Agradecimentos aos parentes que moram em Boston

Por creumir guerra | 26/12/2011 | Crônicas

Creumir Guerra AGRADECIMENTOS AOS PARENTES QUE MORAM EM BOSTON Eu agradeço aos meus amiguinhos pelos comentários de incentivo para eu continuar escrevendo. Também fiquei feliz por querer me mandar para a globo. Esclareço, entretanto, que não aceito convite para o BBB por que a minha silhueta não esta ajudando muito. Agradeço aos meus parentes que sempre me acolheram com carinho nas viagens que fiz a Boston e adjacências, em especial ao Eneir, que não o chamo de tio por que quando fomos trabalhar juntos ele assim pediu, eis que, segundo ele eu estava queimando o seu filme lhe pedindo a benção e o chamando de tio na frente das meninas. Não posso deixar de ser grato ao Kullim, que da última vez até cozinhou um prato especial para mim. De igual modo a sua esposa Geny, que sempre me apoiou quando fui deixado do lado de fora pelo meu tio. Geny, me desculpa a franqueza, mas da ultima vez eu vi uma folhinha na sua cozinha com um X no dia exato de eu ir embora, bem como no dia que eu cheguei e nos seguintes, de forma crescente. Será que isso tinha algum significado? Eu tenho vontade de voltar a Boston, mas ando meio preocupado. As estatísticas mostraram que o índice de teor alcóolico do meu tio aumenta bastante quando estou em sua companhia. O próprio já me confessou que quando eu fico na casa dele eu fico relembrando coisas do passado, que nem ele lembra mais, o que o deixa triste. Tempos que não voltam mais. O ser humano é nostálgico por natureza. Todos nós sempre temos tendência a achar que o passado foi melhor que o presente. Não fique assim meu tio, recordar é viver. Agora, se sua vida no passado foi uma titica de galinha o problema não é meu. A mim, seu amigo confidente, resta ouvir as suas experiências e relembrar outras tantas já vividas. Você me autorizou a publicar o seu nome nas minhas histórias. Pense bem. Posso contar a do trote do telefone em Belo Horizonte e aquele do escritório de contabilidade? A da mula barranqueira eu não vou escrever nem se você pagar. Relembrei agora aquele dia quando você morava na 21,St. Samner, e estava consertando o esgoto da pia que vasava, com a cara enfiada debaixo da pia, quando veio a Aretuza e deixou a porta de cima do armário aberta. O senhor levantou de uma vez e meteu a cachola na porta, ficando um tempão vendo estrelinhas. Até hoje eu não sei por que você não bateu na sua filha primogênita. Eu acho que a Aretuza me deve essa. Foi a minha presenta que te inibiu de dar o devido troco. Eu sei que você falou que pagava qualquer preço mais não consertava aquela @#$%&!* de pia. Saiu bufando e me chamou para ir até o deposito para comprar umas Saporo, cerveja japonesa. Você riu do meu nariz quebrado, mas até hoje eu rio daquela cabeçada na porta do armário da cozinha.