Abraão, exemplo de fé
Por Paulo Cesar Tomaz | 29/05/2012 | ReligiãoO apóstolo Paulo, em Romanos 4:16, declara que Abraão é pai de todos nós no que diz respeito à fé. Assim escreveu ele: “Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós)”. Sobre o assunto da fé, temos o exemplo deste grande patriarca, que pode nos ensinar a termos uma fé viva e eficaz em todos os momentos de nossas vidas. Analisando a trajetória deste herói da fé, podemos ver pelo menos três momentos na vida deste grande homem de Deus:
1. A fé que aceita o desafio: “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia” (Hebreus 11.8). Segundo esse texto, Abraão aceitou os desafios de Deus, mesmo sem saber claramente qual seria seu fim. Abraão apenas obedeceu, sem questionamentos, a orientação Divina. Assim como ele, devemos nós também aceitar os desafios de Deus para nossas vidas, pois o Senhor, de fato, sempre terá o melhor para nós. Nosso desafio é apenas obedecer. Fé é crer no agir de Deus, e isto é um desafio para nossa mente racional: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.”(Hebreus 11:1). No cumprir esse desafio, Deus espera obediência de seus filhos: “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu”. Os desafios só serão conquistados através da obediência. Deus diz a Samuel: “Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15:22).
2. A fé que nos torna constantes: “Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hebreus 11: 09,10). Devemos permanecer constantes ainda que em meio a situações adversas. A fé descrita nos Salmos nos ensina esse mesmo princípio: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam” (Sl 23:4). É a fé do salmista que escreve: “O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?... Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança” (Salmos 27:1,3). Paulo elogia essa mesma fé na vida dos irmãos da cidade de Tessalônica, que em meio a grandes tribulações, tornaram-se exemplo para outros cristãos: “... nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais” (2 Ts 1:4).
3. A fé que triunfa: “porque (Abraão) considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo (Isaque) dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou” (Hebreus 11.19). Nos versículos 17 e 18 de Hebreus 11 lemos que Abraão estava mesmo para sacrificar o seu filho Isaque, o filho da promessa, no qual Deus lhe havia prometido a benção de uma grande descendência: “Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência”. A fé que triunfa é a fé a toda prova, pois Abraão considerou que Deus era poderoso até mesmo para ressuscitar seu filho dentre os mortos. Essa fé é vitoriosa. Lembremo-nos das afirmativas do apóstolo Paulo, quando nos fala sobre a certeza da vitória em qualquer situação: “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” (Rm 8.31 a35).
Queridos, que nós, como Abraão, possamos ter em todas as situações de nossas vidas esses três aspectos da fé: A fé que aceita o desafio, a fé que nos torna constantes, e a fé que triunfa. Pois se assim for, não seremos jamais abatidos pelas vicissitudes desta vida efêmera.
Paulo César Tomaz
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