Educação Básica de diferentes áreas de atuação. Concluiu-se que a pesquisa possui aspectos de boas relações e inter-relações, interdisciplinaridade e metodologias de ensino aplicadas por cada professor voluntário de acordo coma a realidade assistida na escola. Notou-se uma relação harmoniosa entre docentes e direção escolar, e por fim, em contraposição, observaram-se aspectos negativos direcionados à coordenação escolar, e da mesma com os docentes.

INTRODUÇÃO           

A educação escolar vem se desenvolvendo cada vez mais por profissionais da educação, assim desta forma é possível desenvolver bons relacionamentos em ambiente escolar.Em premissa vemos em Hagemeyer (2004) que durante muito tempo a trajetória da profissão docente tem estreita ligação com a história da educação escolar e com os impasses e desafios por ela enfrentados. Visto que a função de pensar e agir sobre o processo pedagógico nas últimas décadas reflete na profissão docente que se depara com um processo de valorização e desvalorização, crítica e perda de identidade.

No entanto, em concordância com o autor acima citado, alguns modelos de profissionalismo se distanciam da prática pedagógica, mesmo diante o processo de valorização da atuação atual e do saber pedagógico em ambiente escolar, na maneira em que a conduta ética e moral também são modificadas em cada momento da realidade e convivência existencial.

O autor Domiciniano (2011) afirma ser problemática a convivência pacífica entre os cidadãos, em uma abordagem de um mínimo moral necessário a ser transmitido; que são transmitidos aos educandos, nos vários níveis de ensino. Mas, que valorizem as atitudes, valores e hábitos, os quais não se podem renunciar.

Ou seja, no sentido em que o currículo escolar deve ser composto por um conjunto de moral e valores, e de equipes diversificada em transmissão de conhecimento que através dos tempos possam conceder ao alunado suporte necessário a sua formação futura. Para tanto, é preciso que haja interdisciplinaridade e boas relações entre o corpo docente em espaço escolar e dos mesmos com a gestão.

Neste enfoque, buscou-se o ser educador em Dassoler e Lima (2012), ao entender que, o educar é constantemente um aprendizado em que o conhecimento construído resulta em novas relações com os outros e com o conhecimento, que por sua vez, geram novas construções. Desse modo, a profissão docente renova-se todos os dias.

Nesta perspectiva a interdisciplinaridade encontra-se dentro das inter-relações, e estas por sua vez tentam manter-se na disciplinaridade ou disciplina sobre o ensinar e o aprender.

Uma vez que, a convivência entre as demais disciplinas que compõem o currículo escolar se transformam na multidisciplinariedade, e este por vez evoca basicamente um aspecto quantitativo, e de somas sem que haja um nexo necessário entre as abordagens, assim como entre os diferentes profissionais. Ou seja, uma abordagem multidisciplinar pode verificar – se sem que se estabeleça um nexo entre seus agentes (COIMBRA, 1970, p.57).

Porém, cabe ressaltar que o termo multidisciplinaridadedestaca o verdadeiro papel do professor nas diversas atividades de rotina, e no desenvolvimento pela busca de conhecimento ao se deparar com fatores que interferem na sua prática educativa; muitos deles podem se associar ou não à sua práxis com outros demais profissionais, e de diferente área de atuação, além das ações resultantes destas.

Neste engajar, Dassoler e Lima (2012) expressaram-se no modelo do “ser professor”, que domina a arte de educar, de reencantar, de despertar nas pessoas a capacidade de mudar. Assim, dessa forma a formação do professor é indispensável para a prática educativa, a qual se constitui o lócus de sua profissionalização cotidiana no cenário escolar.

Sendo de relevância ser tarefa de o professor educador recusar o individualismo em busca de novas práticas de ensino. Assim, as identidades isoladas construídas historicamente pelos docentes precisam ser superadas em busca de uma dimensão de grupo. Para isso, o professor deve se preocupar em participar nos planos de regulação do trabalho escolar, de pesquisa e de avaliação conjunta para permitir a partilha de tarefas e responsabilidades (RAPOSO; MACIEL, 2005).

Meio a isto, ao abordar a ética de conduta profissional em aspecto escolar, Domiciniano (2011) explana a ideia que a vida cidadã e cultural do individuo promove na interação a instauração das comunidades com suas especificidades vivenciais. Por causa disso, faz-se necessário respeitar a variação linguística, a diversidade cultural, a capacidade dialogal e a consciência dos próprios sentimentos e emoções de professores, como uma simples prática dialética. Deste modo, é fundamental ao ser humano ter boa conduta dos valores que perpassam sua atitude junto com outros. E, ademais, não se pode visualizar a cidadania sem aparato ético e moral constituído a ação humana.

Sobre estas afirmações, o presente trabalho justifica-se ainda como estudante ao ouvir histórias de atuações docentes em ambiente escolar que em especial, por uma dessas histórias sobre inter-relações e vivências críticas entre professores no ambiente escolar tão logo pudesse observar as ações errôneas, de intromissão e empatia de demais profissionais e gestores, além da falta de boa conduta ética no espaço escolar em meio às metodologias de ensino de outros professores no mesmo ambiente de trabalho “a escola”.

Para isto, buscou-se por explicações sobre tais questionamentos: O porquê outros profissionais de diferentes áreas tramitam de forma errônea nas disciplinas que não se aplicam a formação de origem? Quais aspectos direcionam um profissional da educação sejam eles (as) gestores e professores a estabelecer uma harmonia entre disciplinas diversificadas que permeiam em o mesmo espaço escolar? A gestão no aspecto geral como incentivador (a) da educação escolar estabelece harmonia entre corpo docente e ensino respeitando as funções individualidades e metodológicas? Quais interferências são mais decorrentes na educação escolar sobre as inter-relações de professores na atuação e práxis pedagógica? Existem de fato condutas éticas com os demais docentes e gestores na atuação de cada área disciplinar? E, se há de fato intervenções de outros profissionais em demais áreas da práxis pedagógica em espaço de trabalho?

São de fato muitas as dúvidas que inseridas no presente estudo se relacionam com a formação, ética e prática pedagógica. Assim como podem ser bastante às respostas encontradas para tais questionamentos. Em vista disto, deve-se alinhar o aspecto inter-relações com o local de trabalho interdisciplinar e multidisciplinar que se faz no presente estudo. Pois, a educação vem de berço e logo a formação não; pois este se torna abrangente ao longo do tempo. 

A formação esta ligada a educação que é um fenômeno próprio dos seres humanos, e que vem sendo prática da educação como conhecimento formalizado. E, sem dúvidas no “Ser Pedagogo”, mesmo em áreas diversas – no qual significa a condução ao saber, a cultura, a função transposta posteriormente ao mesmo preceptor, ao educador. Tendo a escola como local institucional do ensino e da prática pedagógica (HAGEMEYER, 2004, p.72). 

Em efeito, a formação em certa disciplina didática permite ao educador um campo vasto de conhecimento sem que este permeie em outras disciplinas de forma invasiva, implicante, ou que haja interrupções na jornada de outros educadores atuantes no mesmo espaço escolar.

O que se anseia, no entanto, seria a práxis no trabalho pedagógico. Este recrutado de habilidades e ações, como vê ainda no autor acima citado, pois o mesmo direciona o trabalho pedagógico como ação, reflexão e transformação do sujeito que dele participa, considerando a natureza não material da educação escolar, isto é, a produção de ideias, símbolos, hábitos, atitudes e habilidades no processo humano-social.

Em concordância ao exposto, Demo (2000, apud DASSOLER; LIMA, 2012) explica que a pedra de toque da qualidade educativa é o professor visto como alguém que aprende a aprender, alguém que pensa forma – se e informa – se, na perspectiva da transformação do contexto em que atua como profissional da educação. Mediante a esta formação e a informação, a escola deve observar a composição curricular e formação de educadores, em particular formar discussões humanas continuadas fundamentais para o exercício da profissão.

Observa-se então a LDB, que surgem as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e fornecem a cada área de formação profissional as bases para o exercício da profissão, definindo o perfil e competências a serem alcançados, e ressaltando a necessidade de flexibilidade dos currículos de graduação, de modo a permitir projetos pedagógicos inovadores, formando pessoas mais críticas, reflexivas, ativas, dinâmicas, adaptáveis às demandas do mercado de trabalho.

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