AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
Por ALESSANDRA GOMES DA SILVA FREITAS | 04/02/2022 | EducaçãoAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
Alessandra Gomes da Silva Freitas[1]
RESUMO
O referido estudo pretende analisar a importância das inteligências múltiplas no contexto escolar. A questão norteadora do assunto é a teoria das inteligências múltiplas e como ela pode contribuir para maior eficácia do processo ensino/aprendizado. Na abordagem das inteligências múltiplas, o aluno é visto de maneira integral e única, em virtude dessa concepção as metodologias educacionais, o fazer pedagógico e a didática ganham novas perspectivas que podem trazer contribuições relevantes para o âmbito educacional. Howard Gardner é um psicólogo responsável pela formulação da teoria das inteligências múltiplas, ele descreve o desenvolvimento e processo cognitivo como uma capacidade compreender os sistemas simbólicos utilizados num contexto cultural e sugere que o ser humano não possui somente um ou dois tipos de inteligências, mas sim múltiplas inteligências. A pesquisa é uma abordagem qualitativa, com cunho exploratório por meio de pesquisa bibliográfica.
PALAVRAS-CHAVE: Inteligências Múltiplas; Ensino; Aprendizagem; Teorias.
- INTRODUÇÃO
A teoria das inteligências múltiplas foi desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Howard Gardner que veio mudar a visão e ação de muitos educadores e profissionais, sendo hoje prática pedagógica em inúmeras escolas em todo o mundo. Depois de muitos anos de pesquisas com a inteligência humana, o psicólogo concluiu que o cérebro do homem possui sete tipos de inteligência. Porém, a maioria das pessoas possui uma ou duas inteligências desenvolvidas. Isto explica porque um indivíduo é muito bom com cálculos matemáticos, porém não tem muita habilidade com expressão artística. De acordo com Gardner, são raríssimos os casos em que uma pessoa possui diversas inteligências desenvolvidas.
Gardner (1995) ainda afirma que estas inteligências apresentam-se de duas formas. Algumas pessoas já nascem com determinadas inteligências, ou seja, a genética contribui. Porém, as experiências vividas também contribuem para o desenvolvimento de determinadas inteligências.
Faz-se necessário a realização de uma pesquisa mais aprofundada sobre o tema em estudo para a compreensão que os estímulos e o ambiente social são importantes no desenvolvimento de determinadas inteligências, pois muitas vezes quando se fala em inteligências múltiplas levando-se a uma postura equivocada fazendo com que dúvidas apareçam, o que pode prejudicar o processo de ensino aprendizagem. As inteligências múltiplas podem contribuir de forma positiva para o aprendizado dos alunos fazendo com que os mesmos tenham seus conhecimentos aproveitados na sua totalidade assim como viabilizar o trabalho do educador.
A referente pesquisa tem como objetivo conhecer a origem dos estudos das inteligências múltiplas, assim como identificar quantas e quais são os tipos de inteligências múltiplas e como o gerenciamento das mesmas pode contribuir no processo de ensino aprendizagem.
O estudo será delimitado a uma abordagem bibliográfica referente ao assunto, portanto, o estudo refere-se às capacidades aluno de ser dotado de inteligências múltiplas e da necessidade de desenvolver estratégias de ensino para o desenvolvimento dessas inteligências, mecanismos que viabilizam a concretização do presente estudo.
- REFERENCIAL TEÓRICO
- O QUE É INTELIGÊNCIA?
Segundo Gardner (1995), Inteligência é a faculdade de entender, compreender, conhecer. Inteligência é também juízo, discernimento, capacidade de se adaptar, de conviver. Constitui potencial biopsicológico não especificamente humano, mas que em seres humanos assume dimensão inefável.
Para Gardner (1995) “é uma capacidade para resolver problemas e serve também para criar ideias ou produtos considerados válidos”. As criaturas humanas possuem nível elevado de inteligência e por isso são criativas, revelam capacidade de compreender e de inventar e ao acolher uma informação, atribuir-lhe significado e produzir respostas pertinente.
Segundo Gardner, (1995, p. 21), autor da teoria das Inteligências Múltiplas:
A inteligência é (...) a capacidade de responder a itens em testes de inteligência. Os testes psicométricos consideram que existe uma inteligência geral, nos quais os seres humanos diferem uns dos outros, que é denominada g. Este g pode ser medido através da análise estatística dos resultados dos testes. É importante acrescentar que tal maneira de encarar a inteligência ainda hoje está presente no senso comum e mesmo em muitas parcelas do meio científico.
Para Antunes (1998),
Inteligência em seu sentido mais amplo significa a capacidade cerebral pela qual se pode penetrar na compreensão das coisas escolhendo o melhor caminho. A inteligência é resumida pelo pequeno dicionário ilustrado brasileiro da língua portuguesa como “a faculdade de compreender”.
Assim de acordo com Antunes (1998, p. 11), “a inteligência serve para nos tirar de alguns “apertos” sugerindo opções que em última análise, levam-nos a escolher a melhor solução para um problema qualquer”.
Diante disso percebe-se a necessidade de usar a inteligência em vários aspectos para que se tenha um leque de direcionamentos e assim se chegue a uma solução de um problema existente.
- O QUE SÃO INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS?
Inteligências múltiplas e seus diversos estilos de aprendizagem e educação de qualidade vem oferecendo uma educação de qualidade sem excluir nenhum aluno, atendendo a diversidade de indivíduos presente no mesmo espaço escolar, ao estilo de aprendizagem e as múltiplas inteligências de cada educando, portanto, torna-se imprescindível valorizar que “todos poderão aprender” através dos diferentes estilos de aprendizagem e as inteligências múltiplas de cada aluno”. Os estilos de aprendizagem são o modo como cada um aprende melhor e as inteligências múltiplas constituem as habilidades que podemos utilizar para aprender.
Segundo Gardner (1994), a teoria das inteligências múltiplas sugere abordagens de ensino que se adaptam às ‘potencialidades’ individuais de cada aluno, assim como à modalidade pela qual cada educando pode desenvolver melhor o processo de aprendizagem.
De acordo com Gardner (1995, p. 31): “Embora todos os seres humanos possuam todas as inteligências em algum grau, certos indivíduos são considerados “promissores”. Eles são extremamente bem dotados com as capacidades e habilidades essenciais daquela inteligência.”
As inteligências múltiplas não são por si só responsáveis pelo futuro do individuo, pois as mesmas podem ser desenvolvidas de maneira satisfatória ou não para que suas habilidades sejam de relevantes em sua vida. É nesse sentido que o referencial das I.M interage, pois na utilização do referencial as habilidades são valorizadas e cada pessoa é diferente e pode desenvolver suas inteligências, e não ser rotulado de aluno fracassado por não ser bom em uma disciplina ou outra, não existe um conjunto padrão de atributos que precisamos ter para ser considerado inteligente. Para isso a prática do professor deve favorecer a habilidade de cada criança, permitindo que nas dificuldades elas aprendam e desenvolvam suas inteligências.
- ORIGEM DOS ESTUDOS DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
A Teoria das Inteligências Múltiplas foi desenvolvida por Howard Gardner, professor de Educação e co-diretor do Projeto Zero, no Harvard Graduate School of Education, e professor adjunto de Neurologia na Boston University School of Medicine, em 1983, e surgiu como uma opção à abordagem tradicional acerca da inteligência humana, pois até então, apesar de receber várias críticas, não eram apresentadas alternativas para substituir essa visão, que caracteriza a inteligência como única, mensurável (quantificada a partir dos testes de QI) e inata. Em consequência dessa constatação, os tradicionais testes de inteligência deixam de ter utilidade. Os testes de QI (quociente de inteligência) sempre foram considerados falhos porque limitavam-se a medir um único aspecto da multiplicidade de habilidades do ser humano
De acordo com Gardner (1995, p. 13):
A insatisfação com o conceito de QI e com as visões unitárias de inteligência é bastante ampla (...). Eu acredito que devemos nos afastar totalmente dos testes e correlações entre os testes, e, ao invés disso, observar as fontes de informações mais naturalistas a respeito de como as pessoas, o mundo todo, desenvolvem capacidades importantes no seu modo de vida.
Os testes de QI não são o suficiente para medir a inteligência de um individuo, é necessário observar outras informações mais naturalistas, entender o ser humano como um todo e como este desenvolve suas capacidades no seu modo de vida.
Para Gardner (1995), os testes de QI medem apenas as capacidades lógica e linguística, capacidades que normalmente são as únicas exigidas e avaliadas pelas escolas e, sem dúvida, as capacidades mais valorizadas em nossa sociedade. Fica claro que os testes de QI predizem apenas como vai ser o desempenho escolar e não o sucesso profissional depois de concluída a instrução formal e é devido a isso que surge uma proposta mais revolucionária através de Howard Gardner.
O teste de Quociente de Inteligência foi desafiado por Gardner que desde sua introdução, tanto na educação quanto na vida profissional, pelo fato de basear-se na ideia da existência de uma inteligência genérica e única, capaz de ser medida através de testes que prematuramente acabou por desmerecer o talento de muitos. Essa crença comum de que a inteligência humana pudesse ser medida por meio de simples testes que avaliam o potencial do indivíduo pela capacidade ou não em responder aos itens propostos, em seu ponto de vista, era uma forma muito limitada de definir a inteligência. Para
Gardner (1995, p.411)
A teoria das inteligências múltiplas diverge dos pontos de vista tradicionais.Numa visão tradicional, a inteligência é definida operacionalmente como a capacidade de responder a itens em testes de inteligência. A inferência a partir dos resultados de testes, de alguma capacidade subjacente, é apoiada por técnicas estatísticas que comparam respostas de sujeitos em diferentes idades.
De acordo com a visão de Gardner a inteligência deixou de ser vista simplesmente como algo pronto e sim para ser desenvolvida mas como um potencial para diversos tipos de exigências tanto sociais como profissionais e que a mesma não pode ser identificada através de um teste lógico-matemática e verbal ou linguística como eram realizados no método tradicional e que apesar de ser dotada de uma herança genética, não está confinada somente a essa condição biológica, já que seu desenvolvimento depende também das interações dos indivíduos com os ambientes naturais e sociais em que vivem.
Segundo Gardner (1995), ao se manifestarem de maneiras diferentes em níveis desenvolvimentais também diferentes, as inteligências têm que ser avaliadas e estimuladas de maneira adequada. Nos anos pré-escolares e anos iniciais elementares, a instrução deve enfatizar a oportunidade, pois são nesses anos que as crianças podem descobrir alguma coisa sobre seus interesses e capacidades peculiares. Como a estimulação, a avaliação das inteligências desempenha um papel fundamental para o programa pedagógico baseado na teoria de Gardner, de maneira que permite sugerir rotas alternativas para a futura aprendizagem e o aproveitamento dessas habilidades não podem se fundamentar única e exclusivamente nas inteligências lógico-matemático e linguística.
- QUANTAS E QUAIS SÃO AS INTELIGENCIAS MÚLTIPLAS?
Segundo Vecchio (2006), dentre as inteligências múltiplas sete foram propostas por Howard Gardner. A inteligência emocional, que foi descoberta por Solovey, Mayer e Goleman, em como as quatro inteligências- lógica, mecânica, espiritual e vivencial- que surgem da relação entre o sistema nervoso central e o código genético.
Gardner (1995), em seu livro “Inteligências múltiplas-A teoria na prática”, define sete tipos de inteligências;
A verbal ou linguística: Aparece aos dois anos de idade, porém vai-se definindo ao longo da vida. As pessoas que possuem essa inteligência desenvolvida, mesmo sem ter passado pela escola, conseguem organizar suas frases de forma clara e objetiva. Normalmente são pessoas que gostam de ler, escrever, tem boa memória, ótima verbalização e sabem debater, quem possui este tipo de inteligência não só tem grande facilidade de se expressar tanto oralmente quanto na forma escrita. Elas além de terem uma grande expressividade também têm um alto grau de atenção e uma alta sensibilidade para entender pontos de vista alheios. Se essa inteligência não é bem desenvolvida na infância, o indivíduo apresenta dificuldades na fala ou não se interessa por aulas de outros idiomas. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado esquerdo do cérebro é uma das inteligências mais comuns.
Desse modo Gardner (1995), afirma que o dom da linguagem é universal, e seu desenvolvimento nas crianças é surpreendentemente constante em todas as culturas. Mesmo nas populações surdas, em que uma linguagem manual de sinais não é explicitamente ensinada, as crianças frequentemente “inventam” sua própria linguagem manual e a utilizam secretamente.
A Lógico-matemática que está presente em pessoas que podem enxergar as projeções geométricas, têm facilidade para solucionar problemas matemáticos, da área da informática, química ou física. Pessoas com esse perfil de inteligência tem uma alta capacidade de memória e um grande talento para lidar com matemática e lógica em geral. Elas têm facilidade para encontrar solução de problemas complexos, tendo a capacidade de dividir estes problemas em problemas menores e ir os resolvendo até chegar a resposta final. São pessoas organizadas e disciplinadas. A criança que se recusa a estudar matemática provavelmente não possui essa inteligência desenvolvida. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado direito do cérebro.
Segundo Gardner (1995) essas soluções são rapidamente formuladas pela mente e apresentam coerência antes mesmo de serem representadas materialmente.
A Espacial aparece em pessoas com bom sentido de localização, facilidade com mapas, gráficos e diagramas. As crianças que possuem essa inteligência costumam brincar com amigos imaginários. Pessoas com este perfil de inteligência tem uma enorme facilidade para criar, imaginar e desenhar imagens 2D e 3D. Elas têm uma grande capacidade de criação em geral, mas principalmente tem um enorme talento para a arte gráfica. Pessoas com este perfil de inteligência têm como principais características a criatividade e a sensibilidade, sendo capazes de imaginar, criar e enxergar coisas que quem não tem este tipo de inteligência desenvolvido, em geral, não consegue. Normalmente não aparece em crianças que apresentam dificuldades em se localizar ou em descrever pequenos trajetos e evitam matérias como geografia
Segundo Gardner (1995), assim como o hemisfério esquerdo, durante o curso da evolução, foi escolhido como o local do processamento linguístico nas pessoas destras, o hemisfério direito é comprovadamente o local mais crucial do processamento espacial.
A Musical está presente em crianças que se movimentam ao som de uma música como que obedecendo a ordens, pessoas que tem boa entonação de voz, ritmo, timbre e sensibilidade emocional à música. Esse é um dos tipos raros de inteligência. Possuem uma grande facilidade para escutar músicas ou sons em geral e identificar diferentes padrões e notas musicais. Eles conseguem ouvir e processar sons além do que a maioria das pessoas consegue, sendo capazes também de criar novas músicas e harmonias inéditas. Pessoas com este perfil é como se conseguissem “enxergar” através dos sons. Algumas pessoas tem esta inteligência tão evoluída que são capazes de aprender a tocar instrumentos musicais sozinhas. Assim como a inteligência espacial, este é um dos tipos de inteligência fortemente relacionados à criatividade. As crianças que não a possui não distinguem sons altos de baixos e não conseguem fazer boa entonação da voz.
Segundo Gardner (1995) canto dos pássaros proporciona um vínculo com outras espécies. Evidências de várias culturas apoiam a noção de que a música é uma faculdade universal. Os estudos sobre o desenvolvimento dos bebês sugerem que existe uma capacidade computacional “pura” no início da infância. Finalmente, a notação musical oferece um sistema simbólico acessível e lúdico.
A Corporal-cinestésica é identificada na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos utilizando o corpo inteiro ou parte do mesmo. Precisa ser trabalhada quando a criança não consegue fazer atividades que exigem controle motor refinado, como amarrar cadarços, fazer o número quatro com seu corpo, etc. Pessoas com este tipo de inteligência possuem um grande talento em expressão corporal e tem uma noção espantosa de espaço, distancia e profundidade, ainda possui um controle sobre o corpo maior que o normal, sendo capazes de realizar movimentos complexos, graciosos ou então fortes com enorme precisão e facilidade. É uma inteligência relacionada ao cerebelo que é a porção do cérebro que controla os movimentos voluntários do corpo. Presente em esportistas olímpicos e de alta performance. É um dos tipos de inteligência diretamente relacionado à coordenação e capacidade motora.
Segundo Gardner (1995) o “conhecimento” corporal-cinestésico satisfaz muitos dos critérios de uma inteligência por que executar uma sequencia mímica ou bater numa bola de tênis não é resolver uma equação matemática. E, no entanto, a capacidade de usar o próprio corpo para expressar uma emoção (como na dança), jogar um jogo (como num esporte) ou criar um novo produto [...] é uma evidência dos aspectos cognitivos do uso do corpo.
A Interpessoal é a maneira como construímos nossas relações com outras pessoas e a forma como nos sentimos completos quando em relação às mesmas. Podemos caracterizar em pessoas com sociabilidade, cooperação, capacidade de fazer amigos, comunicabilidade. Esse tipo de inteligência está ligada a capacidade natural de liderança. Pessoas com este perfil de inteligência são extremamente ativas e em geral causam uma grande admiração nas outras pessoas. São os lideres práticos, aqueles que chamam a responsabilidade para si. Eles são calmos, diretos e tem uma enorme capacidade para convencer as pessoas a fazer tudo o que ele achar conveniente. São capazes também de identificar as qualidades das pessoas e extrair o melhor delas organizando equipes e coordenando trabalho em conjunto. Quando a criança não tem a inteligência interpessoal desenvolvida, torna-se muito tímida e se isola das outras.
Para Gardner (1995) a inteligência interpessoal está baseada numa capacidade nuclear de perceber distinções entre os outros; em especial, contrastes em seus estados de ânimo, temperamentos, motivações e intenções. Em formas mais avançadas, esta inteligência permite que um adulto experiente perceba as intenções e desejos de outras pessoas, mesmo que elas os escondam. Essa capacidade aparece numa forma altamente sofisticada em líderes religiosos ou políticos, professores, terapeutas e pais.
A Intrapessoal é a inteligência da autoestima, do autorrespeito e da auto-aceitação, ou seja, é a maneira como a pessoa se vê, como conviver com suas limitações e potencialidades.. Tipo raro de inteligência, também relacionado a liderança. Quem desenvolve a inteligência interpessoal tem uma enorme facilidade em entender o que as pessoas pensam, sentem e desejam. Ao contrário dos lideres interpessoais que são ativos, os lideres intrapessoais são mais reservados, exercendo a liderança de um modo mais indireto, através do carisma e influenciando as pessoas através de ideias e não de ações. Entre os tipos de inteligência, este é considerado o mais raro. Crianças exageradamente egoístas não conseguem desenvolvê-la
Segundo Gardner (1995), o conhecimento dos aspectos internos de uma pessoa, o acesso ao sentimento da própria vida, a gama das próprias emoções, à capacidade de discriminar essas emoções e eventualmente rotulá-las e utilizá-las como uma maneira de entender e orientar o próprio comportamento. A pessoa com boa inteligência intrapessoal possui um modelo viável e efetivo de si mesma. Uma vez que esta inteligência é a mais privada, ela requer a evidência a partir da linguagem, da música ou de alguma forma mais expressiva de inteligência para que o observador a perceba.
Dando continuidade aos seus estudos e pesquisas, Gardner encontrou mais três inteligências:
Inteligência Pictográfica- observada em pessoas que conseguem se expressar pela pintura, desenhos, escultura ou imagens gráficas. São indivíduos que criam personagens que falam por si mesmo, sem ter necessidade de dizer nenhuma palavra.
Inteligência Naturalista- competência do homem de entender o mundo e a natureza, perceber e compreender a sua mortalidade, á vida como um todo e as diferenças entre diversos tipos de vida existentes no planeta. As crianças com elevada inteligência naturalista interessam-se muito por animais e pela vida rural, sabendo quase que intuitivamente separar, organizar e classificar e ilustrar tudo que diz respeito a plantas e sobretudo a animais.
Inteligência Existencial- fazer perguntas básicas sobre a vida, a morte, o universo. Capacidade da pessoa em situar-se ao alcance da compreensão integral do cosmos, do infinito, assim como a capacidade de dispor de referências a características existenciais da condição humana, compreendendo de maneira integral o significado da existência, portanto, da vida e da morte, o destino do mundo físico e psicológico e a relação do amor por um outro, pela arte ou por uma causa. Marcante em pessoas com forte espiritualidade é a inteligência dos filósofos, sacerdotes, xamãs, gurus e ainda outros.
- AS INTELIGENCIAS MULTIPLAS NA SALA DE AULA
As inteligências múltiplas apresentam uma grande vantagem no que se refere ao processo de aprendizagem, pois as mesmas podem adequar a forma de transmitir o conteúdo da aula que se pretende ministrar de acordo com a capacidade de aprender dos alunos, independente da disciplina a qual pertença o conteúdo a ser dado, o professor pode planejar e elaborar sua aula baseado nas facilidades de entendimento apresentado pela classe. Para que isso aconteça, é preciso mudar os paradigmas enquanto educadores. Talvez seja mais fácil seguir um roteiro pré existente, que muitas vezes nada tem a ver com uma realidade e interesse da turma onde pode-se encontrar todos os passos prontos do que parar, fazer um reconhecimento da turma e criar uma forma de transmitir o conteúdo de forma agradável e inteligível para todos. Embora seja um processo um pouco mais trabalhoso, vale a pena tentar e sentir a realização que causa uma aula motivante com resultados satisfatórios.
A teoria de Gardner (1995) afirma que todos os indivíduos dispõem de sete inteligências sendo elas: linguística, lógico-matemática, espacial, corporal-cinestésica, musical, interpessoal, intrapessoal e que cada indivíduo tem maior habilidade para desenvolver uma determinada inteligência. Essa teoria possibilita então, trabalhar com estímulos específicos e com isso desenvolver de forma mais adequada determinada habilidade de cada um. Porém essa teoria não foi muito aceita entre os estudiosos da época, que afirmavam que tal teoria não fazia sentido algum, mas esse estudo é uma alternativa no processo educacional.
Diante disto é importante discutir sobre essa teoria no que diz respeito a sua aplicação no ambiente escolar. A Teoria das Inteligências Múltiplas funciona como uma ferramenta que pode contribuir consideravelmente para o processo de ensino-aprendizagem. A partir do estudo das inteligências múltiplas precisa-se refletir sobre quais maneiras pode-se utilizar esse conhecimento na sala de aula, pois as crianças necessitam desde o inicio da vida escolar de um convívio variado com diversas situações que possam proporcionar as mesmas uma aprendizagem significativa. A aprendizagem da criança ocorre de várias formas, no brincar, falar, ler , no interagir e em diversas maneiras e o que faz a diferença nesse caso é que seja qual for a aprendizagem deve ter significado para a criança.
A criança em sala de aula deve ser estimulada em todas as inteligências desde pequena, para impedir que ela cresça com limitações em alguma área, porém o professor deve considerar o desenvolvimento individual de seus alunos, pois cada um desenvolve-se de maneira diferente, e não há uma única inteligência capaz de comparar todas as crianças.
De acordo com Antunes (2001, p. 19):
As inteligências são potenciais biopsicológicos, são capacidades para resolver problemas ou para criar produtos considerados de valor em um meio social, são capacidades de compreender, de se adaptar, de contextualizar, são “ferramentas”, sistemas neutrais que diferenciam uma pessoa da outra. Ainda que a importância do ambiente seja essencial às inteligências, não se pode esquecer que uma parte da mesma devemos a nossa história biológica, a nosso passado evolutivo. Nascemos com nossas inteligências que precisam ser “acordadas” por estímulos significativos, mas não nascemos, entretanto, com qualquer competência. A escola e particularmente a ação doo professor em sala de aula pode- e –deve – despertar e ampliar as inteligências, mas precisa construir competências.
As inteligências não nascem prontas, porém todos são dotados de inteligências e todos aprendem, entretanto, é preciso trabalhá-las para que as mesmas se desenvolvam, e cabe ao professor buscar estratégias para estimulá-las em sala de aula contextualizando-as com seu cotidiano, pois não pode-se desassociar o trabalho realizado em sala de aula da vida dos educandos. As implicações da genética, da vivencia do aluno para a educação são de suma importância tendo em vista que às diversas formas de pensamento, aos estágios de desenvolvimento das várias inteligências e à relação existente entre estes estágios, a aquisição de conhecimento e a cultura. Todos os indivíduos, em princípio, têm a habilidade de questionar e procurar respostas, assim como, habilidades em todas as inteligências. A educação funciona de modo mais eficaz se essas diferenças forem levadas em consideração, se forças pessoais forem reconhecidas e se pais e professores empenharem-se em desenvolver projetos para efetivamente conhecer e estimular mentes, descobrindo em que são efetivamente capazes. Como a estimulação, a avaliação das inteligências desempenha um papel fundamental para o programa pedagógico baseado na teoria de Gardner (1995), de maneira terá que permite sugerir rotas alternativas para a futura aprendizagem.
As dificuldades de aprendizagem são de diversas causas e por motivos diferentes e com características próprias que podem ser notados na escola, para que essas dificuldades possam ser diagnosticadas e tratadas é necessário a atenção e conhecimento dos professores para tratá-las e encaminharem a profissionais especialistas na área, para que seja feito o diagnóstico dessas dificuldades e evite o fracasso escolar desse aluno. O professor pode tranquilizar o aluno para que ele não se acanhe com determinada falha na área desse conhecimento. Muitas vezes o aluno se sente frustrado e acanhado, achando que ele é o problema. O professor também poderá conversar com esse aluno e mostrar que é perfeitamente normal gostar de determinadas áreas do saber e sentir mais dificuldade em outras.
Quando o educador rotula o aluno como “não sabe nada” ou de qualquer outra forma devido uma dificuldade mediante a uma determinada disciplina pode-se está cometendo um erro; erro este que pode está comprometendo o desenvolvimento das inteligências. O professor deveria evitar se dirigir especificamente a um aluno, em detrimento aos demais. Por exemplo, um professor de matemática não deve ter preferência por um aluno, ou um grupo de alunos, e dar aula somente para aquele aluno ou aquele grupo de alunos. Ele não pode, em hipótese alguma, menosprezar o aluno que não tem a mesma habilidade matemática, comparando com outro que, porventura, a tenha. Então, na prática, no seu dia a dia, o professor tem que ser suficientemente cuidadoso, a fim de dar, a cada aluno seja qual for o tamanho da turma a atenção individual que cada um necessita. Mesmo isto sendo difícil de ser feito, este é o verdadeiro mérito e desafio de um educador. Isto é tão difícil que o professor capaz de fazer isto estará desempenhando um papel muito além que de professor propriamente ele estará agindo, em todos os sentidos, como um verdadeiro educador.
Neste contexto precisa-se levar em consideração a variabilidade dos alunos, há a necessidade dos professores usarem uma ampla variedade de estratégias de ensino, desta maneira, a medida que o professor mudar a inteligência enfatizada, de apresentação para apresentação, sempre haverá momentos em que o aluno terá suas inteligências mais desenvolvidas efetivamente atuantes no processo de aprendizagem. Quando o professor utiliza todas as inteligências de cada aluno, ele está ampliando ao mesmo tempo o seu repertório de estratégias de ensino e a gama de participação positiva do aluno no processo de aprendizagem.
Para Gardner (1995), ao se manifestarem de maneiras diferentes em níveis desenvolvimento diferenciados as inteligências têm que ser avaliadas e estimuladas de maneira adequada, portanto cabe ao professor propiciar trabalhar métodos diferenciados para que se torne possível trabalhar de acordo com as inteligências múltiplas. Nos anos pré-escolares e anos iniciais elementares, a instrução deve enfatizar a oportunidade, pois são nesses anos que as crianças podem descobrir alguma coisa sobre seus interesses e capacidades peculiares.
Uma educação de qualidade é aquela que atende às necessidades de cada aluno, respeita o estilo de aprendizagem de cada aluno, propicia condições para que se atinja os objetivos individuais e utilizar as inteligências de cada aluno. Se faz necessário conhecer e promover os recursos pessoais do nosso aluno, antes de tudo, precisa-se abandonar certas posturas tradicionais, baseadas em valores, crenças e teorias que não mais se adequam nem ao menos correspondem às necessidades dos educandos da atualidade.
A Teoria das Inteligências Múltiplas sugere que simples modificações no contexto de sala de aula ou na realização de atividades rotineiramente realizadas podem atingir níveis mais satisfatórios de aprendizagem, por envolverem um maior número de alunos ou por se mostrarem mais adequadas aos perfis cognitivos dos educandos. Assim como a disposição dos alunos no contexto da sala de aula, outros elementos que caracterizam a organização do ambiente escolar influenciam na aprendizagem e podem, de acordo com a teoria das Inteligências Múltiplas, favorecer o desenvolvimento de estratégias de ensino voltadas para uma atmosfera mais propícia à participação e ao aumento da atenção e da confiança dos alunos.
As atividades realizadas, fora e dentro da sala de aula, e baseadas em estratégias específicas para estimular diferentes inteligências, contribuem para traçar um perfil dos alunos e, a partir dessa observação, torna-se possível estabelecer critérios que norteiam a preparação e a realização de cada tarefa no decorrer das aulas. Traçar um perfil cognitivo da classe é favorável para o professor que pode, assim, preparar aulas mais dinâmicas e interativas, quanto para o aluno que, ao ser capaz de reconhecer as próprias habilidades ou tendências pessoais dentro do quadro das inteligências, poderá ele próprio elaborar estratégias mais eficientes de aprendizagem. Assim como as atividades especificamente voltadas para o ensino de determinados conteúdos e a organização espacial onde são ministradas as aulas, também pode estar fundamentado na Teoria das Inteligências Múltiplas.
- MÉTODO
A presente proposta constitui uma pesquisa de natureza aplicada, a qual possui uma abordagem qualitativa, tendo característica de cunho exploratório do estudo através de pesquisa bibliográfica. Cabe salientar que desenvolver um perfil das IM de uma pessoa não é algo tão simples.
Para Bochensk (1961, p.42)
Nossas possibilidades de conhecimento são muito e até, tragicamente, pequenas. Sabemos pouquíssimo, e aquilo que sabemos sabemo-lo muitas vezes superficialmente sem grande certeza. A maior parte de nosso conhecimento somente é provável. Existem certezas absolutas, incondicionais, mas estas são tão raras.
Diante disso percebe-se a necessidade de um aprofundamento em pesquisas para que haja a possibilidade de tornar conhecimentos prévios incertos em certezas absolutas e assim propiciar uma estrutura fundamental para o processo ensino aprendizagem. Na concepção da teoria das inteligências múltiplas acredita-se que o educando deve ser estimulado o tempo todo em suas ações, pois aprende a solucionar problemas vivendo situações do cotidiano e em novas práticas pedagógicas, para isso a aprendizagem necessita ser de forma concreta, buscando a certeza ainda não existente em seu conhecimento.
- RESULTADOS E DISCUSSÕES
O presente artigo sobre “as inteligências múltiplas e sua contribuição para o processo de ensino aprendizagem, trouxe como objetivo identificar quantas e quais são os tipos de inteligências múltiplas assim como o gerenciamento das mesmas podem contribuir no processo de ensino aprendizagem. Após os conhecimentos adquiridos ter capacidade de conhecimento para elaborar atividades que possibilitem a identificação das inteligências múltiplas dos envolvidos no contexto educacional, assim como criar estratégias em que a identificação das inteligências múltiplas sejam usadas como ferramenta no processo de aprendizado dos alunos.
As bases para a elaboração da Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner foram às pesquisas em desenvolvimento cognitivo e neuropsicológica que sugeriam que as habilidades cognitivas são bem mais diferenciadas e mais específicas do que se acreditava. Gardner utilizou-se dessas pesquisas para contestar o emprego de testes de inteligência, utilizados na época a fim de se avaliar a capacidade intelectual dos alunos. Para atingir o objetivo proposto o estudo foi desenvolvido por intermédio de uma pesquisa bibliográfica com o intuito de construir um referencial teórico sobre a teoria das inteligências múltiplas e sua aplicação no processo de ensino e aprendizagem
A teoria das Inteligências Múltiplas apresenta-se como contribuição a uma posição inovadora em um ambiente de ensino escolar de qualidade que apontam para a necessidade de estabelecer as diferenças individuais relevantes para uma formação educacional de qualidade.
A teoria das IM tem relevância para a aprendizagem a partir do momento que propõe uma aprendizagem respeitando os limites e valorizando cada criança. Essa teoria passa a importância de valorizar a criança, mas infelizmente ainda depara-se com escolas que classificam o aluno, dispensando o seu conhecimento, e valorizando somente os aspectos de raciocínio, leitura e escrita.
No que se refere às inteligências múltiplas, o individuo pode ter até mesmo nos mais variados graus, todas elas. Pode ser que haja uma tendência ou predominância para uma ou outra forma, mas, quando se trata de analisar a inteligência, além do contexto, sempre há de se considerar o conjunto, de modo que uma pessoa considerada inteligente tende a possuir todas as formas de inteligência, só que naturalmente, umas serão mais desenvolvidas que outras, de acordo com as inclinações, experiências de vida e particulares do indivíduo.
A pesquisa sobre inteligências múltiplas foi significativa para a compreensão da existência das inteligências múltiplas assim como perceber e aceitar que elas são de suma importância no processo educacional e que os interesses dos alunos e habilidades são diferentes em cada indivíduo, em sala de aula também precisa-se relevar esses fatos, percebendo que os alunos aprendem de forma diferente e em momentos diferentes constroem seu aprendizado. O mesmo tem maior ou menor afinidade com as áreas do saber, de acordo com seu tipo de inteligência. Tendo em vista que todo ser humano é dotado da capacidade de inteligência e precisa-se trabalhá-las para que se desenvolvam e assim propiciar o melhor aproveitamento do educando não somente no contexto escolar como em toda sua vida.
- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo tem como referência a Teoria das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner. Como visto, esta teoria sugere que o ser humano é dotado não só de uma inteligência geral, mas de diversas inteligências, com determinados perfis, e podem se desenvolver se valorizadas e estimuladas pelo ambiente. Assim, cabe à escola, na figura do educador, oferecer atividades que estimulem as múltiplas inteligências de seus alunos. Sabe-se que cada indivíduo carrega consigo potencialidades, ou seja, possui a capacidade de questionar e procurar respostas fazendo uso das inteligências multiplas, que são determinadas também pela herança genética, mas principalmente pelo ambiente cultural no qual as pessoas estão envolvidas. Além do individuo já nascer com muitas inteligências, passa a desenvolvê-las de acordo com o meio social em que convive.
A Teoria das inteligências múltiplas surgiu com o intuito de propiciar mudanças na educação, mostrando que todos os indivíduos são inteligentes e não apenas denominar inteligentes aqueles que alcançam grandes resultados em testes de QI, pois estes testes possui uma visão unitária da inteligência.
A pluralidade da inteligência sugere que as pessoas são dotadas de várias capacidades. No entanto, a educação ignora as diferentes maneiras de ensinar e aprender e valorizar muito os processos racionais e pouco os processos intuitivos, e criativos. Uma educação inibidora desses processos pode propiciar a partir do momento que faz com que as crianças se sintam sem jeito, sem talento, incapazes de resolver problemas ou desenvolver habilidades criativas em sala de aula. As implicações da Teoria das Inteligências Múltiplas vão muito além da simples transmissão de conhecimento ou instrução escolar e sua contribuição é justamente aquela de procurar atender às necessidades de uma população cada vez mais variada de alunos e, ao mesmo tempo, proporcionar aos educadores um repertório mais amplo de estratégias educacionais, propiciando ao educando descobrir e aperfeiçoar suas inteligências.
Ao contrário da abordagem tradicional que prioriza os conhecimentos lógicos e linguísticos dos indivíduos, constata-se que as crianças criativas e as inovadoras são aquelas que fogem aos padrões de comportamento tido como “normais” para a sociedade. Dentro dos estudos das Teorias das Inteligências Múltiplas a energia das crianças é vista de forma a desenvolver seu potencial criativo e inovador. De um modo geral, observa-se que os professores não fornecem condições adequadas para o desenvolvimento de todas as capacidades dos alunos e estão despreparados para esta função.
Precisa-se repensar a escola, o currículo, as metodologias, a formação dos professores, de forma a incluir estratégias que cultivem a imaginação, a atividade criadora na sala de aula e incentive a espontaneidade, a iniciativa, a curiosidade, o questionamento de si mesmo, fornecendo condições favoráveis para que os alunos possam criar um espaço para a fantasia e jogos lúdicos, enfim um espaço em que a criança realmente sinta-se feliz e alegre, em decorrência de sua participação em algo criativo e produtivo.
È importante observar no ambiente escolar e fazer o aluno compreender que cada criança é única e por isso aprende de maneiras diferentes, temos que valorizar às potencialidades de cada criança e perceber que o currículo das escolas deve ser repensado para que os saberes se ampliem e os educandos passem a compreender o mundo com base nas relações dialógicas que neles se estabelecem com um currículo das diferenças que nascem em um processo cultural e educacional.
Conhecendo mais profundamente a teoria das Inteligências Múltiplas, chega-se a conclusão de que na educação não basta seguir a razão, raciocínio lógico, cognição e linguagem que são essenciais, mas, é imprescindível que estejam interligados às demais facetas da mente humana. Portanto, é inegável a importância de estratégias, uma vez que contribui para mostrar que, a variedades de inteligências humanas, conduzem a uma nova visão da educação, onde devem ser respeitados os diferentes perfis intelectuais identificados desde os primeiros anos da vida escolar.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos, Campinas SP: Papirus, 1998.
ANTUNES, Celso. Como desenvolver competências em sala de aula, Petróploles RJ: Vozes 2001.
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática, Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
GARDNER, Howard. A criança Pré-Escolar: Como pensa e como a escola pode ensina-la. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
VECCHIO, Egidio. Educando crianças índigo, São Paulo: Butterfly, 2006.
[1] Pedagoga. Pós-graduada em Gestão Educacional pelas Faculdades Integradas Ipiranga. E-mail: alegomes3@hotmail.com