As Ideias de Ludwig Feuerbach.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 10/10/2013 | PoesiasLudwig Feuerbach.
Ludwig, Ludwig.
Acho-te genial.
Não só por que.
Influenciou.
Karl Marx.
Mas.
Por ter deixado.
Teologia.
A vossa sabedoria.
Foi aluno de Hegel.
Ludwig tanta coragem.
Quando disse nos meados.
Do século XIX.
Que o homem morto.
Não significava absolutamente.
Nada.
As qualidades humanas.
São absorvidas.
Pela natureza.
O homem quando morre.
Não tem nenhuma perspectiva.
A não ser pó químico.
Ludwig.
O que é o homem como espécie.
Absolutamente nada.
Qual o fundamento da existência.
Nenhum.
Não adianta inventar ou forçar.
Uma ideologia.
Quando a mesma não corresponder.
A verdade.
A respeito dela.
Foi um seminarista.
Abandonou seus estudo.
De teologia.
Estudou tudo.
E compreendeu.
A Ciência da natureza.
O corpo não tem alma.
Tudo desaparece acaba.
O homem se sente frágil.
Desprotegido.
Diante de si mesmo.
Acreditar em deus.
Perda de tempo.
Pelo fato de ser apenas.
Uma ideologia.
Karl Marx.
Só entendeu o espírito.
Da religião.
Quando leu seus livros.
O homem busca deus.
Por sentir sozinho.
Abandonado.
A um destino cruel.
Ludwig, Ludwig.
Adoro a vossa genialidade.
A ideia de deus.
É um conceito.
De um mundo sem espírito.
A vontade do homem.
Jamais poderá ser a prova.
Indelével da verdade.
Pergunto-te.
O céu de fato é.
O ideal de vida.
Negada na terra.
Foi aluno de Hegel.
Compreendeu a dialética.
Em outras complexidades.
O paraíso.
É o ideal de uma vida.
Sem vida.
O homem inventou deus.
Exatamente por ser frágil.
Aliás, tudo nesse mundo.
Foi inventado pelo homem.
Para a Filosofia crítica.
A religião.
Faz muito mal.
Porque transforma a espécie.
Depende de uma ilusão.
Acreditar em deus.
Revela exatamente.
Quanto o homem.
Não é exatamente ninguém.
Como de fato não é.
O ideal humano.
É ter ideologia.
Você Ludwig.
Ajudou-me profundamente.
Libertar das ideologias.
Tudo que existe.
E que o homem procura.
Entender.
Faz do mesmo ser.
Dependente.
Das suas fantasias.
De mundos limitados.
Dos tempos históricos.
Sem sentido para o futuro.
Cada vez mais.
Ludwig.
Definitivamente.
É um imortal.
Deus uma invenção.
Humana.
Do mesmo modo.
O demônio.
Nada disso existe.
Como também o pecado.
O que é referido.
Uma abstração metafísica.
Entao Ludwig.
Sabe que tudo.
É perfeitamente permitido.
Menos retirar do homem.
O que é do direito dele.
Roubar a força do trabalho.
Por meio da mais valia.
Esse ensinamento vem.
De Karl Marx.
O qual você profundamente.
Influenciou.
Você deixou claramente.
Que a essência da teologia.
É inteiramente falsa.
Eu digo mais senhor Ludwig.
A teologia não tem essência.
Estudei também teologia.
E sei o quanto ela não.
Representa nada.
Sua epistemologia filosófica.
É uma transição.
Entre o idealismo alemão.
Por um lado.
Por outro.
Com o materialismo histórico.
De Karl Marx.
Você usa categorias de análises.
Defendidas por Hegel.
Como a razão, una e universal.
Do mesmo modo infinita.
Desenvolve uma crítica parcial.
A ideologia do positivismo.
Critica em parte também Hegel.
Não acredita no posicionamento.
Natural da história.
Proposto por ele.
Como se o mundo tivesse.
Uma determinação exatamente.
Objetiva.
Tudo seria objetivamente correto.
É só a história.
Realizar se.
Você nega essa perspectiva.
Ludwig.
Sua obra a essência do cristianismo.
Mostra como a fé.
Serve apenas para alienar.
A humanidade.
E que deus não pode fazer.
Nada por esse mundo.
Porque ele mesmo.
Não tem existência.
O mundo é sem sentido.
Do mesmo modo.
Nada tem sentido.
Existimos porque temos.
Que existir.
Estamos aqui.
E jamais poderíamos estar.
Em outro lugar.
Solitariamente.
Perdidos abandonados.
Esperando pela morte.
Depois dela.
Não existirá se quer os sinais.
Do céu.
A vida é uma perda de tempo.
Sabe quando o homem.
Percebe que a vida.
É um tempo sem sentido.
Exatamente quando morre.
Quando ele volta.
Ser exatamente o nada.
Como era antes.
Da sua existência.
O homem que não era antes.
O não poderá ser.
Posteriormente.
E jamais será.
O homem é exatamente.
O seu desaparecimento.
Esse mecanismo é eterno.
Para sempre.
Ninguém poderá ser.
O que nunca foi.
Ontologicamente.
Antes.
O homem é sua própria ilusão.
Edjar Dias de Vasconcelos.