Artimanhas

Por Fátima Vieira Coimbra | 16/08/2008 | Poesias

O amor embobece

Sempre se ouve dizer.


Será que é porque


Quem ama


A sonhar, amanhece.


De olhar, se enternece.


Bonito, o feio se parece.


A suspirar, permanece.


Ao abraçar, esmorece.


Ao beijar, se inebriece.


De imaginação, se aquece.


Na hora de ser firme, enfraquece.


Com um sorriso, amolece.


De desejo, enlouquece.


Não vê o que para os outros, aparece.


De artimanhas, se enriquece.


De ilusões, se entorpece.


Do amor, nunca esquece.