Análise

Por Renato coelho da silva | 10/02/2021 | Educação

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA

PROGRAMA ENSINAR – FORMAÇÃO DE PROFESSORES

POLO: GOVERNADOR NUNES FREIRE

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA

CURSO: PEDAGOGIA-LICENCIATURA

PROFESSOR: VILMAR MARTINS DA SILVA

ACADÊMICO: RENATO COELHO DA SILVA

DATA: 09/02/2021

 

Maria Eneida Fantin

Neusa Maria Tauscbeck

Livro Metodologia do Ensino de Geografia

Fazendo uma análise crítica dos capítulos 04 à 07.

Lendo o Espaço Geográfico: A Formação de Conceitos, p.68

As Possibilidades Interdisciplinares e as Especificidades do Enfoque Geográfico, p.82

A alfabetização Cartográfica: Sua importância para a compreensão/leituras do Espaço Geográfico, p.87

Recursos/Metodologias para o Ensino da geografia, p.100

 

 

Uma análise acerca dos capítulos produzidos pelas as autoras Maria Eneida Fantin, e Neusa Maria Tanscbeek, as mesmas vem nestes capítulos trazer discursões de como ler o espaço geográfico e a sua formação de conteúdo, em específico no ensino da geografia, cabe-nos ressaltar que o espaço geográfico é formado por vários conceitos históricos, o mesmo continua e sempre será objeto de estudos da geografia. Vale ressaltar que as autoras citam que nos dias atuais a criticidade da geografia está no espaço geográfico e que é resultante de uma dialética entre a materialidade onde foi apropriado e construído pela a nossa sociedade, e condicionadas as ações do homem.

Visto isso, fica explicado que ao lermos o espaço geográfico, estaremos lendo e compreendendo a sociedade que os criou, a exemplos temos: casas, os prédios, as escolas, etc. E fazendo uma reconstrução do nosso passado e até mesmo do nosso dia a dia, observamos como eram e é até hoje as distribuições dos objetos, móveis, cadeiras em sala de aula, tudo isso nos faz compreender o quanto essa organização poderia interferir ou não no processo de ensino e aprendizagem de uma criança, as escolas iram receber crianças de todas as classes sociais e advindas de condições já oferecidos pelas escolas, e outras não, cabendo ao professor adequar essa realidade com a realidade de cada criança, onde a mesma, passa a conhecer ao adentrar na escola.

Segundo a autora,

"A leitura do mundo do ponto de vista de sua espacialidade demanda apropriação pelos alunos de um conjunto de instrumento conceituais de interpretação e de questionamento da realidade sócio espacial, (...)”, p. 70.”

Vale frisar, que os conceitos que a autora trás são conceitos que faz parte do aprendizado das crianças, observa-se também que essa variante de natureza está cada vez mais cedendo espaço para uma segunda natureza, onde a qual é formada pelo o homem, seja ela urbana, ou rural.

 Segundo Santos,

 "nossa tarefa é a de ultrapassar a paisagem como aspecto, para chegar ao seu significado, (...), a paisagem é materialidade, formada por objetos matérias e não matérias, (...). (SANTOS, 1996 apud FANTIN E TAUSCHE,1996, P.72)”

Observa-se também, vários outros tipos de conceitos de leituras vinculado ao espaço geográfico, a geografia assim como outros campos de estudos está vinculada à outras ciências com o objetivo de explicar seu campo de conhecimento.

Compreende-se então as possibilidades interdisciplinares e as especificidades do enfoque geográfico, onde vem tratar o entendimento a respeito do que se pensa por interdisciplinaridade no âmbito da construção das ciências. Muito se fala sobre esse tema, visto que fica uma incógnita de muitos porquês, será que contribui ou compromete a identidade das demais disciplinas? Essa é uma das preocupações que muitos estudiosos e profissionais da educação têm, ou seja, de não cair em uma pressuposta ‘salada mista’ onde possivelmente segundo elas, talvez poderia comprometer o ensino-aprendizagem da criança.

Portanto acredito que o estudo da geografia assim como outros estudos, já sofreram vários desafios em conceitos teóricos e específicos em sala de aula, e por pesquisadores da mesma. Hoje a geografia e outras disciplinas tem seu lugar garantido no sistema curricular de ensino. Essa proposta está inserida no sistema curricular a serem trabalhadas, as mesmas com aquelas pequenas crianças dos anos inicias, onde o professor como já foi citado anteriormente, deve-se adequar a realidade da criança com a realidade proposta pelo o sistema educacional de ensino.

Segundo Leme,

"Um dos mais sérios problemas que se levantam em relação aos estudos sociais, tal como são trabalhados nas escolas de 1º grau, é a insatisfatória “somatório” de campos de estudos diferentes, numa única disciplina, (...), a interdicisplinaridade é considerada positiva, enriquecedora em termos educacionais, (...)".   (LEME, 1986 apud FANTIN E TAUSCHE, 2005, p. 85)

 

Compreende-se que alfabetização cartográfica tem a sua importância para a compreensão e leitura do espaço geográfico, onde retrata as características entre o desenho e o mapa de uma criança, e também os mapas de um adulto, encontra-se também nos atlas geográficos e livros escolares, e as formas como as crianças aprendem a construir esse aprendizado.

Essas são indagações que Almeida trás, e caracteriza o que vem a ser a essência da alfabetização cartografia. Visto que as análises são bastante relevantes para o entendimento de que a representação gráfica é muito mais que instrumento na construção do pensamento geográfico do que um saber acadêmico da geografia.

 

 

 

Segundo Almeida,

 

"o ensino de mapas e de outras formas de representação da informação espacial é importante tarefa da escola. É função da escola preparar o aluno para compreender a organização espacial da sociedade, exige o conhecimento de técnicas e instrumentos necessárias e a representação gráfica dessa organização. (...). (ALMEIDA, 2003 apud FANTIN E TAUSCHE, 2005, P.88)

Observa-se que há diferentes fontes de representação gráfica como os mapas oficias, mapas pictóricos, planta, listas telefônicas, guia turístico em fim temos variedades de representações gráficas, que pode estar sendo útil, e sendo utilizado em sala de aula com as crianças, e assim fazendo uma abordagem cartográfica dos espaços vividos pelas crianças. O professor dever propor essas atividades para as crianças, o aluno dever localizar os pontos de referências com as referidas instruções, criar os trajetos, ser criativos e descrever esses deslocamentos. O professor não deve esquecer de sempre respeitar as faixas etárias de cada criança, disponibilizando conteúdos conforme suas idades e ano que estuda.

A representação de diferentes espaços como a casa, a sala de aula, o trajeto casa-escola, a planta da quadra, pois as leituras de mapas nem sempre é algo acessível às pessoas. Para que possa ocorrer realmente o desenvolvimento do raciocínio logico e cartográfico na criança o educador tem que saber trabalhar a importância de certas noções espaciais com as crianças, o professor  pesquisador tem que propiciar uma aula dinâmica e prazerosa, deixar de lado aquela educação tradicional onde o professor era o centro das atenções e o seu alunado tinha o dever de copiar e decorar para as referidas provas, a famosa prática decoreba de se aprender, as vezes sem nenhum resultado positivo.

Os recursos metodológicos usados para o ensino de geografia tem que ser de caráter pensado e planejado, observou-se em um depoimento de uma criança da turma do 4ª ano do ensino fundamental, onde ela idealizou um plano de aula de como se deveria ensinar, ou seja, como ele se comportaria sendo professor com seus alunos. É um texto bem criativo que provoca reflexões sobre às práticas cotidiana do professor na elaboração dos seus planos de aula, e o devido compromisso que deve ter com a educação.

O texto retrata essa postura como uma reflexão para o docente, que o professor adote esse modelo de planejamento e utilize em suas práticas diárias.

Podemos observar sugestões sobre recursos e encaminhamento metodológicos, para o ensino da geografia onde existem em muitos livros, artigos e periódicos relacionados à educação.

De acordo com Kaercher, ele vem propor uma metodologia de ensino que mostra aos alunos o quanto a geografia estar presente em seu cotidiano, observa-se que existe muitos matérias disponíveis para uma boa apresentação na aula de geografia, porém cabe ao professor analisar e selecionar os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula. Tendo em vista o professor deve compreender o material e fazer as devidas adequações conforme os anos/séries e idades.

Com essa mesma compreensão o professor deve estar ciente e procurar não cair em certas armadilhas de conteúdos prontos, onde são repassados aos alunos sem as devidas orientações e sem fundamentos teóricos dos mesmos. Toda atividade a ser proposta pelo o professor, deve ter fundamento teórico, ou seja, qual a sua importância e a sua contribuição social na vida da criança, o professor deve planejar suas aulas com antecedência, e sempre pensar nos recursos e os argumentos aos quais irá usar para um ensino-aprendizagem alto-suficiente para seus alunos.

As autoras trazem em discursão que o uso das imagens como (fotografias, filmes, desenhos, slides, etc.), faz com que atraia o interesse do aluno. O professor além de propor que o aluno pesquise e compreenda determinado assunto, cabe em seguida o professor instigar o aluno com perguntas sobre o tema discutido, nessa mesma proporção a criança aprende as relações políticas e étnicas e entre outras que está presente em nossas vidas.

O mediador deverá propor que os alunos faça uma pesquisa sobre um determinado tema ou imagem, e com o devido retorno trazer o resultado da pesquisa com seus significados e teor histórico, e dividir suas experiências com os colegas, além de falar sobre o que pesquisou e qual a sensação obteve com esse novo desafio. Com essa prática, o professor faz com que o seus alunos desperte o interesse crítico de pesquisar em nossa sociedade, claro que essa prática tem que ser adequada para realidades, idades, anos/séries na qual a criança está inserida.

Essa reflexão acerca dos temas aqui discutido, traz sugestões preciosas onde o professional da educação pode estar usando em suas práticas diárias, todas elas muito bem referenciadas por autores que buscaram a fundo compreender o desenvolvimento cognitivo da criança. O professor crítico que busca e que pesquisa, irá formar uma geração de cidadãos capazes de fazer a diferença em nossa sociedade, que essa nova geração de futuros professores que o Programa Ensinar está formando sejam docentes empenhados e convictos da realidade em que vão encontrar e a cada dia sejam capazes de inovar suas práticas em sala de aula.


Referências

 

FANTIN, Maria Eneide. TAUSCHECK, Neusa Maria. Metodologia do Ensino de Geografia. Curitiba. Ibpex, 2005.

LEME, D. M. P. O Ensino de Estudos Sociais no primeiro grau.

São Paulo: Atual 1986.

ALMEIDA, R. D. do Desenho ao Mapa: iniciação cartográfica na Escola, São Paulo: contexto, 2003.

SANTOS, M. A natureza do espaço técnica e tempo razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. P.16

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