AMANHECE
Por MCarmo Costa | 14/03/2009 | CrônicasHoje, em Maceió, 12/04/2008
AMANHECE
Amanhece, mas o
sol ainda vai demorar um pouco mais para tomar conta da
abóboda celeste e iluminar o dia. Na minha cama,
através da janela aberta de meu quarto olho a
transformação do tempo... a madrugada que vai
vagarosamente e a manhã que vem se espreguiçando
gostosamente.
Estou acordada já há um bom
tempo. Há um crescente de emoções
dentro de mim. Minha cabeça se põe dorida e,
talvez esta leve dor chata tenha me despertado de um sono que havia me
tomado há tão pouco tempo.
Olho a
manhã que chega, com o canto do olho, em minha vida que
apesar das vicissitudes e das mazelas que passo me faz sentir uma certa
tranqüilidade, posso dizer mesmo que estou num momento de
felicidade íntima.
É uma
sensação mansa, calma, suave, intensa que me
envolve como e fosse um resguardo impermeável que me guarda
das tristezas e dores emocionais sentidas sem doer em parte alguma.
Engraçado...
é uma sensação tão
conhecida mas ao mesmo tempo tão impressionantemente nova.
Sinto-me
amparada, confortada, dona de meus sentidos e de meus desejos.
Entretanto não me sinto dependente deste sentimento que me
completa e não mais me domina. Não há
domínio, não há mandos e mais que tudo
não há dependência nem imagem e
semelhança. Há sim um carinho imenso que me traz
uma alegria interior, íntima e companheira. Um sentimento
salutar que desperta sólido e maduro que eu quero bem
vivê-lo como nunca outrora vivi.
É um
sentimento sem fantasias exageradas, afetadas. Sem ilusões
desmedidas, sem sonhos ilusórios. Um sentimento
estável e e comedido por si próprio,que me
transforma num mulher apaixonadamente real.
Agora o sol já navega alto na manhã e prediz um dia lindíssimo.
Espreguiço-me na cama... o corpo pede um banho... é hora de levantar...