AS CONTRIBUIÇÕES DO PROFISSIONAL PSICOPEDAGOGO NO TRABALHO ESCOLAR

Por SEILDA AVELINO DA COSTA SILVA | 24/10/2018 | Educação

RESUMO

O presente artigo tem por finalidade tratar da questão psicopedagógico dentro das instituições de ensino, esse trabalho é pouco conhecido e discutido apesar da sua enorme importância para aprendizagem dos educandos, pois a psicopedagogia ajuda a dirimir diferenças, dificuldades. O objetivo do artigo foi mostrar a importância do trabalho dos psicopedagogos não somente junto aos alunos no trato de suas dificuldades e relações, mas, também junto a gestão que pode utilizar dos conhecimentos desse profissional para se relacionar melhor com docentes e discentes. A pesquisa foi feita através de leituras tanto de livros o quanto na internet e em revistas e jornais. Foi possível observar que os resultados foram muito positivos tanto com relação a abordagem do tema que tem sido amplamente discutido o quanto no tato com as informações colhidas tornando proveitosa a abordagem e inclusão desse profissional na vida escolar.

PALAVRAS CHAVE: Psicologia. Escolas. Alunos. Professores.

INTRODUÇÃO

A escola é um espaço plural e diversificado, dentro dele é possível fazer as mais variadas observações. Afinal são muitas relações acontecendo ali dentro, professores e crianças aprendem e ensinam o tempo todo.

A psicopedagogia vem desvendar os processos de desenvolvimento e de aprendizagem, analisando a atividade da criança, e o que ela vem produzindo ao longo de sua jornada, o que nos possibilita ler e interpretar certos aspectos do ensinar e do aprender.

A psicopedagogia buscou contribuir de forma sistêmica para uma reflexão da práxis escolar, onde muitas vezes algo era ensinado ou trabalhado de forma disforme e inútil, levando muitas crianças a uma aprender enfadonho e sem utilidade para a vida.

Eis aí a necessidade de um profissional experimentado e consciente das necessidades de uma instituição escolar, para que Psicologia escolar que é vista como uma área de intersecção entre a Psicologia clínica e a Psicologia organizacional, por trabalhar e lidar com uma instituição social múltipla, hierarquizada, resistente à mudança e que reflete a organização social como um todo. Lembrando-se da importância de considerar o indivíduo sem perder de vista, sua inserção no contexto mais amplo da organização.

Para um diagnóstico eficiente e acertado é necessário fazer uma análise da instituição, levando em conta o meio social no qual se encontra e o tipo de clientela que atende, bem como os vários grupos que a compõem, sua hierarquização, suas relações de poder, passando pela análise da filosofia específica que a norteia, e chegando até a política educacional mais abrangente.

O trabalho prático junto às escolas inicia-se geralmente por um levantamento da instituição onde se pretende atuar. Procura-se caracterizá-la em seus aspectos organizacionais, tenta-se detectar a ideologia subjacente aos objetivos expressos ou implícitos que a instituição contém. Começa-se, assim, por um diagnóstico da realidade da escola e, a partir daí, planeja-se as ações possíveis.

Procura-se atuar junto ao corpo docente e discente, bem como junto à direção e à equipe técnica. Tenta-se conscientizá-los da realidade da sua escola, para refletir com eles sobre os seus objetivos, sobre a concepção que subjaz ao processo educacional empregado, sobre as expectativas que têm de seus alunos, sobre o tipo de relação professor-aluno existente, enfim sobre a organização como um todo.

As queixas básicas comumente encontradas junto à instituição-escola referem-se à dispersão e desatenção, desinteresse, apatia, agitação, baixo rendimento e fraco nível de aprendizagem, rebeldia e agressividade, bem como dificuldades na relação professor-aluno e entre os próprios educandos. Tais problemas têm aparecido na forma mais ou menos intensa em todos os graus, o que vem caracterizar uma crise aguda e profunda pela qual a instituição vem passando.

A tendência geral da escola é centrar as causas de tais dificuldades nos alunos. As medidas que vêm sendo utilizadas para tentar resolvê-las ou contorná-las resumem-se basicamente em:

  1. Encaminhar os "casos-problema" ao Serviço de Orientação Educacional ou ao Serviço de Psicologia, como se os profissionais destas áreas tivessem soluções mágicas e prontas para tais casos;
  2. Criar mecanismos de controle cada vez mais rígidos e repressivos sobre o comportamento dos educandos através de inspetores de aluno, comunicações aos pais, reduções nas notas, multiplicação das avaliações etc.

Com relação aos Serviços de Orientação Educacional, com exceções evidentemente, temos observado alguns aspectos:

  • Não conseguem dar vazão ao crescente número de casos difíceis encaminhados;
  • Buscam contatos com os pais, numa tentativa, na maioria das vezes infrutífera, de transferir a resolução dos problemas para o âmbito familiar;

Desenvolver trabalhos junto ao corpo discente através de aulas tradicionais onde são desenvolvidos temas, com uma conotação quase sempre de caráter moral, discorrendo sobre a necessidade de "comportar-se bem, ser bom aluno, bom filho" etc., numa tentativa de fazer com que os educandos venham a preencher as expectativas que a instituição, especialmente os professores, tem deles. [...]

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