Análise das Aulas Experimentais na Disciplina de Biologia – 8ª Classe, Escola Secundária Geral de Nicoadala

Análise das Aulas Experimentais na Disciplina de Biologia – 8ª Classe, Escola Secundária Geral de Nicoadala

Nédia Pereira Correia Mendes Correia & Jaine Júlia Jeque Gomes

Universidade Pedagógica de Moçambique

Delegação de Quelimane

RESUMO

Este artigo científico intitulado “Análise das Aulas Experimentais na Disciplina de Biologia – 8ª Classe, Escola Secundária Geral de Nicoadala, objetivou Analisar as aulas experimentais na disciplina de Biologia, 8ª classe, Escola Secundaria Geral de Nicoadala. Trata-se de uma pesquisa dual, isto é, qual quantitativa, com procedimentos técnicos como, estudo de campo, pesquisa bibliográfica, métodos de procedimento histórico e comparativo, técnicas de recolha de dados por meio de questionário que ocorreram depois da lecionação das aulas experimentais. As aulas experimentais nas escolas públicas nacionais continuam sendo pouco implementadas. Essas aulas, podem ser um vínculo para ultrapassar os problemas nas aulas de biologia que normalmente tem sido estáticas e tradicionalistas, pois, não acompanham a realidade das projeções para se atingir uma aprendizagem significativa. Havendo possibilidade de realizar experiência numa aula, o aluno fica motivado para aprender. As aulas experimentais são articuladoras da teoria-prática porque facilitam a assimilação dos conhecimentos através da relação teoria e prática. Os resultados deste artigo científico dão vantagem a importância das aulas experimentais para uma melhor assimilação dos conteúdos de biologia pois, os alunos que foram submetidos há aulas experimentais tiveram resultados positivos quando comparados aos alunos que não passaram da mesma experiência.

Palavras-chaves: Aulas Experimentais, 8ª Classe, Biologia.

INTRODUÇÃO

Nesta temática sobre “Análise das Aulas Experimentais na Disciplina de Biologia – 8ª Classe, Escola Secundária Geral de Nicoadala”, pretende-se analisar as aulas experimentais na disciplina de Biologia, 8ª classe, na Escola Secundária Geral de Nicoadala através dos seguintes objetivos especificos: a)Identificar as barreiras que impedem os professores de Biologia há ministrar aulas experimentais; b) Planificar aulas experimentais na disciplina de Biologia 8ª classe; c) Demonstrar aulas experimentais na disciplina de Biologia, 8ª classe, usando material local; d) Avaliar a aprendizagem dos alunos na disciplina de Biologia, 8ª classe com base no teste escrito na turma de controlo e na turma experimental. Entre as modalidades didáticas mais recomendadas nas diretrizes curriculares para o ensino significativo de Biologia nas escolas, está a de experimentos em laboratório. As aulas experimentais nas escolas públicas nacionais ainda continuam sendo pouco implementadas nas escolas e muitas são as razões, desde as de ordem superior até ao professor. As experiências são ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos de modo a levar os alunos a aproximar teoria e prática e, ao mesmo tempo, permitir que o professor perceba as dúvidas dos alunos. Segundo GIORDAN (1999), por meio da integração das observações e dados, ambos derivados da experimentação, torna-se possível a formulação de enunciados mais genéricos; que podem adquirir força de lei ou de teoria. Sendo assim, o estudante tem a autonomia de propor hipóteses, compilando os conhecimentos pertinentes ao pensamento científico. Isso pode ser comtemplado nos dizeres de certos autores afirmando que a utilização das atividades experimentais como estratégias pedagógicas inovadoras para o ensino de Biologia, tem sido um modelo útil e produtivo que permite aos estudantes formular previsões e propor explicações para os fenômenos que observam GOMES (2008). De acordo com HODSON (1992), o modelo educacional ideal, são as atividades nas quais os estudantes utilizam os processos e métodos da ciência para investigar fenômenos e resolver problemas como meios de aumentar e desenvolver seus conhecimentos. Essa pode ser considerada uma atividade inovadora no PEA, na disciplina de biologia, nas escolas secundárias, ajudando a tirar o aluno da abstração para realidade. As atividades experimentais têm sido e tendem a ser apontados por muitos autores como um dos requisitos básicos para aprendizagem, O ensino de Biologia, tem sido caracterizado como puramente expositivo em que o professor é por excelência um transmissor dos conteúdos e o aluno basicamente recetor destes conteúdos. A Biologia é uma ciência que se difere das outras ciências desde sua abordagem até aos conteúdos, tudo que se trata nas aulas de Biologia pode ser provado por diversas formas desde atividades experimentais, atividades práticas e de observação. Contudo, no seio dos professores de Biologia há pouca aplicabilidade dessas atividades. Um dos objetivos gerais do programa de ensino de Biologia da 8ª classe é de desenvolver habilidades que permitem os alunos aplicarem os conhecimentos na resolução de problemas por meio de realização de experiência. Ainda, o programa sugere a realização das aulas experimentais, mas, infelizmente, os professores distanciam se dessa realidade. Os programas de Biologia, apelam para a execução dessas tarefas no processo de ensino e aprendizagem do ensino secundário, não só, como também, no ensino superior, no âmbito da formação dos professores na perspetiva de fornecer ferramentas aos futuros professores para aplicarem no mercado de trabalho. Nem com isso, a aprendizagem continua expositiva, que na maioria das vezes, os conhecimentos aprendidos na sala de aulas não são, apenas memorizados por um período curto de tempo, comprovando a não existência duma aprendizagem significativa. Geralmente os professores não materializam as diretrizes do programa de ensino e os alunos, chegam a fazer uma classe e até um ciclo sem realizar nenhuma atividade experimental. Neste contexto levanta-se a seguinte questão: Quais são as dificuldades que fazem com que os professores não implementem atividades experimentais na ESG 1º e 2º Ciclo de Nicoadala? O tema em pesquisa tem uma grande relevância à comunidade estudantil e também a toda sociedade em geral, visto que toma - se em conta os aspetos socio – culturais, em que são usados materiais de fácil acesso e disponíveis na comunidade, assim como para a comunidade académica torna as aulas mais dinâmicas, tirando o aluno do abstrato e aproximando a realidade, facilitando assimilação dos conhecimentos através da relação teoria e pratica.