As diversidades dos mundos.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 30/05/2013 | Poesias

As diversidades dos mundos.

Dois mundos.

Vários mundos.

Apofântico.

Mundo não assertório.

Um deles é o mundo de Raimundo.

O outro de Maria.

Tem também o mundo de Bastião.

Todos eles são contraditórios.

 Diferentes em suas naturezas.

Cada um deles fica distante da imaginação.

Deles mesmos.

O hilozoismo como fundamento.

Mas todos são antagônicos até mesmo na poesia.

Se tiver que morrer será muito triste saber.

 O princípio do eudemonismo.

Terei que esquecer os diversos mundos.

Quando a cor do sol e o vento distribuindo.

Hidrogênio.

A diacronia a distância do tempo.

Perdendo se idiossincraticamente.  

Eu teria uma poesia para escrever antes de ser.

O que sou.

Indelevelmente a grande figuração.

Mundo sem fundamento axiológico.

Apenas uma partícula de referência química.

Inexorável. 

Pergunto a cidade da vossa pessoa.

 Se teria sentido essencialmente aquele poema.

Se existe algo ao meio, quando tudo para coletividade.

É apenas o interminável começo.

Não apenas uma.

Milhões de pedras.

Que constituem até mesmo em montanhas.

O que desejo saber.

Alguns recantos são trilhos e não caminhos.

A encruzilhada a direção de um grande rebanho.

Também escrevo poesia.

Sei do encantamento das palavras.

Parte da filologia analítica delas.

Anamnese coletiva.

Do silencio da ignorância.

Então as pedras estão em lugares distantes.

E diferentes.

Abismos silenciosos.

Infeliz daquele que tiver que ferir os pés.

Para poder alcançar a destinação.

No alto de uma montanha.

 Bilha forte a alienação.

A estupidez da ingenuidade.

Gente perdida querendo ser sábia.

Devorando uns aos outros como leões.

As ovelhas.

Eles sentem o imenso calor do sol.

Nem mesmo Deus sabe explicar outras razões magníficas.

O materialismo das explicações metafísicas.

Tudo isso é essencialmente abstrato.

Que mundo é esse.

A fortiori.

A dor é o preço que se paga pela existência.

A racionalidade pelo domínio do instinto.

Uma mancha que corre no fundo do mar.

Semelhante às ondas que o vento leva.

Acima da gravidade.

O que afirmou Galileu os objetos tem a mesma velocidade.

A ideia de que tudo acaba.

Que as Ciências pelo menos em parte.

São apenas formulações ideológicas.

Mas não sabia que você tinha escondido um fato.

Epistemológico.

Tantas pessoas não puderam ter o prazer de ser.

Na mais profunda melancolia.

Diante das complexidades das estradas.

Abdução do pragmatismo de Charles Peirce.

Quando a segunda premissa é apenas provável.

Do esquecimento dos trilhos.

 Pergunto.

Qual é o futuro da destinação.

 De uma terra incrivelmente demagógica.

Aqui o pobre é de direita.

Quando a mesma não tem ideologia.

Apenas o oportunismo.

Do mesmo modo à esquerda.

Nesta terra.

A etimologia grega akrasia.

A ausência de autocontrole.

 Deus protege os ricos.

Mesmo os ricos não gostando dele.

Sendo que ele leva os ateus a sério.

O diabo tem como amigos os bons.

É dessa forma a metáfora.

A realidade tem outra pigmentação.

O que poderá ser o mundo.

Se ele é de Raimundo.

De Bastião.

Da dona Maria.

E de Josefa.

Motivo de Deus aproximar dos agnósticos.

Achar interessante suas teorias.

Uma vez Deus disse a um agnóstico.

Maria e Bastião não entendem a vossa teoria.

Motivo pelo qual adoro falar com a sua pessoa.

Saber de você como chegou a essa formulação.

Porque o tempo todo procura me negar como se não existisse.

Se toda proteção lhe foi dado.

A vossa pessoa é o meu protegido.

Dedico muito carinho a você e não tanto a Bastião e Maria.

O fato de  ser alético.

Porque você é a ovelha perdida.

Respondeu o agnóstico.

O motivo não é esse senhor Deus.

Se cuidasse da ovelha da vossa pastagem.

Acreditaria na sua divindade.

Porque insiste tanto em me proteger.

Se já tenho muita proteção.

O mundo de Maria e de Bastião.

Precisa do vosso amor.

Essencialmente esse o motivo do meu agnosticismo.

A razão de ser ateu.               

Edjar Dias de Vasconcelos.