Arquitetura de viagem – Adamantina
Por Jacqueline Vasselucci Ferreira | 28/04/2017 | SociedadeArquitetura de viagem – Adamantina
Como toda arquiteta, tenho por aí meus olhos sempre atentos a observar o dinamismo das cidades, suas particularidades, como as pessoas se relacionam com os espaços públicos e como esses mesmos atrapalham ou facilitam a nossa vida. A partir daí, quis começar a escrever essa “série” de textos (não necessariamente todos expressos em forma de artigo) para mostrar um pouquinho mais da arquitetura em algumas cidades/municípios. Hoje, começaremos com Adamantina.
Resumo histórico
Segundo o site da prefeitura de Adamantina, “sua história também está associada à Companhia de Agricultura, Imigração e Colonização (CAIC) que, em 1937, voltou sua atenção para a zona do espigão do Aguapeí-Peixe, reiniciando a colonização da região em continuidade ao processo que já havia começado no Estado. (...) Nesse mesmo ano, foi iniciada a abertura das estradas laterais de penetração e, sob a direção do engenheiro Alberto Aldwini, também a venda de terras. (...) O surto cafeeiro e a chegada da ferrovia com ponto final no município proporcionaram o rápido crescimento de Adamantina e da área que se estendia até o Rio Paraná, fazendo convergir, para a região, passageiros e a produção agrícola.”
Adamantina urbana
Olhando para essa imagem aérea, podemos perceber o quão aconchegante ela é. Sem grandes manchas urbanas, segue um eixo linear principal marcado pela rodovia que atravessa a cidade em eixo urbano e por construções baixas e rodeada de área verde. E aproximando a foto, podemos ver que ela realmente possui um padrão construtivo quase que típico de nosso interior paulista de edifícações baixas e casas térreas, não sendo difícil achar o campo delimitando os limites do lugar.
Adamantina marcante
Logo na entrada da cidade, a estátua do Cristo Redentor nos recebe de braços abertos. Em um lugar predominantemente católico, não é de esperar menos que algumas manifestações religiosas dessa espécie não só na entrada da cidade. Sendo também a igreja matriz um dos grandes marcos arquitetônicos e ponto de encontro da cidade. Olhando assim ela não parece grande, mas não se engane!
Há aqui um padrão particular que deve ser evidenciado. Não sei sob que explicação, mas mesmo tratando-se de uma igreja matriz, a mesma não está localizada em nenhuma grande praça cívica ou rodeada por uma imensa praça verde ou área de lazer, pelo contrário, está inserida no contexto urbano. Com essa imagem aérea podemos perceber que a sua grande construção é que faz dela um marco e não a sua localização em sí. E ainda tem um galo charmoso na torre!
Outros traços e espaços
Algumas fotos para vocês ficarem com mais vontade de conhecer!
E aí, gostou de saber um pouquinho mais cobre esse charme que é Adamantina? Vale a pena investir nessa viagem!
Quer sugerir o próximo tema? Dúvidas, sugestões? Entre em contato conosco pelo j.arquitetura@uol.com.br. Até a próxima!
Arqtª Jacqueline Vasselucci