As empresas na crise

Por Liane Broilo Bartelle | 15/02/2016 | Adm

Muitos empresários tem a visão de que grandes empresas não sofrem tanto quando a crise atinge a economia e abala o mercado em que estão inseridas. Mas, desde 2015 o Brasil tem tido provas de que não são só os pequenos empresários que passaram a ser afetados pela temível crise política que interferiu gravemente na economia do país. Grandes empresas, multinacionais, encerraram suas atividades em solo brasileiro e fecharam as portas, deixando centenas de pessoas desempregadas, parando de gerar receita para o município e estado em que estão localizadas e, agravando mais ainda a situação do mercado econômico.

Todos gestores, independentemente do tamanho da empresa que administram, precisam estar atentos as mudanças econômicas que variam internamente e externamente. Avaliar como o mercado tem se movimentado e preparar algumas estratégias para momentos em que a receita será enxugada, é primordial para manter a empresa ‘respirando’.

O lucro tem sido um obstáculo enorme para os empreendedores, que se preocupam em sair do vermelho a cada mês e continuar no mercado. O lucro é uma projeção mais lá para frente, antes disso é preciso garantir que a empresa prossiga de portas abertas, trabalhando e conservando os seus colaboradores. Novas contratações? Ainda é muito arriscado dar um passo desses, afinal nada está seguro com o cenário político e econômico que o Brasil enfrenta neste começo de 2016.

Algumas dicas para as empresas em tempos de crise – me refiro aqui as que não fizeram um planejamento para épocas de escassez – é que aproveitem da melhor forma os colaboradores, pois eles conhecem o produto/serviço que a empresa comercializa, eles podem oferecer estabilidade. É importante, cortar gastos desnecessários com eventos, viagens, brindes, ... Para poder honrar com uma publicidade bem elaborada e com um plano de marketing alinhado com as necessidades imediatas da empresa. Também, reforçar os cuidados com a contabilidade e, averiguar para onde o cliente está indo e esforçar-se para atendê-lo.

Não adianta se desesperar, o que é preciso nessas horas, é planejar. Averiguar o que a empresa tem em mãos e projetar o caminho a ser seguido. A palavra é estabilizar, não deixar que a empresa comece a se desequilibrar e, não se preocupar em crescer e lucrar em grande escala, pois a decepção pode ser grande. Enquanto a empresa estiver estável, ela estará sobrevivendo em alto mar, que encontrasse revolto. E, aí sim, quando vier a calmaria, poderá seguir por novos caminhos e quem sabe obter resultados impressionantes, já que ninguém sabe quantas empresas do mesmo ramo permanecerão operantes até o final dessa tenebrosa maré econômica.