Ansiedade como uma doença do mundo moderno

Por Anissis Moura Ramos | 21/03/2018 | Psicologia

            É bastante frequente encontrarmos pessoas com fortes sintomas de ansiedade, apesar de muitas vezes não se perceberem ansiosas, só vão tomar conhecimento quando surgem sintomas clínicos, como dor no peito, falta de ar, insônia, entre outros.

            A correria do dia-a-dia, a insegurança que vive-se no país, a violência, são alguns dos fatores que contribuem para a manifestação da ansiedade. Ninguém passa pela vida, sem experimentar a ansiedade; ficamos ansiosos antes de viajar; de entrar no avião; de dar uma palestra; de enfrentarmos aquilo que desconhecemos e não temos controle.

            Apesar de a ansiedade ser percebida como uma doença do mundo moderno, ela é bastante antiga. A raiz da palavra ansiedade vem do grego “angh” , que podem ser encontradas em palavras do grego antigo cujo o significado é “apertar forte”; “estrangular”; “estar oprimido pelo sofrimento”; “carga”; “fardo” e “problema”. Significados que na prática são identificados como sintomas e que podem desencadear sofrimento psíquico na pessoa.

            Porém, precisa-se sublinhar que a ansiedade não é de todo ruim, por vezes, ela é essencial, pois evita que entremos em situações que nos colocariam em risco. Entrementes, estudos apontam que o número de pessoas ansiosas cada vez aumenta mais. Estudos recentes na área de saúde mental, realizados nos Estados Unidos apontam que 18% dos adultos apresentam algum tipo de transtorno de ansiedade e que 40 milhões de adultos só nos Estados Unidos estão sofrendo de níveis clínicos de ansiedade. No Reino Unido, um estudo realizado pela Mental Health Foudation, mostraram que 37% dos adultos entrevistados percebiam-se mais assustados e ansiosos. Para 75% dos entrevistados, o mundo havia se tornado um lugar mais assustador, mais ansiogênico e 29% assumiram que a ansiedade e o medo ocasionaram mudança em seu comportamento, a ponto de impedirem de fazer coisas que antes consideravam prazerosas.

            A ansiedade, segundo o DSM, pode ser compreendida como a antecipação apreensiva de um futuro perigo ou infortúnio acompanhado de uma sensação de disforia ou de sintomas somáticos de tensão. O foco de perigo antevisto pode ser intenso ou não. A ansiedade faz com que algumas pessoas sofram por antecipação, por algo que poderá ou não acontecer, chegando, às vezes, a paralisar a pessoa.

         Quando percebe-se que o nível de ansiedade está alto, existem meios de baixa-los, sem ter que fazer muita coisa. Valer-se de atividades físicas aeróbicas; manter uma dieta saudável; fazer exercício respiratório várias vezes ao dia; fazer relaxamento; massagem; meditação. Essas atividades, sendo feitas de forma contínua, poderão contribuir para manter a ansiedade em níveis mais baixos. Pode ocorrer, em alguns casos, que mesmo a pessoa valendo-se dessas técnicas não consiga diminuir o seu índice de ansiedade, nesse caso, é interessante que busque ajuda de um profissional da saúde mental, para que possa identificar a causa da ansiedade e ajudá-la baixar.