Análise de Ativos (BBDC4; USIM5; PETR4; VALE5; MGLU3)

Por Ana Paula de Lima | 21/06/2017 | Economia

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais

Curso de Ciências Econômicas 

Ana Paula de Lima

Arthur Andrade

Deborah Galvani

Gustavo Luís Bornacki Costa 

Trabalho Ario 

Belo Horizonte

2017

1 INTRODUÇÃO 

O mercado de capitais atualmente desperta cada vez mais o interesse de novos investidores em busca de se obter uma rentabilidade maior. Algumas das maneiras de se investir atualmente são através de títulos, fundos, debêntures e ações, com uma determinada carteira de investimentos, e utilizando a estatística e algumas teorias como ferramenta, é possível determinar o risco e outras informações dos ativos, que formam a carteira, mas muitos ativos possuem riscos implícitos, que dificulta na obtenção da rentabilidade esperada.

Antes, porém de introduzir um modelo importante para a área de finanças, é necessário expor a questão do risco nestas transações. Em que cada investidor está disposto a correr determinado risco e, é a partir dele que se monta a carteira, quanto maior o retorno buscado, maior será o risco. De acordo com Almonacid (2010), há casos de que dependendo do tipo da configuração da carteira o risco acaba sendo maior que o desejado, tendo deste modo, uma rentabilidade abaixo do que seria apropriado em relação ao padrão de risco considerado como aceitável, o que é considerado um problema para os investidores. Retorno e risco para a área de finanças são termos interligados, já que um pode influenciar na ocorrência do outro.

A partir do ponto acima, surgiram modelos que buscavam amenizar o problema mencionado, dentre eles a Teoria de Carteiras de Markowitz, que é considerada por muitos como um marco para a Finança, pois a mesma se tornou uma ferramenta que tem como principal objetivo auxiliar para que dificuldades em relação à gestão de carteiras de ativos sejam solucionados, através da estatística, obtendo, desta forma, uma carteira com o menor risco possível (ALMONACID, 2010).

A Teoria Moderna de Carteiras de Markowitz é utilizada para a escolha e análise da carteira de investimentos, e com ela é possível mostrar aos investidores que o princípio de diversificação busca melhorar a relação de risco e retorno entre as carteiras. Em que propõe que a melhor opção não é o conjunto de ações que pode trazer maiores retornos e sim de que com combinações feitas com compensações de risco são mais estratégicos e mais eficientes, ou seja, ativos com altos riscos combinados com aqueles de baixo risco seriam muito mais vantajosos, como também não se deve distribuir os ativos sem olhar a correlação entre os ativos, conforme explica Almonacid (2010).

Neste contexto têm-se as premissas da Teoria de Markowitz, que muitos consideram importantes para a área de Finanças, sendo elas: os investidores avaliam o retorno esperado e o desvio padrão do retorno para um determinado período; eles são avessos aos riscos e buscam sempre aquela carteira que oferece um menor risco do que aquela com maior retorno; os investidores são racionais e ao se deparar com carteiras de mesmo risco a escolha é feita através daquela com maior retorno; os investidores possuem a possibilidade de comprar frações de ativos, pois eles são divisíveis, se considerados individualmente; não existe risco entre as transações; não há assimetria de informação nem custos de transações.

Deste modo, na teoria de Markowitz (1952) ao se obter um melhor conjunto possível de carteiras, que são consideradas eficientes, as mesmas são denominadas de Fronteira eficiente, pois este conjunto possui o mínimo de risco, considerado um nível de retorno, como também o máximo que retorno que pode ser oferecido. A fronteira Eficiente tem o papel de mostrar as melhores alternativas para combinação de investimento, porém, a mesma não oferece informações para saber qual a combinação ou carteira que se deve escolher, ou seja, a mesma oferece aos investidores condições para se fazer análises mais concretas e, assim escolher uma melhor carteira, a partir das suas características.

A partir do modelo citado surgiram outros, dentre eles o CAPM (Capital Assep Pricing). Ele deriva da teoria de Markowitz, porém é mais simplificado e mostra o retorno que um investidor está disposto a ter ao investir em uma empresa, ou seja, é uma forma de encontrar a taxa de retorno exigida, considerando o risco no sistemático ou não diversificável, por meio do coeficiente beta. Ele é capaz de estimar o custo do capital próprio, em outras palavras ele mostra o retorno que um investido espera ter por injetar dinheiro em uma empresa.

Tem-se, portanto, o objetivo com este trabalho analisar a composição da carteira composta por: BBDC4; USIM5; PETR4; VALE5; MGLU3. Na qual será analisado o peso destes ativos, como também o risco que esta carteira oferece, combinado ao seu coeficiente de sensibilidade (beta) e, por fim, fazer uma operação de Hedge da mesma. Tudo com base as teorias estudadas e com auxílio da ferramenta Excel.  

2 ANÁLISE DOS ATIVOS

2.1 Bradesco BBDC4           

           O Bradesco é um dos maiores bancos do setor privado do país e possui uma ampla rede de agências e serviços que lhe permite abranger uma rede de clientes diversificada. Seus produtos e serviços abrangem operações bancárias, tais como: operações de crédito e captação de depósitos, emissão de cartões de crédito, consórcio, seguros, arrendamento mercantil, cobrança e processamento de pagamentos, planos de previdência complementar, gestão de ativos e serviços de intermediação e corretagem de valores mobiliários. O grupo Bradesco também tem posição de destaque em outros segmentos em que atua. Nos ramos de seguros, previdência, saúde suplementar, leasing e capitalização, as subsidiárias do banco encontram-se entre os maiores players brasileiros.

O resultado apresentado pelo Bradesco em 2016 exigiu um grande esforço da sua gestão, que priorizou o fortalecimento dos indicadores do banco frente a um ano de forte contração econômica. A melhora dos indicadores de confiança e inflação, voltando ao centro da meta, e a taxa Selic indo rumo a casa de um dígito, é um cenário favorável a retomada do crescimento, o que torna o ano de 2017 um ano de transição. O banco cumpriu todos os guidances de 2016, com exceção das despesas operacionais, que foram impactadas pela integração do HSBC Brasil e pela antecipação de alguns gastos. A integração com o HSBC só foi concluída na primeira semana de outubro do ano anterior, o que impacta seus resultados do 4T16 e amplia seu portfólio de clientes.

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