ANÁLISE CRÍTICA SOBRE O LIVRO “AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE A SUA PRÁTICA”

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BACABAL

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

 

EDUARDA LARISSA VELOSO DE SOUSA

PAULA GEOVANA LEAL DE MELO

 

INTRODUÇÃO

De acordo com a leitura do livro, “Avaliação Educacional um olhar reflexivo sobre sua pratica’’, é possível notarmos a importância do processo avaliativo que faz-se na educação revelando-se através de diversas formas com conceitos amplos e de suma relevância dentro do nicho educacional, o livro contém 4 capítulos que aborda desde a avaliação educacional ao contexto da construção do sujeito cidadão. É notável que a avaliação se define como um processo a fim de construir um planejamento, e replanejamento. Na educação a avaliação faz parte de um processo fundamental para a eficácia do sistema de ensino, diante disto há vários definições de avaliações que o professor pode utilizar como um meio para a realização do processo de ensino e aprendizado.

 

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Existem vários tipos de avaliação: A formativa que é quando o aluno consegue atingir os objetivos em forma de conhecimento de habilidades e atitudes, para chegar em tal satisfação é necessário que identifiquem a sua insuficiência no processo de aprendizagem para ter uma melhoria e um controle no âmbito escolar. A cumulativa funciona como um banco de dados é onde todo o processo de ensino está armazenada em um determinado estoque que só é utilizado quando necessário. A diagnóstica é nela que ao longo dos anos detecta toda a bagagem do que o aluno aprendeu, e a com isso introduzir novos conteúdos de acordo com as necessidades dos alunos. A somativa funciona da seguinte forma de acordo com o desenvolvimento desse aluno se for positivo é promovido de uma serie para outra atribuindo ao final do ano uma nota de que foi alcançado.

É notório que há uma preocupação com a questão da avaliação por parte dos professores. O mais intrigante é que sempre buscando melhorias e transformações no processo avaliativo continuava a desejar no curso de pedagogia. A forma que encontraram nos chamou atenção devido ser uma coisa tão simples e não tão inovadora que é o uso do portfólio já usado na educação infantil. Como experiência na educação infantil é muito importante o uso do portfólio, é onde tanto o professor como os aluno e pais acompanha todo o processo de evolução, também auxilia a construção do portfólio o aluno ter mais autonomia, pois nessa etapa tem o direito de se posicionar.

 De acordo com o texto a linha de pensamento é justamente esta, a avaliação é muito além do que apenas resultado em quantidades, envolve toda uma aprendizagem significativa que vem a ser trabalhada o desenvolvimento de habilidades e também a autoestima desses alunos, de nada adianta trabalhar conteúdo sem envolver primeiro o bem estar do indivíduo.

Segundo Mizukami a avaliação é:

A verdadeira avaliação do processo consiste na auto-avaliação ou avaliação mútua e Permanente da prática educativa por professor e alunos, qualquer processo formal de notas e exames, deixa de ter sentido em tal concepção. No processo de avaliação Proposto, tanto os alunos como os professores saberão quais suas dificuldades, quase Seus progressos. (MIZUKAMI, 1986, p. 102)

 

Os alunos que fazem curso de licenciatura ainda estão muito ligado ao tradicionalismo, por isto houve a necessidade de emergir novos cenários no processo de ensino aprendizagem. Como sair do tradicionalismo? Bom, não basta apenas ser um conhecedor das tecnologias, ou seja saber seu manuseio, vai muito além disto, é saber ser criativo, é ter o perfil de professor avaliador, mas para que isto possa acontecer é importante que em sua formação ou capacitação saiba resinificar o uso da tecnologia ao seu favor e com isso repassar para seus alunos um ensino de qualidade que é aprender de forma inovadora. Nesta mesma linha de pensamento, notamos que não adianta o professor ser o melhor em tecnologias, se seu processo de avaliação não com responde a situação atual. Podemos trazer para a nossa realidade atualmente. Como exemplo, estamos vivenciando um período de pandemia no qual os professores estiveram que se reinventar, e que muitos sem capacitação alguma com a tecnologia encontraram bastante dificuldades no seu manuseio e no processo de avaliação. E com isso muitos professores estavam perdidos a respeito do processo de avaliação, que no entanto não estavam condizendo ao cenário atual, e neste momento que surge os seguintes questionamentos: Como eu professor no ensino remoto devo avaliar meu aluno? Quais métodos avaliativos posso está utilizando no processo de ensino aprendizagem em tempos de pandemia? São vários questionamentos, e a partir dessas indagações que nós devemos nos avaliarmos e também ser avaliado, mas como assim? Quando envolve toda uma estrutura escolar, incluísse também a instituição e alunos. Portanto é importante buscar meios que possibilitam a melhor forma aos processo educativos.

De acordo com o livro, existem quatro tipos de instrumentos avaliativos, que dão um norte para a educação. A avaliação diagnóstica, ela possibilita conhecer o perfil de cada aluno, ou seja ter a noção da realidade que cada um vive e partir disto é que fazem o planejamento. É interessante essa forma de avaliação, pois isso ajuda no processo de ensino aprendizagem do aluno. Já a avaliação processual, está intimamente ligada ao cronograma de atividades nos objetivos propostos, funciona da seguinte forma: é feita como se fosse uma reunião com professores e alunos, onde o professor monta vários meios facilitadores como estratégias, atividades que possam exercitar nossa capacidade de um olhar com competência e a forma de avaliar. Também tem a avaliação processual, permite que o aluno desenvolva habilidades ao longo do ano com as atividades repassadas pelo professor, outrora muito importante é que a forma avaliativa ela nos permite se adequar de acordo com a necessidade de cada um, as atividades repassadas pelo professor são armazenadas pelos próprios alunos no portfólio, essa forma é interessante pois mostra os erros e as evoluções e reflexos que cada um obteve no processo de avaliação. Na auto avaliação os alunos fazem uma autoanálise de seus processos de aprendizagem, listando suas habilidades, seus valores, erros, e conquistas. E que tudo isso contribui para seu ser como sujeito. Digamos que somos um prédio em construção, sempre em constante evolução e desenvolvimento, mas para isso é necessário cair e levantar e fazermos uma autoanálise para que possamos sempre buscar o melhor. A quarta avaliação é a individual escrita, onde o aluno uni todos seus saberes formais, existenciais e da ação, para potencializar e formalizar suas ideias em sala de aula de acordo com as questões propostas pelo professor, ou seja esse aluno conseguiu estabelecer relações que favoreceu para seu processo de ensino aprendizagem.

 

AVALIAÇÃO COMO CONSTRUÇÃO DO SUJEITO-CIDADÃO

Para os professores é bastante desafiador o desenvolvimento de competências dos alunos. Vivemos em um sociedade no qual é bastante diversificada, e para desenvolver competências é necessário trabalhar o coletivo, desde a educação infantil até o superior, a função do professor é torná-los cidadãos ativos na sociedade e que sejam capaz de construir e contribuir com a sociedade, para isto é indispensável de acordo com livro de trabalhar a tolerância, respeitando o próximo e o individualismo. Outro fator muito interessante, é a questão como tornar meu aluno um ser competente. É bem simples, é o professor mostrando que sempre estamos em processo, que erros e acertos fazem parte de nossas vidas para nossa evolução. Diante disto Luckesi (2002),

A avaliação atravessa o ato de planejar e de executar; por isso, contribui em todo o percurso da ação planificada. A avaliação se faz presente não só na identificação da perspectiva político social, como também na seleção de meios alternativos e na execução do projeto, tendo em vista a sua construção. (...) A avaliação é uma ferramenta da qual o ser humano não se livra. Ela faz parte de seu modo de agir e, por isso, é necessário que seja usada da melhor forma possível (LUCKESI, 2002, p.118).

 

A avaliação é muito além do processo de aprendizagem, funciona como um ponto de partida para as estratégias e mudanças, pois ela envolve historicidade, política, construção do sujeito ético. Nesta construção de sujeito, tornam-se um ser social e autônomo que por sua vez tem sua vida social independente e responsável, isso faz parte de todo desenvolvimento humano. Esta autonomia se dá por meio do primeiro contato social que o indivíduo tem ao frequentar a escola, isso também faz parte do processo de avaliação. O avaliar é observar, perceber e identificar, essas são ações que permite que o indivíduo tem a noção de mundo, com isso tem a possibilidade de articular, organizar e controlar sua existência na sociedade.

O século atual, percebemos que está em constante mudanças que são muitos momentâneas, os valores por sua vez estão ligados na história da humanidade na construção do ser humano, nisto constroem-se seus ethos fazendo parte da vida do ser humano em sociedade. No entanto, a palavra ética tem carregado consigo uma história na humanidade juntamente com a moral, ambas se interligam uma complementando a outra, devido a isto é muito importante que indivíduo no processo de avaliação saiba o significado que cada um tem. A ética é um conjunto de princípios como valores, crenças e etc.  Já a moral são normas e prescrições, é como uma receita repassada pelo médico que só funciona se segui-las corretamente.

Se pararmos para pensar vivemos em função da moral, pois é ela que determina como o indivíduo deve viver em sociedade. Quando comentemos algo de errado como ultrapassar o sinal vermelho em um transito, nisto eu perdi a moral quebrando uma norma. Quando estudamos Sócrates notamos que ética e moral nos norteou para a construção de uma sociedade. Bom, imaginamos uma sociedade sem regras, sem princípios, sem valores e sem crenças. Como que seria? Uma verdadeira bagunça. É a partir desses dois conceitos que forma um sujeito-cidadão.

O sujeito-cidadão é um ser em construção, e que a ética contemporânea é umas das bases nesta etapa. E por isto que o ser ético precisa de experiências confrontadas com o conteúdo concreto da realidade, assim tornando-o um mais autônomo. Diante disto o professor em sala de aula na atualidade tem uma carga maior de responsabilidade e suas atividades com seus conteúdos também, e a escola tem que estar preparada para receber esse desafio, a escola é um espaço social no qual o estimulo de motivação tanto para o professor quanto ao aluno é de suma importância.

 

REFERÊNCIA

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2002.

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo:EPU,

1986

SANTOS, Clóvis Roberto dos (org); FERREIRA, Maria Cecília Iannuzzi (coor) et al. Avaliação Educacional : Um olhar reflexivo sobre a sua prática. – São Paulo : Editora Avercamp, 2005.