Acessibilidade na Web

Participei de um curso de acessibilidade, ministrado pela empresa Acesso Digital, e lá aprendi muitas coisas que ainda não conhecia, vou contar um pouco pra vocês sobre o que aprendi por lá.
No mundo de hoje, com os avanços tecnológicos, novas linguagens, todos querem sempre inovar no desenvolvimento dos sistemas e ou sites na web, mas muitos não pensam que há um misto de usuários na internet, de todos os tipos, e que muita das vezes não conseguimos alcançar o acesso deles por causa da falta de acessibilidade nos sites.

Ao contrário do que muitos pensam acessibilidade na web, não é somente para deficientes visuais, dispositivos móveis, deficientes motores e deficientes auditivos. A acessibilidade beneficia também pessoas idosas , pessoas que estão tendo sua primeira experiência com web e por fim, como disse a professora Leda Spelta da Acesso Digital, o bilionário cego, ou seja o Google e seu robô de buscas de conteúdo. Teremos também usuários atuais mais satisfeitos, e a manutenção do seu site ficará muito melhor.

Precisamos garantir que uma informação ou serviço esteja disponível na web para qualquer pessoa e em qualquer dispositivo.

Durante o curso, acessei o site de uma conhecida empresa de passagens aéreas pelo leitor de telas para cegos tentando comprar alguma passagem, porém mal conseguia entender o que estava escrito, informações importantes que não estavam totalmente acessíveis, acessando também por um mobile, olhando a tela, vi que tinha erros grandes de usabilidade, mal conseguia enviar pedido de uma passagem pois não carregava direito no meu browser Symbian. No caso pessoas cegas e usuários de mobile, tem muita dificuldade para comprar uma passagem. Isso mostra a importância de se ter um site acessível.

Uma informação que me assustei foi que o padrão do tamanho da página para se desenvolver para mobile precisa ser de até 20K.

Ouvi as seguintes perguntas no curso: “Fazer um site acessível é mais caro?” “Demanda mais tempo?” E escutei a seguinte resposta: “Fazer um site acessível é mais caro, assim como ter qualidade num site.” Se nós desenvolvemos um site acessível, estamos desenvolvendo com qualidade. Temos que criar uma cultura dentro da empresa, assim como quando criamos padrões de códigos, entre outras coisas. Seguindo diretrizes, e fazendo a nossa parte, estaremos atendendo vários tipos de necessidades, sem ter trabalho triplicado. Depois veremos quantos usuários a mais conseguiremos alcançar.

Muitos designers dizem que fazer site acessível significa fazer site feio. Isto é um grande mito, já que estamos na era da criatividade e existem muitos sites com layout bonito e usual que é acessível.

Me despeço então com uma frase dita no curso pelo professor Horácio: “Na acessibilidade para web, não existem padrões, existem soluções”. Afinal, queremos construir uma web para todos.