Análise do perfil consumidor de e-commerce da região Nordeste

Por Ana Chirley Ribeiro Dos Santos Sousa | 09/08/2018 | Economia

Albina Luciani

Ana Chirley

Cleber Mateus

Antônio José

Hugo Leonardo

Sheyla Mikaely

Walter

 

Juazeiro do Norte – 2017

E-COMMERCE: ANÁLISE DO PERFIL CONSUMIDOR DA REGIÃO NORDESTE

Comércio eletrônico no Nordeste

O comércio eletrônico brasileiro se mostrou otimista nos últimos anos, mesmo diante do período conturbado da economia brasileira, onde o índice de desemprego cresceu de forma acelerada, atingindo 12% da população economicamente ativa. Ainda assim, Os números demonstram que esta forma de comercialização ganha força a cada ano que passa. Segundo dados da Webshoppers (2017), que demonstra o desempenho do ano de 2016, o e-commerce faturou 44,4 bilhões, crescimento nominal de 7,4%. E mais, 48 milhões de consumidores compraram no comércio eletrônico pelo menos uma vez no ano, alta de 22% ante 2015, esse número representa ¼ da população brasileira.

Outra mudança significativa nos números que representa o e-commerce brasileiro, é que 21,5% das transações on-line foram realizadas via dispositivos móveis. Em 2015, o share do m-commerce foi de 12%.

Um dos fatore que influencia a alavancagem desses números, são os períodos sazonais. O Black Friday de 2016, por exemplo, registrou um faturamento de R$1,9 bilhão, equivalente a 13 vezes a média de um dia comum.

Levando em consideração a utilização do e-commerce nas regiões brasileira:

[ Veja o gráfico no anexo ]

A região nordeste, obteve um crescimento de 11,7% em 2015 para 12,5% em 2016. O crescimento satisfatório se comparado ao cenário econômico do país atualmente. Não é de hoje o crescimento da participação dos nordestinos frente ao consumo na internet. Numa pesquisa realizada pela Hi-Mídia em 2012, empresa especializada em venda de mídia online com foco em segmentação e desempenho, e pela M.Sense, especializada no estudo do mercado digital, traçou o perfil do e-consumidor brasileiro.

De acordo com o estudo, a internet é a grande influenciadora na hora de o consumidor se decidir por uma compra. Além de ouvir a opinião de parentes e amigos, 77% dos entrevistados afirmaram que adquirem informações sobre os produtos em sites de busca, redes sociais, blogs ou sites institucionais das empresas. Outro dado revelado na pesquisa reforça a necessidade da presença online: apesar de a diferença no volume de investimento ainda ser muito grande, a publicidade online ganha cada vez mais importância junto aos usuários de internet – 47% a consideram muito influente, contra 38% que julgam que a publicidade na TV exerce muita influência na hora da compra.

O levantamento também apontou que 93% dos entrevistados das classes C/D/E já são e-consumidores, contra 90% dos pertencentes às classes A/B. Além disso, 96% dos participantes entre 25 a 29 anos consomem online, contra 94% dos que têm até 24 anos e 93% dos que possuem entre 40 e 49 anos. A região campeã é o Nordeste, com 96% dos entrevistados realizando compras online, contra 92% dos habitantes das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste/Norte. Entre os homens, 94% fazem compras online, contra 91% das mulheres.

Para 68% dos internautas, a principal vantagem das compras online é o preço (principalmente entre os homens), enquanto que 56% levam em consideração a comodidade (mais citado pelas mulheres). Variedade dos produtos, facilidade de pagamento e busca de informações e dicas também foram apontadas pelos entrevistados como principais motivos para comprar online. A pesquisa apontou que praticamente todos os consumidores comparam preços na internet antes de fazer suas compras, independentemente se as realizarão em lojas físicas ou online.

Alguns entraves para o crescimento mais expressivo para o desenvolvimento do e-commerce nessa região, é a demora da entrega. Uma matéria da Ecommerce News de 2015, afirma que as regiões Nordeste e Centro-Oeste do país são as que mais demoram na entrega de produtos adquiridos no e-commerce. Segundo estudo feito pela Sieve Price Intelligence, especialista em inteligência de preços, o prazo máximo chega a 42 dias em ambas regiões. Em seguida fica o Norte, com 41; Sul e Sudeste, que demoram até 39 dias.

Segundo pesquisa encontrada no Diário do Nordeste (2017), o comércio eletrônico foi responsável pela movimentação de R$ 718,7 milhões no estado do Ceará em 2016, correspondendo a 12,26% do mercado do Nordeste. É o terceiro maior volume de vendas na região, atrás apenas da Bahia, que movimentou R$ 1,8 bilhão no mesmo período (fatia de 30,39 do mercado nordestino) e de Pernambuco, com R$ 1,2 bilhão, 21,21% do volume de vendas regional.

Artigo completo: