ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Por LEYDIANE DA SILVA | 02/01/2020 | Educação

RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a contribuição da leitura e da escrita na formação do aluno dos anos iniciais escolares e sobre a importância da criação do hábito de ler desde os anos iniciais escolares. Busca-se também analisar o papel da leitura em seus diversos aspectos e possibilidades, visto que há a necessidade, por parte de toda a sociedade, de uma maior conscientização e incentivo à leitura. A capacidade da leitura promove uma distinção fundamental entre o homem e as demais espécies animais, que as gerações novatas recebem a herança cultural de seu meio e se desenvolvem, não só como indivíduos, no sentido de auto realização mas, como membros da sociedade. Meio de comunicação, por excelência, a linguagem falada e escrita faz parte integrante da personalidade e esta presente em todas as atividades do aprendiz na escola em sua casa e, principalmente, na sociedade onde atua. Considerando a leitura uma ferramenta essencial no processo de aprendizagem, buscou-se através de diversos textos, um apoio teórico para esta proposta de trabalho. Palavras-chave: Leitura e escrita, anos iniciais escolares, ensino-aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

Em sala de aula, é importante considerar a condição afetiva, cognitiva e social do aprendiz de forma reflexiva. Nesse sentido, deve torna-se um espaço onde às experiências, a competências, linguísticas e discursivas do aluno são reconhecidas e consideradas. É importante que os diálogos conduzam o aprendiz a aprender a formular e responder pergunta, a ouvir atentamente, para manifestar-se com suas opiniões dentro do assunto e saber acolher as opiniões contrárias. Tendo em vista essas considerações, o professor deve incorporar na sua prática de ensino de leitura, um conjunto de atividades que possibilitem ao aluno a interação com a linguagem, o acesso a diferentes registros orais e escritos, que culmine com pleno exercício da cidadania. Para que esse objetivo seja atingido, é necessário que o professor planeje atividades significativas para a vida leitora do aprendiz em sociedade. A oralidade, a escrita, e a leitura são completa ementares e estão fortemente relacionadas. Quanto mais atos de leitura nos proporcionar aos aprendizes mais chances terá de transformá-los em cidadãs, usuários competentes do desenvolvimento da vida em sociedade. Percebe-se muitas vezes que na instituição escolar as aulas comprometidas com a leitura são dadas de maneira contextualizadas voltadas para a cidadania e para a compreensão do mundo. O processo de leitura é dinâmico. As aulas de leitura devem ocupar um espaço prazeroso. Neste sentido, lembramos que é importantíssimo o papel do professor, não só como mediador entre o aprendiz e o texto, mas como leitor competente, um leitor que gosta de ler e que sabe da importância da leitura, para aprimoramento da linguagem oral e escrita. Aqui reportamos aos Parâmetros Curriculares Nacionais quando enfatizam a formação de leitores e a prática de leitura, que não devem estringir apenas aos recursos materiais disponíveis, mas ao uso que se faz dos livros e demais materiais impressos. Dentre as várias sugestões encontradas nos Parâmetros Curriculares Nacionais, para o desenvolvimento da prática e do gosto pela leitura, julgamos importante destacar: “a escola deve dispor de uma boa biblioteca; dispor, nos ciclos iniciais, de um acervo de classe com livros e outros materiais de leitura; organizar momentos de leitura livre em que o professor também leia. Para os aprendizes não acostumados com a participação em atos de leitura, que não conhecem o valor que possuem, é fundamental ver se o professor envolvido com a leitura, e com o que conquista por meio delas. Ver alguém seduzido pelo que faz pode despertar o desejo de fazer também”. Lembramos, também, que um bom leitor precisa compreender o que lê, deve perceber a relação entre os textos lidos, precisa interpretar e descobrir os elementos implícitos e construir um significado a partir do texto, mesmo antes de lê-lo. Segundo Paulo Freire (1996:p.124) “é preciso que o educando vá assumindo o papel de sujeito da produção de sua inteligência do mundo e não apenas o de recebedor da que lhe seja transferida pelo professor”. A leitura de um texto compreende várias ações e estratégias, como a pré-leitura, e identificação de informações, antecipação com hipóteses que poderão ser ou não confirmadas posteriormente; inferência ou o conhecimento prévio sobre os assuntos tratados no texto; contexto em que a leitura é trabalhada; analise critica ao julgar fatos e situações; argumentos sobre opinião emitida; releitura e muitas outras. O fato de a atual sociedade ser tão marcada pela força do signo escrito o domínio sobre a prática social da leitura é requisito básico de sobrevivência econômica, política e cultural aí incluídas todas as incontáveis possibilidades abertas pelo acelerado processo de digitalização e convergência das mídias. Fenômeno que certamente levará à novas linguagens e novos arranjos cognitivos e políticos para as práticas da leitura e da escrita (Soares, 1997). Diante disso aumenta cada vez mais, a responsabilidade da escola na alfabetização das crianças, pois a boa leitura e a boa oralidade são atributos que começam a ser construídos nos primeiros anos de escolarização. O objetivo geral da pesquisa é apontar possibilidades que favorecem a leitura entre os alunos dos anos iniciais. Os objetivos específicos são refletir sobre as causas das dificuldades de leitura; analisar a contribuição da leitura compreensiva; e apontar a relevância da leitura como prática social. O aprendiz precisa aprender a agir como um leitor, como escritor competente dentro e, principalmente, fora da escola. São inúmeras situações sociais que requerem procedimentos de leitura, escrita e oralidade como as defesas de seus direitos e opiniões, a busca de documentos, a compreensão das bulas de medicamentos ou instruções de aparelhos de eletroeletrônicos, as exigências profissionais, escritas de cartas, falar ao público, entre outras. [...]

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