ANTROPOLOGIA DA RELIGIÃO: Encantamentos, Magia e Superstição

Por Arlindo Nascimento Rocha | 26/04/2016 | Religião

 Antropologia da Religião:

Encantamentos, Magia e Superstição.

Autor: Arlindo Nascimento Rocha

E-mail: arlindonascimentorocha@gmail.com 

Resumo 

As primeiras ideias de progresso na an­tropologia surgiram a partir das ideias de Morgan, no séc. XIX, paralelamente a outros antropólogos como Tylor e Frazer, que lançam as bases para o desensenvol­vimento do funcionalismo e do estruturalismo. Os antropólogos Durkheim e Mauss contestam o método evolucio­nista e elaboram novas teorias antropológicas a partir de uma relativização de fatos sociais. Na esteira do funcionalismo é Malinowski, que vai à pesquisa de campo, em Melané­sia, e constata que o selvagem é tão civilizado como o homem moderno. Evans-Pritchard, apresenta outra faceta da vida primitiva, voltada para o caráter ilusório dos mi­tos, que encerra e limita o ser humano a uma superstição exacerbada. Em seguida Lévi-Strauss, através do estruturalismo, realizou experiências empíricas com tribos primitivas, inclusive do Brasil, e teorizou sobre o inconsciente do ser humano, permeado pelas ficções sociais; Talal Asad tem feito importantes contribuições teóricas para o pos-colonialíssimo, Cristianismo, Islamismo, e, iniciou uma antropologia do secularismo, enquanto Boyer e outros propõem que os sistemas mentais inatas fazer seres humanos predispostos a determinados elementos culturais, tais como a crença em seres sobrenaturais. O fenômeno religioso sempre foi um tema abordado pelos antropólogos, uma vez que, a antropologia da religião envolve o estudo dos fenômenos empíricos, as instituições religiosas e suas relações com outras instituições e comparação de crenças e práticas em diferentes culturas. A antropologia moderna assume que toda religião é criada pela comunidade humana. Porém, um dos principais problemas na antropologia da religião é a definição da própria religião[1]. Há uma diversidade de teorias antropológicas da religião, que se se baseiam ora em ideias de estruturas humanas sociais, emoções ou cognição. Algumas são próprias da antropologia, mas muitas foram tomadas de empréstimo. Nos próximos parágrafos far-se-á uma breve exposição de alguns antropólogos que se interessaram pelo fenômeno religioso, com ênfase nas suas respetivas explicações e diferentes posturas.

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