Aceito.
Por Evaristo, Mauro Antônio. | 18/01/2011 | PoesiasParece que perdi a sensibilidade,
não sinto mais o fator humano,
assisto de camarote o fim da mediocridade
e não mudo a rota nem os planos!
Parece até que estou fora do corpo
e deste plano de vida,
não registro mais no rosto
traços de dor ou alegria!
Vejo a ilusão diária e chata
e torço pelo fim de tudo
não me importo nem com quem me mata
agora não mais me iludo!
Vejo tudo com indiferença,
não quero mais me enganar,
perdi até a espectativa da sua presença
que poderia me alegrar!
Se o fim estiver próximo eu aceito
em doses suaves de licor
mas não enfie o punhal de prata em meu peito
detesto sentir dor!
Já que você se vai, pelo menos vá de dia
e faça o que tiver que fazer
eu vou buscar na poesia
o que certamente não encontrei em você!