Andando na contramão
Por Diego Rosinha | 16/09/2009 | PoesiasAs forças se esvaem
pelo ralo da morte
Eu penso em ser forte
mas existe algo mais forte que eu
Joga-me para baixo
sempre essa ânsia de andar na contramão
batendo de cara num trânsito frenético
de zumbis arrotando lapsos de sabedoria
As forças se esvaem
junto do vômito amargo
Gosto da bílis, minha eterna companheira
No altar dos bêbados se reza para um deus qualquer
Um deus qualquer, existencialista, que nos tire do abstrato
e nos coloque de vez no eixo social
na prisão moral dos bons costumes
Quando me sinto humano dói
Vontade do colo
Vontade de sorrir novamente
sem arrebentar os seios da face
Úmido de sangue, estou – humano - aqui
lavando a alma com o profano
Santificando cristos tortos
e anjos cansados de voar tão alto
Agora me espatifo no chão
com a força da queda, acordo
Comendo o lixo que me pertence
Nasceu comigo, é meu! como dizem
Como uma ratoeira, armadilha de capital e egoísmo
Sim, o cinismo me fez um bom profissional
mas à noite, o travesseiro continua sem me deixar dormir
Litros de aguardente, quente urgente
aliviando um tédio tão presente
E, num corpo fraco de resistir
mas fortificado a cada porrada, sigo
Mate-me antes que seja tarde
O crepúsculo cai e traz a sombra
E é nela que vou aliviar a minha dor
pelo ralo da morte
Eu penso em ser forte
mas existe algo mais forte que eu
Joga-me para baixo
sempre essa ânsia de andar na contramão
batendo de cara num trânsito frenético
de zumbis arrotando lapsos de sabedoria
As forças se esvaem
junto do vômito amargo
Gosto da bílis, minha eterna companheira
No altar dos bêbados se reza para um deus qualquer
Um deus qualquer, existencialista, que nos tire do abstrato
e nos coloque de vez no eixo social
na prisão moral dos bons costumes
Quando me sinto humano dói
Vontade do colo
Vontade de sorrir novamente
sem arrebentar os seios da face
Úmido de sangue, estou – humano - aqui
lavando a alma com o profano
Santificando cristos tortos
e anjos cansados de voar tão alto
Agora me espatifo no chão
com a força da queda, acordo
Comendo o lixo que me pertence
Nasceu comigo, é meu! como dizem
Como uma ratoeira, armadilha de capital e egoísmo
Sim, o cinismo me fez um bom profissional
mas à noite, o travesseiro continua sem me deixar dormir
Litros de aguardente, quente urgente
aliviando um tédio tão presente
E, num corpo fraco de resistir
mas fortificado a cada porrada, sigo
Mate-me antes que seja tarde
O crepúsculo cai e traz a sombra
E é nela que vou aliviar a minha dor