Alelopatia?

Por Luiz Felippe Salemi | 22/05/2013 | Ambiental

Alelopatia?

 Alelopatia é o processo por meio do qual uma planta libera no solo alguma substância química que afeta o crescimento de outras plantas. Estas substâncias são conhecidas como substâncias “aleloquímicas”.

A liberação de aleloquímicos no solo pode ser feita diretamente pela raíz ou indiretamente por meio da água da chuva que antes de atingir o solo “lava” a superfície das folhas, cerregando consigo tais substâncias.

Em outros casos, os aleloquímicos se formam no solo por meio da ação de microrganismos que degradam o materia vegetal. Durante este processo, substâncias aleloquímicas são formadas no solo.

A influência dos aleloquímicos pode ser tanto positiva, isto é, favorecendo o crescimento de uma planta, quanto negativa, ou seja, prejudicando o cresciemento de outra planta. No entanto, as influências negativas são as mais reportadas na literatura científica. Por exemplo, os resíduos vegetais do trigo geralmente inibem o crescimento da plantas como o sorgo. Este fato faz com que tais espécies vegetais não possam ser plantadas na mesma área em sequência.

A influência de aleloquímicos em um ecossistema é, por vezes, referida como "interações aleloquímicas" já que duas ou mais plantas interagem entre si por meio dessas substâncias

Outro exemplo de interação alelopática envolve uma espécie de árvore conhecida como leucena (Figura 1). Geralmente observa-se que em locais onde esta espécie foi plantada há o supremo predomínio dela na área. Isso de deve à forte alelopatia que a espécie possui inibindo a germinação e crescimento de outras espécies de plantas. Por se tratar de uma espécie que não é da flora brasileira, essa espécie vem se tornando um problema em vários locais do mundo.

 leucena

Figura 1. Leucena: uma espécie de árvore que possui alto efeito alelopático. Fonte da foto: http://www.visoflora.com/photos-nature/photo-leucaena-leucocephala-3.html

 Preparado a partir de:

 BRADY, N.C.; WEIL, R.R. The nature and properties of soils. 13 Edition. Upper Saddle River: Prentice Hall, 2002. 958p.