AGRESSIVIDADE ENTRE CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR
Por Francisca Lúcia Carlota de Araujo | 06/02/2009 | Educação1-INTRODUÇÃO
O Presente trabalho
propõe-se através de pesquisa
bibliográfica e com ações educativas,
favorecer a inter-relação entre
crianças em idade escolar. Tentando assim diminuir as
atitudes e comportamentos agressivos e violentos no contexto familiar,
escolar e social das crianças provenientes de
famílias de baixa renda.
O comportamento agressivo
apresentado por crianças de classe menos favorecida
é um assunto bastante discutido por estudiosos e
profissionais da educação. Percebe-se que meninos
e meninas mesmo considerados “Anjinhos’’
estão a cada dia mostrando-se mais violentos e agressivos
com seus colegas seja na escola ou em suas brincadeiras do cotidiano.
Essas atitudes e a falta de limites deixam pais e professores e os
demais profissionais da escola, principalmente os da escola
pública sem saber o que fazer, dando a impressão
de que a escola e a família já não
dão mais conta de tantas agressões, geradas no
contexto dessas crianças. A escola já
começa a sentir-se impotente no que diz respeito a esse
comportamento fora dos padrões normais mesmo tentando de
árias maneiras principalmente trabalhando valores e usando a
ludicidade na tentativa de amenizar esses comportamentos.
O meio que
a criança vive é um fator que pode vir a
influenciar quanto à agressividade e a escola não
poderá ficar de braços cruzados sem fazer algo
que venha favorecer a socialização e a
recuperação de valores, essenciais para que o
indivíduo possa viver em sociedade sem causar problemas para
si e para os que convivem com ele.
A agressividade das
crianças e adolescentes é um tema que preocupa
pais, educadores e a sociedade em geral, pensando assim pretendemos,
através de ações socializadoras,
informativas, apoiar a família, procurando mudar essa
realidade que chega a nos assustar. Pretendemos que as
crianças aprendam com os adultos que há outra
forma de se defender e obter aquilo que desejam. Outrossim,
é de grande importância orientar a
família, preparar os atores da escola, a se envolverem de
forma dinâmica usando estratégias sociais,
facilitando assim a mudanças das condutas agressivas das
crianças.
Segundo Vygotsky, o homem é um ser
social e as condições sócio-culturais
o transformam profundamente, desenvolvendo uma série de
novos comportamentos positivos.
Enfim, tomando como referencial esse
pressuposto, podemos afirmar que a participação
mediadora dos professores e dos adultos com os quais as
crianças estão envolvidas é de extrema
importância, para a mudança de comportamentos
agressivos praticados por crianças contra
crianças, levando-os a uma
conscientização de valores e respeito ao
próximo, até porque a criança
é um produto do meio e aprende coisa boas e más.
3-REFERÊNCIAL TEÓRICO
Frente
à preocupação em ocupar seu
espaço na sociedade, o individuo apresenta em
média duas características: a
preocupação com a especificidade na
educação e com a violência, que se
manifesta de forma tão freqüente no contexto
escolar.
A crescente desestruturação familiar
torna cada vez mais frágil o conceito de limite,
ética, e responsabilidade social. Como uma resposta natural
a toda esta fragilidade a criança apresenta dificuldade de
relacionamento.
Segundo Newcombe (1999), encontramos como
determinantes de agressividade fatores biológicos,
influencia familiar, rejeição dos pais e
permissividade. Conforme a autora, a raiva é uma
emoção básica sentida desde a primeira
infância, essa emoção pode desencadear
muitos conflitos internos em crianças, adolescentes e
adultos resultando muitas vezes em agressão.
Considerando
as constantes variações de comportamentos das
crianças no contexto escolar, o professor sente necessidade
de buscar subsídios que possam auxiliar-lo frente a esse
problema. As constantes manifestações de
agressividade, com que a criança convive (familiar, social)
contribuem de forma acentuada para a reprodução
desse comportamento (Silveira, 2003).
De acordo com Fernandes
(2000), a agressividade esta alcançando grandes
proporções dentro e fora da escola. Fortes
questões como desemprego, moradia, fome, saúde e
educação abalam a estrutura familiar refletindo
no contexto escolar, pois a criança reproduz o que ela
vivencia. Estas questões relacionadas á
desigualdade e exclusão social tem conduzido ao crescimento
da delinqüência e da violência, quer na
sociedade ou no interior da escola.
Apesar do sistema educacional
mostra-se um tanto inseguro quanto a preparação e
a formação destas crianças, a escola
ainda é um dos poucos locais onde as mesmas são
estimuladas a seguir normas que poderão conduzi-las a um
convívio social equilibrado.
Mussem et al (apud,
Silveira, 2003) coloca a agressão como comportamento que
ofende ou tem o potencial de ofender uma outra pessoa ou objeto. Pode
ser um ataque físico (bater dar pontapés, morder)
ataque verbal (gritar, xingar, depreciar). Este comportamento nocivo
aos outros é considerado agressão, principalmente
quando a criança está consciente de sua
capacidade de ferir alguém.
Silva, (2003) alerta para as
dificuldades nas relações entre professor-aluno e
aluno- aluno nas escolas. O crescimento da violência nos
espaços escolares apresenta relação
com a sociedade, inclusive de fundo emocional.
A criança
não tem um código de ética,
não sabe o que é ser solidário, quem
ensina isso são os pais, diz a educadora Tânia
Zagury, autora do livro Limites sem Traumas.
Saber impor limites
também é fundamental para domar a agressividade
infantil, a falta provoca na criança a
sensação de abandono e a ilusão de que
pode fazer tudo o que quiser. Os pais muitas vezes tentam a querer
livrar seus filhos de toda forma de pressão e terminam por
deixar que façam tudo, só que o efeito disso em
longo prazo, poderá fazer com que a criança se
torne agressiva.
Especialistas dizem que a agressividade manifestada
na idade escolar pode evoluir de forma negativa na
adolescência, se for tratada com permissividade pelos os
pais, pois para entender a agressividade, é
necessário olhar um pouco para o desenvolvimento da
criança e como ela aprende a se comportar agressivamente.
Por
volta dos três ou quatro anos, é bastante comum as
crianças apresentarem condutas agressivas em
relação aos adultos e as outras
crianças para conseguirem algo, esse comportamento
é denominado de manipulativo, isto é a
criança agride para alcançar determinados fins.
Porém se essa conduta persistir por longo tempo
poderá se transformar em um problema mais sério
na adolescência e na vida adulta, tornando-se preferencial
para resolver qualquer dificuldade.
Há uma
série de condutas dos pais que podem ser chamada de condutas
de risco para o desenvolvimento de padrões agressivos das
crianças, mostrando claramente que ela não
é amada ou que ninguém se importa pelo o lhe
possa acontecer. A violência domestica é um fator
que pode exercer uma influencia decisiva no comportamento.
Crianças que assistem a cenas de violência em
casa, ou que são vitimas da violência dos pais,
podem aprender que essa forma é uma forma
aceitável e normal de lidar com a raiva e com a
frustração.
Também a escola se
não é responsável por desenvolver o
comportamento agressivo das crianças, pode contribuir, para
o aumento considerável desse padrão. Professor
excessivamente autoritário pode desencadear sentimentos de
hostilidade em seus alunos.
Um ambiente escolar que estimula a
rivalidade e a competição pode gerar nas
crianças, ansiedade e dificuldade de
integração com o grupo, outra circunstancia em
que a escola pode vir a ser um ambiente propicio para o desenvolvimento
agressivo, é quando ela não consegue lidar com a
criança agressiva. Uma criança assim provoca
hostilidade e a rejeição dos colegas e isso pode
gerar nela uma atitude defensiva e fazer com que tente se impor aos
outros pela a violência, de forma a atingir aqueles o que a
rejeitam.
O tema agressividade envolve muitas varáveis,
porém é necessário, que, pais e
educadores entendam que o comportamento agressivo da criança
não surge do nada ele é construído da
interação social, portando é de
extrema importância conversar com a criança
mostrando a ela comportamentos positivos e o envolvimento dos pais e
essencial para construção de atitudes
amigável.
Ressaltamos que, qualquer criança
independente da educação que tenha,
começa a possuir a partir de uma determinada idade fantasias
agressivas que são inatas e instintivas e que surgem aos 2 e
3 anos, estas são visíveis através do
brincar, porém tende a desaparecer mas em algumas
crianças isso não acontece e estas continuam a
revelar-se violentas, agredindo colegas ou mesmo membros da
família, levando aos pais sentimentos de
impotência, face a situação ficando sem
saber como reagir.
Portanto, é preciso buscar
reflexões sobre o papel da família e da escola,
da sociedade frente a este problema que se agrava em grande
dimensão, a escola e professores precisam entender exercer
seu papel social comprometendo-se de fato com a
transformação do ser em desenvolvimento.
O
comportamento agressivo apresentado por crianças de classe
menos favorecida é um assunto bastante discutido por
estudiosos e profissionais da educação.
Percebe-se que meninos e meninas mesmo considerados
“Anjinhos’’ estão a cada dia
mostrando-se mais violentos e agressivos com seus colegas seja na
escola ou em suas brincadeiras do cotidiano. Essas atitudes e a falta
de limites deixam pais e professores e os demais profissionais da
escola, principalmente os da escola pública sem saber o que
fazer, dando a impressão de que a escola e a
família já não dão mais
conta de tantas agressões, geradas no contexto dessas
crianças. A escola já começa a
sentir-se impotente no que diz respeito a esse comportamento fora dos
padrões normais mesmo tentando de árias maneiras
principalmente trabalhando valores e usando a ludicidade na tentativa
de amenizar esses comportamentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS. A.R. Agressividade Infantil. Disponível em: www.anaritadias.blogspot.com, acesso 29/09/2008.
FERNANDES,
J.V. Globalização excludente indisciplina e
violência na escola. 2001. Disponível em:
www.educação.te.pt. Acesso 02/08/2007.
JORNAL DO BRASIL. Como Domar a Agressividade Infantil. Disponível em: www.jbonline.terra.com, acesso 28/09/2008
MOSSER, G. A Agressão. São Paulo: Editora Ática, 1991.
NEWCOMBER, N. Desenvolvimento Infantil: Abordagem Mussem. 8. ed. Porto Alegre, Artimed, 1999.
O
ALUNO Agressivo? Ele precisa de Afeto e Limites. Revista Nova Escola,
Edição 184- Agosto 2005. Disponível em
www. revistaescola.abril.com, acesso 09/10/2008.
SILVEIRA, C. I. Agressividade Infantil. Dissertação - Universidade do Estado de Santa Catarina- 2003.
VYGOTKS,
L.S A Formação Social da Mente. 3.
Edição São Paulo, Martins Fontes
ZAGURY, T. O adolescente por ele mesmo. 5 ed. Rio de Janeiro, Record, 1996.