Artigo: O governador Pinóquio, os concursos públicos, e a eleição em Maceió

Por Roberto Jorge Ramalho Cavalcanti | 01/10/2012 | Política

Artigo: O governador Pinóquio, os concursos públicos, e a eleição em Maceió

Roberto Ramalho é advogado, jornalista, relações públicas, blogueiro e escritor

Esse cidadão que se afirma Governador de Alagoas administra o Estado de Alagoas como se ele ainda fosse uma Capitania Hereditária da família dele, e não faz outra coisa senão afirmar que não pode fazer concurso público porque a Lei de Responsabilidade Fiscal o impede.

Ele não passa de um mentiroso e irresponsável. Se ele exonerasse pelo menos 3.000 funcionários que ocupam cargos comissionados no Estado, inchando a máquina, a maioria sem sequer dar um dia de trabalho, daria para fazer os concursos da UNCISAL, SESAU, E DA EDUCAÇÃO.

Como se sabe, paga-se muito bem a um funcionário comissionado e a grande maioria é ocupado por desocupados, indicados por deputados federais e por deputados estaduais da sua base de sustentação.

Até o PCCS dos servidores da educação ele ainda não enviou para a Assembleia Legislativa para aprovação. Alega que não pode incluir os aposentados.

Quer dizer então que quem ensinou por durante mais de 25 anos no Estado e agora está aposentado não vale mais nada, como se fosse uma mera peça de museu.

Trate bem seus servidores, senhor governador. O senhor também vai se aposentar e vai querer receber seu quinhão de forma justa como todo trabalhador. A diferença é que seu salário será muito mais elevado.

Eu sei que ninguém mais pode se aposentar como governador. Mas, se Vossa Excelência completar os 30 anos de serviço público somando os anos de quando foi senador da República por duas vezes com o de governador de Estado, e mais um pouquinho, estará aposentado e viverá numa boa.

Além disso, ele mesmo afirmou em entrevista à imprensa que o estado estava equilibrado financeiramente. Porém, recentemente a mídia informou que esse ano o Estado de Alagoas deixou de arrecadar cerca de 300 milhões de reais por conta da quebra da safra de açúcar, de álcool, e, agora, em razão da decretação da falência do grupo João Lira, em face de dívidas não pagas e honradas e de empréstimos bancários não quitados.

Em seu governo, os servidores públicos foram massacrados e recebem vencimentos aviltantes. Que o diga o último censo do IBGE que afirmou ser o Estado de Alagoas o que pior remunera seus funcionários.

Seu partido político prega o denominado “Estado Mínimo”. Isso significa privatização das empresas públicas e a implantação das Organizações Sociais ou Oscips nos setores da educação, saúde e segurança pública principalmente.

 Agora o seu partido político, o PSDB, quer eleger o deputado federal Rui Palmeira, para se eleitor for simplesmente receber ordens de seu pai, o ex-governador Guilherme Palmeira, assim como do atual governador, Teotonio Vilela Filho.

Ambos, com certeza, deverão nomear para os principais cargos da administração municipal pessoas que já fizeram parte de seus governos.