ALVO NA TESTA
Por cesar gonçalves | 25/10/2010 | CrônicasALVO NA TESTA
As campanhas pedindo para população atuar junto com as autoridades, através do disque denúncia, aumentaram muito nos últimos anos. É bom que se diga que contribui bastante para ordem e para o progresso.
Parte da população se manifestou positivamente colaborando com ligações.
Ficou visível e é compreensível que não há uma adesão total por parte do povo, que teme a quebra de sigilo.
É fato divulgado inclusive na mídia de todo país, que nem todos policiais são dignos de confiança. Então como confiar que do outro lado da linha não está um servo do crime em farda de soldado.
Se aprofundarmos no assunto, chegaremos ao absurdo de bandidos ficarem sabendo das operações sigilosas da polícia, antes da data e do horário, tendo tempo de fugir e frustrar a busca.
Tudo bem que a denúncia pode ser anônima, mas qual a garantia desse anonimato afinal?
Alguns policiais estão diretamente ligados ao crime.
Por qual motivo será que a polícia, em meses de investigação, não localiza determinados bandidos ou empreende determinados flagrantes?
As reportagens fazem isso a toda hora e as imagens são mostradas para quem quiser ver.
Será isso despreparo da polícia ou puro golpe de sorte de alguns repórteres?
O preocupante dessa situação é que devido à falta de credibilidade das instituições, as pessoas se sentem com alvo na testa, ao ligarem denunciando bandidos, que na verdade pode ser um colega de farda e o sigilo vai para o brejo.
Intriga ao povo saber que as viaturas fazem buscas com a sirene e o giroflex ligados.
Ora! Todo bandido que ouve o carro de polícia se esconde, foge e se camufla.
Numa situação de trânsito é essencial o uso da sirene, para receber passagem de outros veículos e evitar acidente, fora isso é sinal de recreio dos criminosos.
Alguns estados oferecem recompensas que muitas vezes, nem são pagas, e mesmo que fossem quanto vale a vida?
É indispensável alertar a população que é muito importante colaborar com o disque denúncia mesmo sob risco.
Ainda acredito no empenho das corregedorias e também aposto na idoneidade da maioria da corporação policial e só por isso, espero sempre ver a expulsão de maus policiais, e acima de tudo, melhor remuneração e reconhecimento daqueles que se entregam a morte, para salvar nossas vidas.