“AQUISIÇÃO DA LÍNGUA DE SINAIS EM CRIANÇAS SURDAS COM IDADE PRÉ-ESCOLAR”

Por Mayssa Velasco Rodrigues | 13/07/2018 | Educação

“AQUISIÇÃO DA LÍNGUA DE SINAIS EM CRIANÇAS  SURDAS COM IDADE PRÉ-ESCOLAR”

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Alane de Souza

Bruna Saraiva

Dully Gunther 

Mayssa Velasco.

Profº Taís Bueno Dorneles

Letras/Libras LBR0035 – Prática do Módulo I

07/12/2017

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo elucidar um pouco mais sobre como uma criança surda pode adquirir a língua de sinais, quais seus processos de aquisição linguística, como a família e a escola são importantes neste processo, dando alicerce para um aprendizado eficaz. Realizou-se uma pesquisa sobre o processo de aquisição da língua materna, L1, Libras em crianças surdas e qual desenvolvimento no convívio do meio familiar e escolar. O texto foi construído a partir de uma pesquisa bibliográfica com autores experientes na área da surdez e área da linguística da língua de sinais e uma pesquisa empírica a surdos adultos, aonde foi relatado suas experiências com seus filhos sobre o uso da língua de sinais. No ambiente escolar não é satisfatório unicamente a verificação da adição de uma nova língua, a Libras, mas a compreensão de que essa deverá ser abrangida no currículo e no programa escolar. Traz-se a língua de sinais como protagonista na vida da criança com surdez, para um processo evolutivo de aprendizagem com eficiência, para posteriormente na vida adulta este sujeito possa atuar com autonomia na sociedade.

Palavras-chave: Libras, crianças, surdez, língua de sinais.

1INTRODUÇÃO

A aquisição de uma língua para a criança tem um processo importante no seu desenvolvimento e na aprendizagem de uma criança surda, mostra como a língua interfere no aprendizado, no comportamento e na adaptação. A língua materna, também chamada de L1, é considerada a primeira língua adquirida por sujeitos surdos ou ouvintes, estando a língua de sinais como L1 dos surdos e o português como L1 de ouvintes.

Depois de várias lutas e movimentos sociais organizados pela comunidade surda, houve reconhecimento da língua com a criação dalei10.436, de 24 de abril em 2002. Esta lei caracteriza a LIBRAS como língua, fazendo com que posteriormente fosse conhecido pelos profissionais na área da licenciatura de maneira obrigatória na grade curricular.

 Pensando-se que um sujeito necessita de uma aquisição de língua logo ao nascer e que a forma ideal para o desenvolvimento cognitivo dos surdos seria a língua de sinais como sua L1, traz-se a questão de apresentar a Libras como L1.

 Idealiza-se como realidade esta proposta, porém algumas situações levam-se a crer que ainda há um longo trajeto a percorrer para ser executado com êxito a proposta do ensino da LIBRAS como primeira Língua no Brasil.

Para o sujeito surdo, a LIBRAS deve ser dada como primeira língua, sendo atribuída então como recurso e desenvolvimento da literatura visual, tornando a visão como principal fonte de informação.

No ensino da Língua de Sinais, a LIBRAS é uma língua estabelecida, onde as identidades surdas e suas culturas se manifestam e sendo assim, compreende-se que para o indivíduo relacionar-se com seus pares deve-se estabelecer uma comunicação pela linguagem, que deve ser compreendida pelo grupo.

O tema crianças surdas em idade pré-escolar têm sido vistas como importante, pois sabendo-se que existem pesquisas que trazem a questão de que crianças surdas que são alfabetizadas na sua língua materna L1, LIBRAS (língua de sinais brasileira), desenvolvem melhor seu processo aquisitivo do que crianças surdas alfabetizadas em língua portuguesa, L2.

Sujeitos surdos na idade pré-linguísticas aprendem a balbuciar alguns sinais e com isso a importância dos pais adquirirem a língua de sinais (no caso de pais ouvintes), para um estímulo mais eficaz ao bebê surdo, de acordo com QUADROS (1997) apud PETITTO e MARANTETTE (1991).

Para estas crianças em idade pré-escolar adquirir visualmente uma língua visual-espacial, facilitará seu desenvolvimento no futuro quando acessar a escola, afetando o comportamento com seus pares. Sendo detentoras da L1 conseguirão se expressar com mais clareza, aprender os conteúdos com mais facilidade, conseguir desenvolver-se com mais eficácia, por isso, a importância do debate desta temática.

Através de várias pesquisas que evidenciaram que a língua de sinais proporciona maior interação social, melhor expressão de comunicação dentro da comunidade surda, este paper trará a língua de sinais como protagonista na vida da criança com surdez no período da alfabetização, abordara-se o tema “A aquisição da língua de sinais para crianças surdas em idade pré-escolar” e também apresentará algumas pesquisas que referenciam a importância da aquisição da L1 para criança surda e casos empíricos de surdos adultos.

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