ANUÊNCIA
Por FELLIPE KNOPP | 28/03/2010 | Poesias
ANUÊNCIA
Pensava pudesses saber
Desprender-se às coisas pequenas
Captar o sentido-mor
Entre os astros e os homens
Do inefável ser das coisas
Da força do amor
Da vida as pessoas
Da infância serena
Pudesses compreender!
Te prendes, ainda, à infância soberba, abrupta
De pura vaidade a condenar-te
Teu vício, imprudente, lhe tira a beleza
Sequer pode amar-se
Se prende à soberba, o pior da vida adulta
Teus sonhos de vitrine
E teus impulsos ojerizam
Não vais além do imediato
E nada mais que só o tato
Te desautorizam
Fetiche!
Te desnudas e te pões à mostra
A qualquer um
Te ofereces aos que estão à volta
Uma a um
Dia vem em que a prova será provada
Verás que condenaste o nu
E tua nudez será condenada
FELLIPE KNOPP
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