AMOR NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

Por CLÁUDIO DE OLIVEIRA LIMA | 31/07/2010 | Psicologia

INTRODUÇÃO:

Nessa atual sociedade nos é ensinado que os valores a serem conquistados estão no mundo exterior e passamos a buscar tudo que nos falta ou que temos que aprender lá fora esquecendo que dentro de nós existe uma pessoa que precisa ser amada, compreendida, respeitada e desenvolvida. Logo, boa parte dos nossos erros ao lidar conosco, com o outro e com a vida nasce da ignorância e não da maldade.
Preciso aprender que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim.
Agora é a hora de compreender a força do amor, em vez de temê-la, torna-la nossa conhecida e aliada.
Sem a força do amor nós bloqueamos o nosso dom de olhar para dentro e repensar a nossa vida e muda-la.
Somos seres interativos, tudo que acontece conosco tem reflexo em nós mesmos e nos nossos relacionamentos com o outro e com a vida.

Preste atenção! Por mais que você se abandone, por mais que se autoflage, por mais que o seu corpo aceite, felizmente a pessoa interior não concorda, começando aí o seu drama vivencial,uma vez que não viemos para suportar os nossos sofrimentos.

Acorde!!! Toda dor vem do desejo de não sentir dor, pois ao desejar foca o seu pensamento na lógica da dor.


DESENVOLVIMENTO:


Amor não é um sentimento e sim uma força que faz parte da nossa estrutura psicofisiológica e que se expressa através do carinho, do afeto, da ternura., etc...
Não é criado e nem desenvolvido e nem precisa de ninguém para existir. Ele já existe por si só. Ele já existe dentro de nós e só precisa ser expresso.
O amor, por ser uma força da vida, é identificado tanto no mundo animal, como vegetal. No lado humano, é a força que nos orienta na nossa vida interior e na nossa interação com o mundo exterior. Sem ela nos tornamos cegos, vazios, sem rumo e prumo. Nos perdemos de nós.
Negar ou ignorar a força do amor é morrer sem estar morto. É viver sem enxergar as luzes e as cores da vida.
Ninguém tem o poder de nos dar ou tirar a força do amor. Só nós temos o poder de gerenciá-la. Podemos ignora-la ou não.
É pura fantasia achar que alguém tem o poder de nos dar amor. As pessoas vieram para aprender a compartilhar a sua força do amor com os outros e não dar amor para o outro.
Esse desconhecimento da força do amor faz com que as pessoas se percam de si e fiquem dependentes do outro para sentir o que já existe dentro de si.
Achar que o amor nasce de uma relação é pura ilusão. É negar de si o que se tem de mais precioso. É tornar-se ignorante em relação à lei da vida.
Não viemos para conquistar o amor do outro e sim aprendermos a compartilhar o nosso amor conosco (auto-amor), com os outros e com a vida.
Ninguém nos dá ou tira o amor. Só nós temos o poder de negar a nossa força do amor. É pura fantasia ou ilusão achar que podemos dar amor para quem não tem ou ser preenchido pelo amor do outro. Todos nós já o temos, se não nos conectamos nele, o problema é só nosso.
A liberdade que a vida nos dá em função da força do amor é de escolher onde, como e com quem queremos compartilha-la.
A escolha da forma que irá expressar a sua força do amor é mera conseqüência de algo que é desenvolvido no seu interior, de acordo com a sua lógica vivencial. Ninguém expressa inconscientemente a força do amor.
Preste atenção! A sua lógica vivencial não só determinará a sua maneira de reagir aos acontecimentos da vida como também determinará as suas conseqüências sobre você.
Ao condicionar a nossa força do amor a nossa identidade social, aos nossos desejos e verdades sociais, tiramos dela a sua essência, a sua alma que é expressá-la sem condições. É entender que o mais importante para mim é me conectar e expressa-la e não viver a espera de um retorno, condiciona-la a condições pré-estabelecidas por nós. É amar por amar.
Cada vez que foge da força do amor mais você se fragiliza e é dominado pelo seu oposto.
Se você é uma pessoa que se rejeita, será dominada pela força da rejeição e sempre achará que os outros a rejeitam. Lidar com o oposto passará a ser o seu grande desafio na vida e basta alguém discordar de você que se sentirá rejeitada.

Veja que interessante:
Se você sair do foco da sua sociedade e viajar pelo mundo simbólico de outras sociedades verá que elas apresentam formas totalmente diferentes da nossa de expressar a força do amor. Sinalizando para nós, por ser ela uma força, permite ser representada de n maneiras.




Monte Castelo

Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...
É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...




ILUMINADOS

COMPOSIÇÃO: IVAN LINS E VITOR MARTINS


O amor tem feito coisas
Que até mesmo Deus duvida
Já curou desenganados
Já fechou tanta ferida

O amor junta os pedaços
Quando um coração se quebra
Mesmo que seja de aço
Mesmo que seja de pedra

Fica tão cicatrizado
Que ninguém diz que é colado
Foi assim que fez em mim
Foi assim que fez em nós
Esse amor iluminado

CONCLUSÃO:

Culturalmente, nós aprendemos a avaliar só através da comparação tendo como parâmetro o mundo exterior e esquecemos de nós, de nos perguntar se aquela atitude ou aquele comportamento terá em nós um significado positivo ou negativo.
Precisamos aprender a aprender a lidar com a força do amor. Ser mais humano e não um conjunto de regras.
Armazenar a força do amor, torná-la um sistema fechado, além de não nos proteger, irá nos desequilibrar cada vez mais.
Culturalmente criamos formas de expressar a força do amor.Hoje ela segue determinado paradigma, amanhã seguirá outro e assim sucessivamente.

Drº Cláudio de Oliveira Lima ? psicólogo

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