As aventuras de um candidato ao Conselho Tutelar

Por Luiz Claudio Alves Farias | 11/10/2015 | Crônicas

As aventuras de um candidato ao Conselho Tutelar

   Novamente os preparativos para a formalização da candidatura, preparar documentos pessoais, ir a delegacia para fazer atestado de idoneidade, na internet no site do Ministério Público pegar o nada consta, comprovante de que você reside a pelo menos a dois anos na mesma casa, enfim constatar que você possui uma “ficha limpo”, no jargão das eleições.

   Fui para a central eleitoral, na minha cinquentinha, que me deu um pouco mais de velocidade, é isso mesmo, hoje em dia tudo fica mais longe, principalmente quando você está de encontro ao relógio, as horas passam depressa e o tempo disponível é pouco.

   Mas, enfim correu tudo bem, fui primeiro a delegacia, ainda não tinha me habituado a fazer esses tipos de coisas.

- Quando entrei na delegacia, conversei com a atendente:

- Bom dia, eu queria saber como posso pegar um atestado de bons antecedentes.

A atendente:

- Você tem que falar com o comissário.

Eu:

Ok

Entrei na sala do comissário:

-Como posso obter um atestado de idoneidade

O comissário:

Você tem que pedir ao delegado, espere, que daqui a pouco ele chega:

Eu:

-Ok

Aguardei algum tempo, e notei que o delegado acabara de chegar, esperei um pouco e subir ao andar acima e entrei no seu gabinete:

- Eu sou candidato ao conselho tutelar e preciso de uma declaração de bons antecedentes:

O delegado:

- Isso é coisa antiga não precisa mais.

Eu:

- Mais a presidente da comissão das eleições para conselho tutelar pediu.

O delegado:

-Vá conversar com o Escrivão;

Entrei no gabinete do escrivão:

-Eu preciso de um atestado de idoneidade:

O Escrivão disse:

Ok, me dê seus documentos e volte amanhã.

Eu:

-Ok.

   No outro dia eu fui à delegacia e procurei o escrivão e ele já tinha providenciado o atestado.

   Daí eu entreguei todos os documentos e enfim formalizei a minha candidatura.

   Ainda tinha uns cinco meses antes de começar a campanha e nesse espaço de tempo aconteceu algumas reuniões que serviu para nos orientar de como agir e proceder como candidato.

    Participei de uma oficina que tinha como meta formar um candidato mais preparado e conhecedor do ECA.

    Uma outro foi com os fiscais e os candidatos, orientando como deveria agir os fiscais, sem bocas de urnas, sem compras de votos, e fiscalizando o processo eleitoral.

    Uma outra foi na promotoria, onde o promotor nos orientou sobre os deveres dos candidatos.

    Enfim, posso falar das campanhas:

    Visitei as comunidades, e orientei de como votar, do dia e da hora das eleições, e entregava meus panfletos de candidato, foi um mês de muita determinação e força de vontade.

   Subi o alto do morro, foi aos bairros, conversei com os populares em suas casas, por fim levei alguns cabos eleitorais para dá mais impulsos a campanha.

   E Enfim chegou o dia das eleições, e esperei que as pessoas ficassem conscientes de uma renovação e depois das eleições terminada, tive 25 votos, perdi.

   Fico na perspectiva de uma nova eleição e desse vez espero que ganhe.

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