Artigo: As armas nucleares da Coréia do Norte e a ameaça as potências ocidentais
Por Roberto Jorge Ramalho Cavalcanti | 02/06/2010 | PolíticaArtigo: As armas nucleares da Coréia do Norte e a ameaça as potências ocidentais
Roberto Ramalho é Jornalista e estudioso de assuntos políticos
Faz praticamente um ano que a Coréia do Norte fazia com extremo sucesso testes com mísseis balísticos em seu território.
Na ocasião o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou logo depois de saber do teste nuclear realizado pelo país comunista, que a ação norte-coreana era uma ameaça à paz internacional para logo após declarar em pronunciamento lido na Casa Branca, que a atitude do regime de Pyongyang foi "irresponsável" e uma "violação ao direito internacional".
Naquela época lembro-me muito bem que um ex-aliado, a Rússia também condenava o teste. De acordo com a BBC Brasil, o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, afirmou naquele momento que o país estava "preocupado" e que os testes eram "um golpe nos esforços de não proliferação".
A China, um aliado incondicional de Pyongyang, por meio de seu ministério do Exterior afirmava em um comunicado que "o governo chinês era contra, de forma resoluta, o teste nuclear da República Democrática Popular da Coréia do Norte".
O também ex-primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, também condenou de forma veemente a ação norte-coreana e disse que ela "iria minar a possibilidade de paz na península coreana e não ajudaria a segurança da Coréia do Norte".
E sentenciou: "A comunidade internacional vai tratar a Coréia do Norte como um parceiro se ela se comportar de maneira responsável. Se não fizer isto, pode esperar apenas contínuo isolamento".
O porta-voz do Ministério do Exterior do Japão, Kazuo Kodama, também demonstrou a época preocupação com o teste nuclear da Coréia do Norte e disse que seu país iria responder "de maneira responsável" nas Nações Unidas, mas não deu maiores detalhes.
"Estou profundamente preocupado com os relatórios sobre o teste nuclear. Acompanho de perto a situação na região, da mesma forma que seguirei uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU em Nova York", disse o recém empossado presidente das Nações Unidas, Ban Ki-moon à rede de televisão dinamarquesa "TV2".
A Coréia do Norte, que não aderiu ao Tratado para a Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT), havia se retirado no mês anterior ao teste, em protesto contra a condenação internacional do lançamento de um foguete no dia 5 de abril (2009), da conversação multilateral envolvendo Estados Unidos, China, Japão, Rússia e as duas Coréias sobre seu programa nuclear, e para espanto da comunidade internacional, havia anunciado a realização de seu segundo teste nuclear, depois também de ter realizado em outubro de 2006, que lhe acarretou sanções internacionais.
Este teste nuclear norte-coreano que gerou também condenações internacionais fez com que o Japão, país vizinho a Pyongyang solicitasse uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"O Japão condena o teste nuclear norte-coreano, que representa uma violação das resoluções da ONU e uma ameaça para a paz e a segurança, não só para o Sudeste Asiático, mas para o mundo inteiro", afirmou o porta-voz da delegação japonesa em Hanói, Kazuo Kodama.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas após se reunir terminou condenando pela violação de suas resoluções com o teste nuclear realizado pela Coréia do Norte, conforme havia anunciado o embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Tchourkine,
O que não entendo, fazendo um comentário sobre o assunto é porque ainda Os Estados Unidos enviam milhões de toneladas de alimentos ao povo coreano do Norte, principalmente trigo, milho, arroz e cevada, por razões humanitárias, quando se sabe que os alimentos são desviados para alimentar o exército Norte-Coreano, zombando dos americanos e do seu presidente, Barack Obama. Embora a Coréia do Norte tenha a Rússia e a China como potências aliadas, os EUA e a OTAN, junto com a Coréia do Sul e o Japão, já deveriam ter feito alguma coisa contra esse país que não respeita a comunidade internacional ? leiam-se ONU - e a Agência Internacional de Energia Atômica, tendo expulsado seus inspetores em duas ocasiões.
Os Estados Unidos são um país prepotente e arrogante. Em vez de eles estarem se preocupando com a questão nuclear do Irã deviam isso sim, estarem mais preocupados ainda com a Coréia de Norte que foi acusada pela Coréia do Sul de ter afundado em março a corveta sul-coreana Cheonan, matando 46 marinheiros em um incidente militar mais mortífero desde a Guerra entre as Coréias de 1950 a 1953.
E os dois países estão em pé de guerra.
Para amenizar a situação o premiê chinês, Wen Jiabao afirmou a Agência Reuters que "A tarefa premente agora é reagir apropriadamente aos sérios efeitos do incidente de Cheonan, reduzir as tensões progressivamente e especialmente evitar um confronto", disse Wen, ao lado do primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, e do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, ao final da cúpula.
Nos últimos anos a Coréia do Norte já testou mísseis de longo alcance e que podem até atingir Os Estados Unidos e possivelmente eles já devam também ter a bomba atômica como já afirmaram as grandes potências ocidentais que tem armas nucleares.
Fonte de Informações e Veículos de Comunicação citados:
1. BBC Brasil;
2. Ministério do Exterior da China;
3. Ministério do Exterior do Japão;
4. Conselho de Segurança da ONU;
5. Agência Reuters.