Alagoas: um Estado que ainda precisa se desenvolver
Por Roberto Jorge Ramalho Cavalcanti | 21/01/2013 | PolíticaAlagoas: um Estado que ainda precisa se desenvolver
Roberto Cavalcanti é advogado, relações públicas e jornalista
Um estudo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) divulgado pelo jornal Gazeta de Alagoas de domingo (20.01.2013), mostra que o crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) estadual alcançou 25,7%, entre 2002 e 2009, mas ficou abaixo da média nordestina daquele período, 32,8%. Nosso desempenho econômico ficou abaixo do registrado em Pernambuco (29,2%), Bahia (32,7%) e Ceará (32,9%), os três Estados mais dinâmicos da região que mais cresce em todo o País.
Alagoas também não superou Sergipe, que cresceu 37,1% naquele intervalo. “O drama é acentuado em razão de Alagoas já ter se posicionado entre as quatro maiores do Nordeste”, diz Fábio Guedes Gomes ao jornal.
Em qualquer economia existem três setores: o Setor primário, o Setor secundário, e o Setor terciário
No setor primárioos principais produtos agrícolas cultivados no Estado destacam-se o coco, a cana-de-açúcar, o abacaxi, o feijão, o fumo, a mandioca, o algodão, o arroz e o milho.
Embora o estado Alagoas seja o maior produtor de cana-de-açúcar do nordeste e um dos maiores produtores de açúcar do mundo e a Rússia seja seu maior comprador, como um total de 75% consumido por este país, ainda assim o que entra de dinheiro em dólares ainda é muito pouco.
Na pecuária, temos as criações de equinos, bovinos, caprinos, ovinos, suínos de aves, e bubalinos.
No setor secundário temos reservas minerais de salgema, além do fato de Alagoas ser o maior produtor de gás natural do Brasil, tendo a empresa ALGÁS como a responsável, além do petróleo, embora Sergipe fique com a maior fatia.
A atividade industrial ainda responde como o subsetor químico, por meio da produção de açúcar e álcool, de cimento- iniciou a construção de uma fábrica com investimentos de alagoanos -, e o processamento de alimentos.
Destaca-se a instalação de novas indústrias em Alagoas, tendo, em apenas um ano, chegado doze, a grande maioria do ramo de plásticos.
Não há como destacar que as empresas que se instalam em Alagoas estão em um franco desenvolvimento, caracterizando uma oportunidade para investimento na região Nordeste.
A indústria da cultura canavieira na economia do estado atinge 45 por cento de investimentos, porém, é inegável que a atividade que está contribuindo significativamente para a melhoria da economia alagoana seja o turismo, representando uma fatia de 23%, seguidas da indústria alimentícia, com 20% e a de química e mineração, com 12%.
Já faz algum tempo que Alagoas vem se destacando por ser um dos estados da federação mais procurados no Brasil pelos turistas, notadamente estrangeiros vindos principalmente dos Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Itália e da Inglaterra.
Nos últimos anos houve um crescimento do ramo de turismo com a chegada de brasileiros e também de estrangeiros, que vem visitar nossas praias graças, sobretudo, as melhorias realizadas pelo ex-governador Ronaldo Lessa no aeroporto de Maceió e na infraestrutura hoteleira do Estado, se destacando a cidade de Maragogi como um excepcional pólo de atração turística com seus bem estruturados hotéis.
Observas-se que o litoral norte, e, repito, especialmente Maragogi e Japaratinga, vem recebendo nos últimos anos grandes empreendimentos de resorts. De acordo com a maior companhia de viagens da América Latina, a CVC, Maceió ocupa a terceira posição como entre as capitais mais procuradas do Brasil.
Por sua vez, o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares está localizado na Região Metropolitana de Maceió, entre a capital Maceió e a cidade de Rio Largo e é considerado um dos maiores em relação ao tamanho do terminal de passageiros, aeroportos do Nordeste.
A cidade de Maceió iniciou seu desenvolvimento econômico e comercial com o Porto de Jaraguá, que fica a poucos quilômetros de distância da lagoa Mundaú. É nesse local que fez surgir uma grande povoação que recebeu o nome da cidade.
O Porto de Jaraguá é considerado pelos especialistas um "porto natural" que facilita o atraca mento de embarcações, sobretudo de navios de carga que vem abastecer, com destaque ainda para o açúcar e o álcool. Na época da colonização os produtos mais exportados foram fumo, coco, especiarias e principalmente o açúcar.
Hoje o porto de Maceió é o 3º principal do nordeste, e o 8º do Brasil e atualmente começam a atracar Navios Cargueiros, e os Cruzeiros que sempre vem para a cidade.
Com o estabelecimento de um estaleiro de médio porte no Porto de Jaraguá Alagoas poderá crescer ainda mais e se desenvolver.
Em relação ao Estaleiro Eisa, com a mudança de localização, não mais em área de Mângue, acreditamos que não haverá nenhuma razão para o IBAMA vetar o empreendimento.