AS FÓRMULAS BIBLICAS PARA TREINAMENTO DE LÍDERES.
Por george ferreira | 11/10/2013 | BíbliaAS FÓRMULAS BIBLICAS PARA TREINAMENTO DE LÍDERES.
- A FORMULA DE SAMUEL
a) CUIDADO PESSOAL COM O CRECIMENTO DO CORPO DO ESPÍRITO (1 SM. 3.19).
Pensemos primeiro no corpo, geralmente os grandes líderes têm muita energia. Muitas vezes tornamo-nos negligentes com o corpo, pensando que qualquer preocupação com físico não é de tanta importância. A Bíblia nos transmite a idéia de que Jesus, Pedro e outros, tinham uma excelente forma física dada às suas continuas atividades. O corpo é o templo de Deus, devemos conservá-lo em boa saúde.
Quanto ao cuidado do Espírito, devemos estar em constante crescimento espiritual (1 Tm. 4.8), o espírito precisa de mais força do que o corpo. Daí a necessidade de um programa religioso de exercícios espirituais : poder de concentração, oração, leitura bíblica e testemunho.
b) UM HOMEM DE PALAVRA (1 SM. 3.19).
Falar é a forma hábil do homem se comunicar, um líder deve aprender a se comunicar. Esta comunicação deve ser sincera, pois, a sinceridade constrói confiança mútua, credibilidade e fé. O crédito é a chave do sucesso.
c) UM PROFETA DE DEUS.
Ele sabe de coisas que o povo comum não sabe. Profeta não é somente aquele que sabe as coisas que vão acontecer no futuro, mas ´e aquece que antecipadamente percebe e entende a vontade de Deus e a expõe ao povo.
d) UM HOMEM DE BOM DISCERNIMENTO.
Discernimento é a faculdade de julgamento entre duas coisas pela orientação de Deus, e sem ideias preconceituosas.
- A FÓRMULA DE JETRO
a) A BOA ORGANIZAÇÃO E A BOA HARMONIA.
- Quando Moisés experimentou tirar o povo de Deus do Egito, começou a fezer sozinho (Ex. 18.13-210. Jetro vendo o trabalho cansativo de Moisés aconselho-o a mudar de atitude, de acordo com este conselho, Moisés organizou cada tribo na base decimal (Ex. 18.21). Organização não é uma simples busca do viável, para que ocorra uma organização o líder precisa conhecer o todo, e não esquecer que deve resguardar o senso de harmonia no meio do povo.
b) SELEÇAO DOS MELHORES E DELEGAÇAO DE PODERES.
Precisa escolher líderes de verdade, e confiar neles delegando poder.
c) ENCORAJAR OS LÍDERES COM BASTANTE OTIMISMO.
Inspiração, atitude otimista em relação aos problemas.
- A FÓRMULA DE PAULO
a) O ENSINAMENTO ÉTICO-PESSOAL.
Esta foi a forma de treinamento usado por Paulo ( 1 Tm. 3.2-8). Estas qualidades citadas na referência acima não são fáceis de serem poluídas, mas são necessárias, pois existem tentações, procrastinações, orgulho, licenciosidades, etc., a serem vencidas.
b) O PRINCÍPIO DE IMITAÇÃO (1 Ts. 1.6).
Imitação nas obras da fé, sacrifício de amor, paciência, esperança, seguir uma personalidade integral.
- A FÓRMULA DE BARNABÉ
a) Introduziu a Paulo no seio da Igreja (At. 9:27).
b) Descobriu o líder Paulo no ostracismo (At. 11.25).
c) Realizou um treinamento prático para o seu candidato (At. 15.2,12,20-29).
d) Acreditou na potencialidade do seu candidato.
- A primeira viagem missionária de Paulo foi realizada sob proteção de Barnabé (At. 13 a 14).
- A segunda viagem teve a sua liderança parcial (At. 15-18).
- Na terceira viagem Paulo assume total (At. 18-21).
- A FÓRMULA DE JESUS
A forma de liderança mais usada por Jesus era o Serviço (Mc. 10.45; Lc. 22.270. Jesus não veio para ser servido, mas a serviço. Em mc. 10.43, Jesus diz; “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos serva”. Através da função de servo um homem pode se tornar um verdadeiro líder (At.27.23; Rm. 1.9.; 1 Pe. 2.16; Mt. 6.10; 26.39; Rm. 6.13).
II. A PESSOA DO LÍDER – (2 TM. 2.2-4; 1 TM.6.12)
Se a nossa pessoa estiver correta, todo o serviço que o Senhor nos entregar será feito de maneira correta:
a) Ter disposição para o sofrimento (2 Tm. 2.3) – Paulo não apenas se refere a um soldado, mas a um bom soldado com um caráter treinado e preparado para sofrer.
b) Estar livre (v. 4 a) – Embora tendo o nosso emprego, nossa família, nossos bens, nada disso devem nos prender. Como um bom soldado, devemos estar envolvidos com os negócios desta vida, desembaraçados e livres.
c) Ter um alvo (v. 4b) – A disposição de um bom soldado não é a de guardar a si mesmo.
d) Ser vigilantes – O Senhor Jesus nos exortou a vigiar. Vigiar é está preparado, andando no Espírito.
e) Ser firme e resoluto – Um soldado e treinado para, em combate, vencer todas as barreiras até alcançar o objetivo.
- 1. O CARÁTER DO LÍDER
a) Irrepreensível (1 Tm. 3.2; Tt. 1.7) – Deve ter cuidado com seus atos, a fim de não ser chamado a prestar conta deles publicamente.
b) Esposo de uma só mulher (1 Tm. 3.2) – Fiel no relacionamento conjugal.
c) Que governe bem a sua casa (1 Tm. 3.4) – Tendo filhos que sigam a fé dos seus pais, e que ornem sua fé com uma conduta santa.
d) Não irascível (Tt. 1.7) – Não dado a explosões e ira.
e) Não dado ao vinho (1 Tm. 3.3; Tt.1.7) – Não beberão, não inclinado à embriaguez.
f) Não violento (1 Tm. 3.3; Tt. 1.7) – Não belicioso, nem precipitado em suas ações.
g) Não avarento (1Tm. 3.3; Tt. 1.7) – Não cobiçoso de sórdida ganância, não defraudador ( Tt 1.11; 1 Pe. 5.2).
h) Hospitaleiro (Tt. 1.8) – Amante do estrangeiro, especialmente pronto a fazer amizade e a receber crente, rejeitados, viajantes, e perseguidos.
i) Amigo do bem (Tt.1.8) – Amável, bondoso, virtuoso, disposto a beneficiar os outros.
j) Sóbrio (Tt 1.8) – De mente sã, discreto, sensato.
k) Justo (Tt. 1.8) – Possuidor da força moral necessária para restringir e dominar seus desejos e impulsos pecaminosos (Gn. 39. 7-9).
l) Apegado à Palavra (Tt. 1.9) – Fiel à doutrina, conserva o ministério da fé com a consciência limpa.
m) Apto pra ensinar (1 Tm.3.2) – Que tenha poder para exortar, como para convencer os que contradizem, pelo reto ensino. Com o propósito de capacitar àqueles que supervisiona, a motivar, através do verdadeiro ensino, levando-os a trabalhar para o Senhor com a vontade e o coração.
- 2. NECESSIDADE DE CARÁTER
Caráter é a vida interior do homem refletida nos traços da natureza pecaminosa (sendo influenciada pelo mundo), ou os traços da natureza divina (sendo influenciada pela Palavra de Deus).
Caráter é a soma total de todas as qualidades positivas e negativas, na vida de uma pessoa, exemplificado pelos seus pensamentos, valores, motivações, atitudes, sentimentos e ações.
No grego a palavra caráter significa “imagem”. Deriva da palavra “chrasso” que quer dizer: “marca, alguém que afia, arranha ou escreve numa pedra, madeira ou metal”.
Caráter é como uma marca impressa que distingue a pessoa. Essa marca é formada pela força exterior sobre um individuo. O caráter de Deus que foi impresso no líder para que, desta forma, o mundo creia em Deus. Caráter é a base sólida que Deus exige de um homem antes de libertá-lo para sua obra.
Os valores e os padrões do mundo estão a cada dia mais e mais corrupto (1 Tm. 3.1-9). No meio destes dias maus, no entanto, a Bíblia também afirma que haverá um povo com a justiça de Jesus.
- 3. ASPECTOS DO CARATER DE JESUS CRISTO, QUE O LIDER DEVE TER.
1. AMOR – O amor que o Senhor exige na formação do caráter de um líder é o amor incondicional (Jô. 13.1; 15.13).
2. SANTIDADE – Ser santo não depende essencialmente de uma intervenção divina, mas de um posicionamento individual, e começa com a decisão pessoal de ser santo.
3. COMPAIXÃO – É a capacidade que leva o homem a se colocar no lugar do seu próximo e de sentir suas dores. A compaixão é um dos aspectos mais importantes do caráter de Deus. Deus é compassivo (Sl. 78.38; 86.15). Princípios para ter compaixão:
a) Tirar os olhos de si mesmo;
b) Colocar os olhos no necessitado;
c) Se envolver com os necessitados;
d) Orar para que o Espírito Santo gere compaixão em nós.
4. SERVIÇO – Um verdadeiro servo está sempre atento aos problemas e necessidades que os outros estão enfrentando, devendo espontaneamente dispor-se a ajudar. Há várias palavras em hebraico que podem ser traduzidas como “servo”:
a) EBED – Alguém que é escravo ou servo. Aplica-se à pessoa que está completamente a disposição de outra (Gn. 24.1-67). Aplica-se também a um escravo que renuncia a todos os seus bens pessoais para servir só a seu senhor (Dt. 15.12-18).
b) ABAD – Significa trabalhar e servir, aplica-se à pessoa que cultiva o solo (Gn. 2.5; 3.23).
c) SAKLYR – Significa “Servo alugado”, que se torna um escravo de amor ataves de um relacionamento pessoal. “Um empregado”, “servo assalariado”, “um viajante que é levado para dentro de casa e feito escravo” (Lv. 25.6).
d) SHARATH – Pessoa servil, que faz tarefas insignificantes, também aplica-se ao sacerdote (Ex. 28.35-43) e a Josué (Ex. 24.13; Nm. 11.28).
e) No grego DOULOS – significa “cativeiro e servidão”. Termo aplicado a um servo que está em sujeição ao se senhor de boa vontade.
5. HUMILDADE - É uma atitude constante de servir (Is. 14.12). Os humildes de espírito são aqueles que dependem totalmente de Deus (Mt. 5.3). Andar com um espírito humilde sempre foi o propósito de Deus para o homem (Mq. 6.8).
6. MANSIDÃO – Manso é o homem que não permite que a vontade própria tome conta de seu espírito, mas coloca todo o seu ser debaixo da autoridade do Espírito de Deus (Mt. 11.29). A palavra mansidão no grego quer dizer afável, bondoso, brando. Um líder pode ser firme, mas deve agir em mansidão, porque senão machucará e prejudicará o povo de Deus. Esta atitude de coração permitirá ao líder tratar de assuntos sérios sem machucar espiritualmente o povo de Deus.
7. FIDELIDADE – Ser fiel é ser constante na aliança com alguém. Ser alguém em quem os outros podem confiar e a quem podem delegar atribuições (Dn 6.4; Hb. 3.5; 1Co. 4.2).
8. RETIDÃO – È a obediência à lei de Deus (Dn. 6.25 com Rm. 10.5). Ser reto é não desviar-se nem para direita nem para esquerda do caminho do Senhor (Sl. 101.6).
9. JUSTIÇA – Ser justo é ser imparcial, praticando a justiça em qualquer circunstância (Sl. 82.3; Cl. 4.1; Jô. 5.30).
10. OBEDIÊNCIA – Obedecer é fruto de uma decisão individual (1 Sm. 15.22). Obediência é uma credencial para quem quer liderar, é o alicerce do caráter ( Mt. 7.24).
11. ZELO – Ser zeloso é cuidar com amor algo que pertence a Deus. Tudo pertence ao Senhor, somos apenas mordomos do que Ele tem deixado sob nosso cuidado.
12. PACIÊNCIA – Ser paciente é esperar o momento certo de agir na vontade de Deus, é suportar pressão sem explodir.
Ávida de Jesus foi e é um exemplo maravilhoso de líder.
O caráter de um líder é a base estrutural para resistir ás investidas de Satanás, sem base é praticamente impossível prevalecer no combate.
- 4. LIDERANÇA: VERDADEIRA E SANTA “AMBIÇÃO” (1 TM. 3.1)
A afirmativa de que o desejo pela liderança é uma boa ambição não será aceita por todos sem reserva. Embora haja ambições que merecem restrições, há outras dignas e serem alimentadas, por sua nobreza. Ao avaliar a “boa ambição” vários fatores devem ser mantidos em mente:
1. Quando Paulo escreveu, as condições eram muito diferentes. Ser líder não era trabalho fácil, geralmente significava grandes perigos e pesadas responsabilidades. Em algumas vezes, a recompensa eram provações, menosprezo e rejeição. Nos momentos de perseguição, o líder era o primeiro a sofrer. Os amantes de cargos não teriam coragem de enfrentar um compromisso tão oneroso.
2. Paulo não atribui honradez e nobreza ao cargo, mas à função da liderança, a mais privilegiada do mundo.
3. Nos dias de Paulo, somente um amor profundo a Cristo, e um grande interesse por Sua Igreja motivariam uma pessoa a ambicionar a liderança.
4. Nos nossos dias a liderança cristã confere prestigio e privilégios, de tal forma que uma ambição indigna pode, facilmente, levar homens carnais e egoístas a cargos de liderança.
5. Buscar coisas grandes não é necessariamente pecado. É a motivação que determina o caráter pecaminoso. O Senhor não condenou a busca de grandezas, mas desmascarou a motivação indigna.
Ambição que se centraliza na glória de Deus, e no bem-estar de Sua Igreja, não apenas é legitima como também é digna de louvor.
- A palavra “ambição” deriva de uma palavra latina que significa “procurar promoção”. Há algumas atitudes que podem se relacionar à ambição como: ser visto e aprovado pelos homens, exercer controle sobre as pessoas, ser popular, sobressair-se, e etc. Tais ambições foram denunciadas pelo Senhor Jesus. O verdadeiro líder jamais procura promoção. A verdadeira liderança é alcançada mediante nossa consagração ao serviço às pessoas e não conseguindo a sujeição de pessoas ao nosso serviço. Liderança é alcançada pelo sofrimento do preço, envolve a necessidade de beber o cálice amargo e experimentar o batismo do sofrimento (Mc. 10.38,39).
Os verdadeiros líderes precisam ter a chamada e o caráter de Jesus Cristo. Nenhum de nós pode se igualar ao Bom Pastor, mas podemos aprender com Sue exemplo, a cuidar melhor do nosso rebanho.
- 5. AS BASES DA LIDERANÇA
Com relação à liderança, quando alguém que é um líder, tem que provar que o é. Até mesmo Jesus teve que comprovar Sua condição antes que os outros o seguissem.
A chamada para a liderança precisa ser confirmada. Embora as pessoas possam ser treinadas para a liderança, somente Deus faz a chamada. A igreja funciona como uma agencia confirmadora. Os lideres devem ser, de certo modo confirmados por pessoas de fora da igreja (1 Tm.3.7).
A necessidade de confirmação é requisito indispensável a qualquer tipo de liderança. Acontece que, na igreja ou fora dela, algumas pessoas querem ir “diretamente ao topo”.
A maior necessidade da igreja, para que ela cumpra suas obrigações, é uma liderança espiritual, sacrifical e plena de autoridade vinda do alto:
1. PLENA DE AUTORIDADE – As pessoas gostam de ser lideradas por alguém que sabe o que diz, o que faz e para onde vai.
2. ESPIRITUAL – Porque uma liderança carnal, embora possa ser atraente e competente, resultará apenas em esterilidade.
3. SACRIFICIAL – Porque a verdadeira liderança é moldada segundo a vida de Cristo que Se deu a Si mesmo em sacrifício pelo mundo. A falta de líderes tais, é um sintoma da doença que enfraquece a igreja.
O reconhecimento aos antecessores. Nenhum de nós consegue coisa alguma sozinha. Estamos sempre sendo influenciados e sendo ajustados por outros. Sir Isaac Newton disse: “Se vi mais longe do que os outros homens, foi porque estava de pé sobre os ombros dos gigante”. Uma boa liderança tem essa característica, ela encara suas realizações com honestidade e sinceridade e admite: “Não poderia tê-lo feito sozinho”.
Jesus queria que seus discípulos soubessem que tinham um débito de gratidão para com aqueles que haviam trabalhado na liderança antes deles. Jesus só deu inicio a seu próprio ministério depois de João Batista ter-lhe preparado caminho.
O companheirismo (Interdependência – Lc. 10). Outra pessoa junto certamente encorajaria o viajante em lugares desconhecidos. O Senhor Jesus tinha uma razão para proceder assim. Jesus desejava que seus discípulos se apercebessem de sua dependência uns dos outros e de sua dependência do Senhor, mas também que eram “um só corpo em Cristo” (Rm. 12.3-8; 1 Co. 12.12).
Reconhecer o valor dos outros. Vejamos alguns fatos que podem ajudar-nos a fazê-lo:
a) Todo talento e capacidade é dom de Deus. João Batista se expressou muito bem sobre isso: “ao homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (Jô. 3.27). Conscientizar-nos de que só temos capacidade de liderança porque Deus no-la deu, torna-nos mais humildes.
b) Não fizemos nada para adquirir nossa capacidade de liderança. Quando alguém recebe o dom de liderar, é uma questão de graça w não de mérito.
c) Este presente que nos é dado não deve ser motivo de vanglória. A uns Deus dá a capacidade para liderar, a outros, a capacidade de reconhecer e seguir os bons líderes.
d) Devemos reconhecer e agradecer àqueles que nos ajudaram a desenvolver nossas capacidades. Os atletas têm um talento latente, mas isso não basta. Eles precisam de ajuda, treinamento e correção. Com os líderes acontece a mesma coisa.
e) Devemos agradecer a Deus por nossas aptidões. Devemos regularmente parar e agradecermos a Deus por ter-nos feito como somos.
- 6. AS IMPLICAÇOES DA LIDERANÇA (MC. 10.43-44)
Os ensinamentos de Jesus Cristo foram revolucionários, especialmente no que concerne à liderança. No mundo contemporâneo, o termo “servo” tem uma conotação de inferioridade. Jesus magnificou o termo, igualando-o à grandeza, e isto foi e é um conceito revolucionário. O ideal de Cristo para Seu reino era o de uma comunidade de pessoas servindo-se mutuamente (Gl. 5.13).
O contraste entre a idéia mundana de liderança e a de Cristo era uma lição que Tiago e João ainda tinham aprendido (Mc. 10.42-43). Eles queriam a gloria, mas não a vergonha; a coroa, mas não a cruz; ser senhores, não servos. O pedido deles deu ocasião a Jesus de mostrar dois princípios de liderança:
1. Há uma soberania na liderança ( Mc. 10.40). Os ministérios de liderança são soberanamente conferidos por Deus. Nenhum curso teológico ou treinamento em liderança qualificará algum para um ministério de liderança espiritual e eficiente.
2. Há um sofrimento envolvido na liderança (Mc. 10.38). A franqueza e a honestidade levaram Jesus a mostrar o custo da liderança. Ele precisava de homens e mulheres de qualidade, de olhos abertos, dispostos a segui-lo até a morte.
Eles deveriam aprender que há um elevado preço a ser pago por um ministério espiritual de grande influencia, preço que não poderia ser pago de uma só vez, mas por toda a vida.
Não existe liderança a preço e liquidação, a lição fundamental de grandeza só vem mediante a servitude.
E Is. 42.1-5 vemos o significado de “espírito de servitude”, nesta passagem profética temos algumas características que haviam de qualificar o Messias vindouro, como servo do senhor:
a) DEPENDENCIA – “Eis aqui o meu servo a quem sustento” (v.1), ao cumprir esta vocação profética, Jesus voluntariamente “se esvaziou, assumindo a forma de servo” (Fp. 2.7), entregando os Seus privilégios e o exercício independente de Sua vontade. Embora possuísse todos os poderes e prerrogativas da deidade, Ele tornou-se dependente de Seu pai.
b) APROVAÇAO – “O meu escolhido, em que minha alma se compraz” (v. 1), a retribuição está em Sl. 40.8.
c) MODESTIA – “Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça” (v.2), p ministério do Messias não seria gritante, retumbante, mas modesto. O servo do Senhor trabalha tão quieta e discretamente que muitos até duvidam de Sua existência.
d) EMPATIA – “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará o pavio que fumega” (v. 3), o Messias se mostraria simpático, compreensivo e compassivo para com os fracos. Ele repara canas quebradas e assopra a fumegante até incendiar.
e) OTIMISMO – “Não desanimará nem se quebrará até que ponha na terra o direito” (v. 4), o Servo do Senhor jamais se desencorajaria. O pessimista nunca se torna um líder Inspirador. Esperança e otimismo são qualidades essenciais à liderança.
f) UNÇAO – “Pus sobe ele o meu espírito” ( v.1), as cinco qualidades anteriores seriam insuficientes para o cumprimento da tarefa do Messias. Era necessário o sobrenatural, a unção do Espírito Santo (At. 10.38).