Alma Prisioneira
Por Benevides Garcia Barbosa Júnior | 03/09/2008 | Poesias Alma Prisioneira
O grito que ecoa nas
entranhas da minha alma
Transporta a minha saudade,
E o silêncio não abre as
portas do amanhã.
Estou sem forças para dizer
aos passantes
Que minha vida é um barco
naufragado
No porto das ilusões.
Do alto da montanha sopra um
vento
Que impele meu desejo para
as colinas.
São verdejantes as propostas
Que me trazem anjos caídos,
E a vontade de partir
Não está nos meus alforjes.
Meus olhos contemplam as
distâncias azuis,
E a cumplicidade do passado
me impede
De ver o fim da estrada.
Sou retirante da minha
própria seca.
Nos confins da existência
esqueci minha sombra.
Nos retratos guardaram meu
sorriso.
Trago nas mãos resquício da
fonte dos amores
Cuja água lavou eternidade
de corações.
Dança suave música a
bailarina das jóias;
O pensamento ousa trair
minhas verdades,
Iguais precioso tesouro há
muito enterrado
No labirinto das minhas
indecisões.
(in
“Lições da Alma”, inédito)
Vinhedo, 1 de setembro de 2008.
Benjunior