ANO 2020 – O TEMPO EM QUE TUDO FOI MUDADO NA VIDA DAS PESSOAS POR CAUSA DO COVID – 19

Por Sydney Pinto dos Santos | 20/05/2020 | Sociedade

ANO 2020 – O TEMPO EM QUE TUDO FOI MUDADO NA VIDA DAS PESSOAS POR CAUSA DO COVID – 19

Texto produzido em 18 de maio de 2020 e postado/divulgado em maio de 2020 em Santarém – Pará.

Por: Sydney Pinto dos Santos[1]

Todos éramos acostumados a estar continuamente em contato com os nossos pares, sem quaisquer empecilhos que fossem. No entanto, esta efetivação e aproximação começou a ganhar novos rumos, dinâmica e aspectos, quando em surgiu o Corona vírus, possivelmente se espalhando ainda no final do ano de 2019 para os mais distantes, longínquos e diferentes do globo terrestre. Pois, segundo matérias e mesmos estudos, o vírus já tinha ganhado espaço mundial, quando houve algumas manifestações patológicas idênticas na Europa no mês de dezembro de 2019, inclusive no que diz respeito à participação dos atletas nos Jogos Mundiais Militares realizados em outubro de 2019 na China, principal espaço de surgimento do novo corona vírus. Logo, entende-se que, os atletas que participaram deste evento esportivo, inclusive os franceses, os quais sentiram alguns sintomas parecidos assim que retornaram a sua pátria, podem terem sido os veículos possíveis para que o vírus chegasse até este país, e, consequentemente à Europa.

Como o mundo ganhou uma nova dinâmica com a Globalização, onde as pessoas se comunicam e se contatam fisicamente em quase tempo real, isto ocasionado pelos voos aéreos constantes e diários ao redor do planeta, o que faz com que pessoas em termos de 6 horas podem atravessar todo o espaço terrestre e contatar com inúmeras pessoas, etnias, culturas e sociedades em pouquíssimo tempo. Podendo com isto, carregar no corpo, bagagens e equipamentos alguns micro-organismos não muito benéficos, às vezes, à saúde da população.

Assim, se tem como um exemplo, o “espalhamento” do novo corona vírus de forma rápida, que surgiu na cidade de Wuhan e se disseminou para o restante do planeta em questão de dias, inclusive para a América do Sul, e consequentemente para o Brasil, considerado em termos territoriais como um território de dimensões continentais, o que propõem um grande desafio de encontrar, neste caso, os indicativos de portas de entrada do micro-organismo, no caso do Covid-19, inclusive por que, as fronteiras terrestres também se torna um desafio de controle pelo grande número de países que são fronteiriços com o Brasil.

Além, de questões geográficas, de limitações geográficas e de circulação de pessoas entre países, no meu entender, e se o vírus já tinha chegado em finais de dezembro de 2019, soma-se a isto inúmeros outros fatores que poderiam ter ocasionado a disseminação em massa e para a população em pouco tempo. E, entre eles, podem estar as festas de Natal, as festas de Final do Ano, além dos acúmulos nas férias de janeiro-fevereiro da população estudantil, e principalmente as aglomerações volumosas em todas as cidades brasileiras, ocasionada pelo Carnaval, realizado praticamente em todo o mês de fevereiro, inclusive nas 3 últimas semanas do referido mês.

Ressaltando que, não apenas pelo número considerável de aglomerações de pessoas participantes no Carnaval, porém, por se tratar de ser um evento que recebe pessoas de todos os lugares do mundo nesta época; e por ser algo que chega a ser regado a muita festa, diversão, bebida, em alguns casos orgias e prostituição, algo muito aproveitado pelos “estrangeiros”, a facilidade de contato se tornou muito fácil e logo provocando uma possível disseminação do vírus em um espaço de tempo muito curto.

Portanto, querendo ou não, é fácil perceber que, as aglomerações, embora não aceitas por uma boa parte da população, foram as principais possíveis formas de fazer “o espalhamento” do vírus às mais remotas regiões do país, e que gradualmente, pelo contato de um pelo outros, nas suas mais diversas formas, ganhou as dimensões alarmantes, provocando todo tipo de transtorno possíveis, como por exemplo: isolamento social, decretação de lockdown, busca desenfreada por equipamentos e instrumentos clínicos/médicos; superlotação do sistema de saúde, limitação de deslocamento do cidadão, escassez e carecimento dos produtos de primeira necessidade, inclusive de higiene e alimentícios, e os mais perniciosos: adoecimento ide uma boa parte da população e o aumento de número de óbitos.

No bojo e na esteira desta nova doença, haverão de surgir outros tipos de consequências, entre eles os pessoais, econômicos e de quase toda ordem de inter-relação no comércio e nos serviços. Sendo que, as pessoas poderão adquirir ou mesmo desenvolver novos hábitos no seu dia a dia, como o uso das máscaras, assim como a higienização corporal mais acentuada e dos produtos.

Quanto aos impactos econômicos, pode-se prever que: se levará muito tempo para que a economia volte a seguir uma linha de aceleração ou desenvolvimento; além que, as demissões pela iniciativa privada, poderá acarretar em outras situações não muito confortáveis, pois as empresas poderão fechar, assim declinando a arrecadação tributária no país, fazendo com que haja pouco recursos para investimentos em programas de retomada da economia, como também afetando diretamente o pagamento do funcionalismo público, o qual irá refletir no consumo e pagamento de serviços essenciais como internet, luz e agua, o que assim provocará um declínio considerável em todos os setores, espacialmente do Terceiro Setor, onde os serviços estão concentrados.

Com as dificuldades implementadas pelas questões anteriores, outras poderão surgir, com a falta de abastecimento de produtos de primeiras necessidades, inclusive medicamentos e alimentícios; assim como o acréscimo considerável da miséria e pobreza, devido às demissões em massa feita pelas empresas que não conseguiram se sustentar neste tipo de crise.

Quanto ao governo federal e suas atribuições, vai chegar o momento em que não vai ter mais como sustentar as dificuldades enfrentadas pela maioria da população, pois devido a arrecadação tributária em declínio, e os repasses para assegurar este momento, serão mais tarde inseridos na responsabilidade do contribuinte em “pagar a conta” em relação aos valores “doados”. Assim, poderão ser tomadas medidas impactantes no modo de vida do cidadão, quando serão feitas através de corte nos salários dos funcionários públicos (profissionais de saúde, segurança, educação, assistência e outros) como a retirada de vantagens e outros valores anexos ao vencimento, impedimento de reajuste salarial, e outras medidas necessárias que afetarão o dia a dia do brasileiro, visto que, a falta de recursos, menos será o poder de consumo do cidadão, e consequentemente menos produtos a serem comercializados e produzidos, o que pode levar as empresas a demitirem funcionários ou mesmo levarem a sua falência, acarretando assim uma decadência socioeconômica sem precedentes, pelo menos no que tange a nível Brasil.

 

[1] Professor da rede Pública de Ensino de Prainha – Pará. Mestrando em Educação (Formação de Professores) UNINI/FUNIBER

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