Agrada-me

Por Diego Rosinha | 29/06/2009 | Poesias

Eu gosto das coisas assim, intensas e explosivas
Desconfio da racionalidade do coração.
Eu gosto das coisas assim, sem medo ou pudores
Mas desconfio de você...

Eu gosto das coisas assim. utópicas e malucas
O freneticismo das emoções me envolve
Realmente, não estou preparado, me disseram
Ah, esse coração de pedra que insiste em espancar o peito!

Eu gosto das coisas mais pesadas e imundas
Imundas de sentimentos nobres ou pútridos
Gosto do peso da chuva batendo na janela
E da melancolia de uma alma cheia de vazio.

Eu gosto dos seus olhos pedindo para ficar
De sentir esse coração batendo com sangue
Gosto do vermelho forte das suas veias
E do quente da sua alma

Eu gosto de estar nos limites
Mas ainda tenho medo do medo
Tente ouvir o que tenho a dizer
Não são apenas palavras soltas

O rude que vem da minha boca é uma bomba
Prestes a explodir em você
Não tema incendiar comigo, tema somente queimar aos poucos
por dúvidas que lhe corroem como um câncer qualquer

Somos apenas cobaias, a canção ensinou
“Somos apenas cobaias de deus”
Se somos, não devemos temer o nosso destino
Só teremos a ganhar, só temos a liberdade de amar

Por isso, deixa eu conduzir suas mãos
Suas pernas vêm atrás
O seu amor nunca é demais
A falta dele sim...

Eu gosto das coisas assim, vivas
O sonho que vira mágoa valeu por ser sonhado
A mágoa de não sonhar é a Morte, acredite e
deixe o sangue lhe guiar pela eternidade.