Afetividade na Educação Infantil
Por Rafaela Araujo Damasceno | 02/04/2013 | EducaçãoA IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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RAFAELA ARAUJO DAMASCENO
RESUMO
Este artigo aborda a importância da afetividade dentro do contexto escolar, principalmente na educação infantil, percebendo assim sua eficácia, quando falamos de afetividade, na qual traz consigo a facilitação e a construção de uma aprendizagem de qualidade, Através de autores como Wallon (2007) Piaget, (1985) e Ferreira (1999). Assim o artigo vem nos informar e fundamentar a importância da afetividade na escola, e na educação infantil. Pois sabemos que é na educação infantil que começa as primeiras descobertas e socialização exterior, ou seja, fora do ciclo familiar, através de lições que levamos no decorrer de toda a nossa vida em socialização com o outro.
INTRODUÇÃO
Quando falamos em educação infantil, nos direcionamos aos aspectos do cuidar, e uma relação de cumplicidade e respeito, deve nascer desde os primeiros anos dentro do contexto escola, no qual hoje é vista como alicerce para os anos posteriores. Sabemos que o desenvolvimento intelectual é considerado ter dois componentes que o formam: o cognitivo e o afetivo, sendo assim sabemos que a parte afetiva pega todo o aspecto como sentimentos, desejos, valores emoções sentimentos em geral. Já partindo para o lado cognitivo vemos que se alarga a parte de ações, exemplos motivação trazendo através dessa motivação interesses para a aprendizagem. Em relação ao cognitivo, Piaget 2003 nos afirma a ideia de que o ser humano se desenvolve cognitivamente a partir de uma afetividade na família e também no ambiente escolar, estar bem afetivamente é estar bem consigo, e assim está mais disposto para novas ações aprendizados é estar motivado para buscar conhecimento.
A sala de aula passa a ser para criança um segundo espaço de aprendizagem e confiança onde ela deve se sentir a vontade e segura. E também o primeiro ambiente socializador fora do âmbito familiar. A relação da professora com a criança tem que passa a ser uma relação de confiança não só do aluno com o professor mais também dos pais, no qual também são peça fundamental para o desenvolvimento da criança dentro do ambiente ecola. A aprendizagem parte de um âmbito mais intimo e confortável para criança e a socialização se torna um ato confortável e construtor. O que o rodeia é o que formara sua personalidade e trará aprendizagens. É o que Wallon(2007) nos fala, quando diz que as influencia externas contribui na ação e na formação de cada individuo. Segundo Wallon (2007, p.122) “é inevitável que as influências afetivas que rodeiam a criança desde o berço tenham sobre sua evolução uma ação determinante”.
A escola tem assim responsabilidade de oferecer condições necessárias para que ela se sinta segura, protegida e amada. O afeto na relação entre aluno e professor vai criar esse laço de confiança. Alem de transferir para o aluno bons exemplos, professor esse que deve ter também a consciência de seu papel que não é apenas um transmissor de conteúdos mas um facilitado do desenvolvimento.
Quando se inicia a primeira escolaridade da criança ela precisa deixar os laços familiares que Le cerca para se adaptar a outra realidade esse rompimento às vezes faz a criança se sentir insegura, assim vem o bom recebimento e o primeiro contato com o profissional (pedagogo). Que atraves de habilidades afetivas deve transferir para a criança um ambiente agradável, mostrando pra mesma que o espaço escolar é um ambiente gostoso e seguro de ficar. Esse professor deve procurar transferir ainda confiança, quando há confiança e o amor do aluno com o professor há um ganho de possibilidades dando abertura a novas maneiras de aprender e conquistas novas descobertas. É importante ainda lembrar que o ambiente também transfere para a criança sentimentos. E o cuidado de estar preparando esse ambiente dentro da educação infantil é de fundamental importância, pois facilitara a exploração e o conhecimento de novos ambientes que estejam em sua disponibilidade.
Meios de ação sobre as coisas circundantes, razão porque a satisfação das suas necessidades e desejos tem de ser realizada por intermédio das pessoas adultas que a rodeiam. Por isso, os primeiros sistemas de reação que se organizam sob a influência do ambiente, as emoções, tendem a realizar, por meio de manifestações consoantes e contagiosas, uma fusão de sensibilidade entre o indivíduo. (Wallon, 1971, p. 262).
Ser um ponto de seguro diante de pais e alunos em sala de aula não é uma tarefa muito fácil para o professor. A relação entre professor e os pais influencia também muito na construção de um relacionamento saudável com o aluno, no qual o professor deve ter o cuidado, levando em conta a individualização de cada criança e sua realidade, tentando aproximar cada vez mais a criança para dentro da escola e fazer da afetividade uma maneira agradável de construir a aprendizagem aparte dos conhecimentos impostos em sala de aula.
A sala de aula deve ser o meio e lugar da relação de afetividade entre professor e aluno consequentemente atingindo também o contexto familiar no qual a escola deve manter uma parceria relacional com a comunidade os dando espaço para agir como elementos na procura de uma educação de qualidade e igualitária para todos, colando o se humano em primeiro plano.
O professor tem que ter uma clara visão quando falamos de educação infantil, pois mesmo sem querer ele é um espelho diante dos olhos das crianças. E cabe o profissional ter a responsabilidade de se comprometer, pois é um meio condutor e responsável por estar direcionando durante sua trajetória escolar. Fazendo-nos assim refletir sobre as atitudes que vem sendo tomadas, será que são atitudes afetivas que produzam bons frutos? A sala de aula também pode ser fria, sem nenhuma decoração, ou pode ter avisos, quadros, plantas, animais e trabalhos artísticos. Isto vai afetar os sentimentos e atitudes das crianças? A sala deve ter cores e decorações para criar um ambiente de aceitação?Ambiente frio produz sentimentos frios? São essas as perguntas que devem ser feitas. A afetividade assim deve ser constante e impar nas relações interpessoais. Segundo Ferreira
Afetividade significa: “Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza”. (1999, p.62)
O educador pode ser muito amável e até amigável, sem se pôr a brincar com eles. Quando as crianças notam que a professora gosta delas, e que a professora apresenta certas qualidades como paciência, dedicação, vontade de ajudar a aprendizagem torna-se mais facilitada; ao perceber os gostos da criança. Uma educação de qualidade alem de bons conteúdos deve ter uma pitadinha de amor e dedicação
CONCLUSÃO
Contudo vemos que a afetividade contribui de forma efetiva, nas relações, e em especial na relação na educação infantil. O pedagogo entra com suas habilidades neste meio, e nessa realidade. Piaget (1985) nos fala que essa pedagogia a que conviemos atualmente não saiu da psicologia da criança e que a mesma envolve uma complexidade de ações isso observado em vários aspectos.
O conjunto de ações que afetam o cognitivo e o afetivo trás resultados constantes. É imprescindível a importância que damos a esses aspectos. Trabalhar dentro de aspectos afetivos trás não somente bons resultados mais ajudam a formar cidadãos, mas humanos e ser, mas humano é essencial, pois trás valores já tão esquecidos por uma sociedade sufocada pelo o egocentrismo acelerado.
As relações dentro da escola devem ser construídas diariamente e isso é uma tarefa fundamental, para que se tenha um ambiente agradável, e a participação dos pais da significada muito grande quando falamos de afetividade, pois hoje há um crescente abandono pela a vida escolar das crianças, deixando a responsabilidade pela toda a educação a favor da escola.
A relação professor e aluno são perceptíveis para o reconhecimento da afetividade, onde respinguem bons frutos dentro da escola tem que haver uma parceria, aonde a afetividade seja a chave para o desenvolvimento sócio educativo.
REFERENCIAS.
WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 2007. WALLON, H. (1971) As Origens do Caráter na Criança. São Paulo: Difusão Européia do Livro.
FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3 ed. Totalmente revista e ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1985.