ANÁLISE CRÍTICA DO LIVRO "AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE SUA PRÁTICA"

Por Thainara Cristinne Alves Neponuceno Silva | 05/02/2021 | Educação

                 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

             CENTRO DE ESTUDO SUPERIORES DE BACABAL – CESB

                   DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO 

                PEDAGOGIA LICENCIATURA

            DISCIPLINA: AVALIAÇÃO EDUCACIONAL 

             DOCENTE: VILMAR MARTINS

         DISCENTE: THAINARA CRISTINNE ALVES NEPONUCENO SILVA

            DISCENTE: LAURA BIANCA SILVA PASSOS

 

 

 

 

 

ANÁLISE CRÍTICA DO LIVRO AVALIAÇÃO EDUCACIONAL “UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE SUA PRÁTICA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BACABAL - MA

  2020

 

 

 

            O livro é formulado por seis mestres que buscam enfatizar diversas possibilidades contemporâneas de uma avaliação educacional a partir de suas próprias perspectivas e experiências. No capítulo um, o autor busca salientar os diversos conceitos sobre a avaliação e contempla a ideia de que a avaliação deve ser vista e evidenciada como um processo, sendo necessário analisar cada percurso percorrido, utilizando o diagnóstico de quais conhecimentos ali já são adquiridos e até onde vai a evolução de cada um deles.

 

Um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do educador, do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico (mental) ou prático. (SANT’ANNA, 1998, p.29, 30).

 

        Logo, a avaliação educacional não deve ser vista como um método acabado, em vista que, os cenários oscilam rapidamente. E a partir disso, o educador deverá ter uma postura ética, centrada, crítica e responsável para que assim consiga se ter um julgamento válido e realista de seus alunos.  Após, ele cita e exemplifica quais os tipos mais frequentes utilizados na literatura pedagógica, no qual, são elas: formativa, cumulativa, diagnostica, somativa, institucional, autoavaliação, cooperativa ou participativa, ex-ante (diagnóstica), avaliação ex-post (somativa), in-processu (formativa), educativa, em grupo e avaliação na educação infantil. Segundo o autor, a “avaliação educacional pode ser considerada como ato ou efeito de julgar a qualidade, o valor e/ou a eficiência de algum ou de todos os aspectos do processo de ensino- aprendizagem”, isto é, é fundamental que se reveja todo tempo questões e indagações a respeito de quais projetos pedagógicas estão sendo emergidos na sala de aula, divergências da implementação desses projetos, quais metodologias estão sendo inseridas e ao final se esse conjunto de fatos corrobora para com os objetivos estabelecidos na efetivação da aprendizagem.

           Em seguida, é colocado em questão a base legal, como, a Constituição da República Federativa do Brasil e da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) no qual, se objetivava por em prática um regime de progressão continuada que se estabelecia como uma reparação continua ao final de cada período letivo. O ideal acordado era de grande eficácia, seria uma experiência de excelência caso tivesse acontecido na prática e não somente de forma teórica, de acordo com o autor a implementação jamais aconteceu nas escolas estatuais de São Paulo. Seguidamente, prontamente o autor contempla a avaliação de acordo com as várias abordagens do processo de ensino-aprendizagem, a partir de um breve resumo da obra Ensino: as abordagens de processo   no   qual, a   autora   destaca   cinco   abordagens:   a   tradicional, comportamentalista, humanística, cognitivista e a sociocultural. Uma abordagem interessante, na qual devemos enfatizar é a sociocultural, uma abordagem criada para que o acesso ao conhecimento se estabelecesse de forma rápida e principalmente para as camadas mais desfavorecidas. Destacando que o processo avaliativo acontecesse de acordo com a realidade atual de cada aluno e a necessidade de uma modulação conforme suas necessidades e ao atendimento dos objetivos estabelecidos. O capítulo um, se finda destacando os apertos legais da avaliação educacional no Brasil.

            No segundo capítulo, as autoras fundamentam a ideia da importância do portfólio como uma experiência de eficácia para a avaliação na educação superior. Ao iniciarmos a leitura desse capítulo, entendemos que o portfólio “nasce” nesse cenário a partir de uma preocupação sobre a avaliação dos alunos no sentindo superior, seguindo essa linha, as autoras demostram alternativas que validam a importância de um objeto inovador que buscasse uma observação qualitativa. Elas romperam a ligação com o ensino tradicional e implementaram o portfólio como uma experiência no segundo ano, reutilizando de suas próprias experiências. De acordo com as autoras, “a avaliação é muito mais que a quantidade de informações sem significado”, assim, o processo avaliativo deveria acontecer de uma forma em que o aluno se enxergasse nesse processo como um ser ativo, que pudesse ser imergido em outros meios criando um senso crítico, expandindo suas habilidades e possibilitando um acréscimo em sua auto-estima como aluno e pesquisador senso crítico. Além disso, é possível perceber, que as autoras criaram novas possibilidades para seus alunos, que a importância se encontrava em uma revisão de valores já preestabelecidos tanto para os educadores, quanto para os alunos, propiciando um envolvimento maior entre esses.

          Por fim, elas relatam que o projeto foi exercido a partir do ano de 2002 em em todas as classes do segundo ano. Nesse sentido, elas ilustram de forma processual como funciona uma proposta de implementação do portfólio, exemplificando qual o seu significado, quais os objetivos, passo a passo e como funciona a montagem. Ao final, os resultados alcançados demostraram que é fundamental que se exista diversas alternativas que auxiliem como alicerce de uma aprendizagem significativa. Entretanto, o educador que oferece um caminho diferente a seguir deve ser atento e flexível as observações e reivindicações de cada aluno, atentando a realidade e perspectiva de cada um, para que eles se tornem autônomos e críticos e para que seus professores consigam refletir sobre sua própria prática.

     No terceiro capítulo, as autoras começam citando sobre o modelo de ensino tradicional que os alunos ainda são muito ligados a ele, e que precisa haver uma mudança e para que o ensino inovador possa fazer parte da realidade deles não basta estudar sobre, mas vivência-los. É enfatizado também as TIC’s que devido ao novo cenário escolar deve haver professores competentes que saibam usar e adaptar essa ferramenta como mediador de conhecimento e método de avaliação.

    Diante disso, é ressaltado que precisa haver consonância entre instrumentos e competências. Os instrumentos que as autoras citam são: avaliação diagnostica, avaliação processual, auto avaliação, avaliação individual escrita. A avaliação diagnostica é a que é feita no primeiro dia de aula, no objetivo de se fazer um pré-julgamento de como é a sala e os alunos, a primeira impressão, que permite adaptar as aulas de acordo com a realidade e necessidade.

     A avaliação processual é aquela que é feita diariamente, é montada uma série de estratégias que possibilitam olhar, não avaliar, mas sim medir o nível de competência de cada aluno, pode ser também de forma diferente. Tem atividades que uns alunos são bons. E já tem uns alunos que não são tão bons naquelas atividades, então é ver e engrandecer no que eles são bons. A auto avaliação é feita pelos próprios alunos no objetivo de fazer uma reflexão individual sobre seu processo de aprendizagem, já a avaliação individual escrita é a mais tradicional, modelo antigo, que permite ao aluno fazer uma avaliação com seus sabres formais, mas a autora fala que podem formalizar e atualizar ideias, no entanto que tenha base.

     A autora por fim no capitulo 3, conclui usando a fala de um outro autor, Luckesi (2002), que avaliação é um ato amoroso, no sentido que avaliação é um ato acolhedor e inclusivo. Porém, sabemos que existe na nossa realidade professores que não seguem isso que Luckesi diz, fazem o contrário, usam a avaliação como método de discriminação e exclusão, constrangendo alunos na sala de aula e não procurando ver que todos têm seus pontos positivos, já que a aprendizagem é diferente de aluno para aluno.

     No capítulo 4, a autora fala sobre valores, éticas e moral. Que os valores  são mutáveis por causa das diversidades, uma vez que o homem interfere na realidade. Ela fala que ética está numa perspectiva de totalidade, e a moral faz parte da particularidade individual, já a ética trata-se de princípios, como refletir sobre tais atos antes de executa-los. A moral segundo a autora é a definição de bom ou mau. Segundo a autora, a educação antigamente tinha como objetivo garantir a formação ética do cidadão dentro de um estado de espirito em comum. Diante disso, defende que os professores devem avaliar seus métodos usados com os alunos para avaliação, procurando auxilia-los.

 

 

REFERÊNCIAS

 

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

 

SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar?: Como avaliar?: Critérios e instrumentos.3a Edição, Petrópolis, RJ: Vozes, 1995

 

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