A Violência no Cotidiano Escolar

Por José Airton Freitas Filho | 18/06/2016 | Educação

INTRODUÇÃO

O estudo reflexivo deste artigo traz à tona a violência que assola as escolas brasileiras, relevando os muitos significados que este fenômeno vem trazendo em todo o cotidiano social e posteriormente impregnado na escola, onde todos os envolvidos com a educação, aqueles que participam efetivamente do dia-a-dia da educação (alunos, professores, gestores e auxiliares) ficam comprometidos com o caos desta situação. A mídia que fortemente divulga a violência em todos os veículos de comunicação, tem sido também uma influência na vida dos jovens, muitos deles indisciplinados, sem educação, desprovidos de uma boa conduta, que em conexão com o fenômeno da violência, estabelecem uma grande e grave ameaça para todos, ameaça esta que precisa ser urgentemente coibida.

Este artigo, no entanto, tem como objetivo de estudo, mostrar que o ambiente escolar com a presença da violência, fica gravemente comprometido, as práticas comportamentais em concomitância com os aspectos gerais do contexto em que se vive, contribui para serem identificados os diferentes processos dos acontecimentos típicos de violência, desdobrando então a causa da mesma no ambiente escolar. Este tema que se trata do fenômeno chamado violência, veio ser base fundamental deste desenvolvimento reflexivo pelo fato da relevância e por ser um grave problema no nosso cotidiano, todas as partes da camada social estão envolvidas e consequentemente o ambiente escolar.

Foi usado o método da pequisa bibliográfica, buscando mostrar da melhor forma possível, com toda a nitidez, que a atualidade que se vive, é testemunhada por uma grande violência, este fenômeno que é notado em todos os segmentos da vida social. Uma das maiores das ansiedades de toda a sociedade tem sido a questão da violência que vai de encontro contra os direitos humanos no Brasil, atingindo a vida, integridade física e moral do meio social.

O principal objetivo, uma profunda crítica, viabilizando à compreensão dos fatos relevantes à esta situação, como a violência se entranha e desenvolve-se a tal ponto de interferir na aprendizagem dos alunos. Sendo o objetivo específico, a identificação das diversas facetas da violência no ambiente escolar, destacando como ela se apresenta. De acordo com fundamentações teóricas, indicar possíveis saídas para este problema.

Os objetivos citados foram alcançados pelo método de uma pesquisa bibliográfica, com vista no tema a ser desenvolvido. Depois de todos os levantamentos das bibliografias, seguiu-se uma minuciosa leitura com a finalidade de escolher referenciais teóricos que de uma forma mais detalhada e objetiva, mostrasse que realmente a violência tem uma grande interferência no processo de ensino aprendizagem.

A participação de todos aqueles que tem compromisso com a educação, que queiram fazer história no meio que se vive, combatendo a a complexidade da violência no cotidiano escolar, devem estar unidos e partir rumo à vitória.

O desenvolvimento deste artigo, evidencia de forma breve, o fenômeno da violência no dia-a-dia do ambiente escolar, com a finalidade de entender como os profissionais da área educativa se comportam diante desta questão.

Um destaque para o bullying, que foi identificado como uma forma de violência já de longas datas, este termo em inglês que se refere a uma forma específia de violência. Realmente não é novo, e tanto as escolas públicas como privadas são testemunhas deste tipo de violência, comportamento agressivo, ameaçador, acusador e de atitudes reprováveis.

 A conclusão fica baseada no método bibliográfico, que na desenvoltura do estudo, estando com embasamento centrado no conceito de violência no ambiente escolar, houve a exploração e a expanação de diferentes autores, que  contribuiram com os estudos envolvendo esta problemática, e na certeza que tem que haver integação das famílias, escola e sociedade, que seria de fato, uma união que caminharia para uma mudança no cenário atual, bons frutos desta relação trariam resultados satisfatórios.

 

 

  1. A Violência

 

A violência tem sua origem há milhares de anos, e vem desde então vem progredindo e encontrando espaço. Sendo um acontecimento igualitário com suas características marcadas ao longo da história, a violência está inserida em todas as diferentes formações sociais e culturais.

Cada célula que compõe uma sociedade é um local onde pode ser instalada a violência. Dentre estas células pode se citar o ambiente escolar, que já há bastante tempo, e a cada dia, com os acúmulos, meses e anos, ganham força e tornam-se uma realidade desesperadora nas mesmas, que deixa de ser apenas uma situação simples e fácil de resolver para um agravante social.

A violência é um fenômeno social e diferenciado histórica e culturalmente, sobre esta questão Chauí (1994, p. 336) argumenta que:

(...) Desde a Antiguidade clássica (greco-romana) até nossos dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios para evitá-la, diminuí-la, controlá-la. Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo social.

A violência tem ganhado campo no contexto internacional, tem virado manchetes nas principais telas de TV’s, capas de revistas, na internet e nos canais de comunicações regionais. O evento é tão sério que, os Estados Unidos estão detidos neste assunto desde 1950.

 Muitas são as correntes que cooperam positivamente para a confirmação deste acontecimento, mas de fato uma grande verdade desta progressão, correspondente ao avanço da violência nas escolas, tem como origem o advento das drogas na escola, que vem se familiarizando.

A expansão das drogas, o crescimento de gangues que tem participação direta, que também está vinculado com armas de fogo vem transformando o cotidiano escolar em um campo de guerra.

  Hoje, as escolas ganharam o status de corporação da violência, que abdica dos seus valores, renuncia do ofício educativo, abrindo mão do lugar onde mostra o caminho a se seguir: socialização, transformação, proteção, amparo e lugar de sonhos, para crianças, adolescentes e jovens, para proliferação da corrupção, brigas, faltam de respeito e intolerância.

 

1.1   Um Fenômeno Chamado Violência

 

O crescimento exorbitante da violência nas escolas brasileiras gera pesquisas que buscam o Norte deste agravante que irrompem impetuosamente sobre os alunos, professores e de todos aqueles que fazem parte do corpo da escola. Os anos 70, já vinham com as marcas da violência, e as preocupações de alguns pedagogos juntamente com pesquisadores militavam em busca de respostas que, vislumbrassem o renomado crescimento de tanta violência seguida de morte.

Muitos problemas têm surgido por causa da violência, o lugar para o estabelecimento da violência são todos os possíveis, uma grande dimensão permeia todos os grupos sociais.

A própria escola como uma entidade que educa e ensina as crianças, jovens e adultos, tem sofrido com as investidas da violência. A sociedade atual tem se preocupado com o grande crescimento da violência, as últimas décadas vem acumulando absurdamente o fenômeno da selvageria.

A partir da década de 70, a violência vem crescendo como descreve Adorno:

Desde meados da década de 1970, vem-se exacerbando, no Brasil, o sentimento de medo e insegurança. Não parece infundado esse sentimento. As estatísticas oficiais de criminalidade indicam, a partir dessa década, a aceleração do crescimento de todas as modalidades delituosas. Crescem mais rápido os crimes que envolvem a prática de violência, como os homicídios, os roubos, os seqüestros, os estupros. Esse crescimento veio acompanhado de mudanças substantivas nos padrões de criminalidade individual bem como no perfil das pessoas envolvidas com a delinqüência. (ADORNO, 2002a, p. 07)

Posteriormente nos anos 80, a violência mostrada pelas ações anormais, uma década marcadas por certo tipo de violência, que o principal alvo dos ativistas violentos era prédios, praças, monumentos históricos, que depredavam e pichavam. Os anos 90 se apresentam nas escolas brasileiras como uma das mais cruéis das décadas, pois testemunharam o difícil caminho que as escolas vinham trilhando, pois, o alvo do crescimento da violência tinha como endereço os abusos, agressões entre os próprios alunos.

Na transição do século XX para o XXI, a inquietação toma posse, pois o crescimento da violência nas escolas cresceu gerando a convicção que todo o problema da violência, a exorbitância da mesma tem como relevo, em destaque, o grande enigma das drogas, exclusão social e a incansável e progressiva ação das gangues, saindo dos lugares secretos, sombrios, obscuros, para a então instituição escolar, fato este que despertaram a certeza, que toda esta violência, o incauto progressista desta militância, não estava detida somente do lado de fora da escola, mas ambas caminhavam juntas.

Muitas são as questões em relação à violência que fortemente predomina no cotidiano escolar, e a identificação deste fenômeno não está intrinsecamente ligado a professores, alunos ou a própria escola, pois todos acabam sendo reféns da violência, mas para se entender o tamanho do problema, CHARLOT apud ABROMOVAY (2002, p. 69) define violência sendo:

Violência: golpes, ferimentos, violência sexual, roubos, crimes, vandalismo. – incivilidades: humilhações, palavras grosseiras, falta de respeito; - violência ou institucional: compreendida como a falta de sentido de permanecer na escola por tantos anos; o ensino como um desprazer, que obriga o jovem a aprender matérias e conteúdos alheios aos seus interesses; as imposições de uma sociedade que não sabe acolher os seus jovens no mercado de trabalho; a violência das relações de poder entre professores e alunos. Também o é a negação da identidade e satisfação profissional aos professores, a sua obrigação de suportar o absenteísmo e a indiferença dos alunos.

Os vários tipos de violência que surgem e vem se firmando dentro da sociedade, revela e mostra a natureza corrupta do homem. Os seres humanos como seres distintos de toda a criação, são os progenitores e protagonistas únicos deste agravante em que nenhuma outra espécie se compara.

Assim como um conjunto (professores, alunos, comunidade, sociedade, todos) vem sendo o alvo para as diversas faces de violência, a possibilidade de combater a violência deve ser também por tomada pelos: professores, alunos, pais, comunidade, todos devem, este conjunto que vem sendo oprimido pelo fenômeno da violência, precisa ser fortemente atacado e combatido a todo custo, afinal a escola não é local para violência, mas um âmbito para educar, ensinar, trabalhar, conviver, viver, ser e fazer aquilo que se sabe fazer em virtude do que foi aprendido e apreendido dentro da escola.

1.2   Violência e Educação

Segundo Paulo Freire, a convivência, supera todos os fatores negativos, as quebras das barreiras que venham gerar atritos geram violência, que claramente mostra um indicativo da ausência do pensamento, das permutas dentro do ambiente escolar, que se extinguem e dão lugar ao oposto. A presença efetiva, o compromisso de promulgar a doutrina do pensar, gera o interesse por novas descobertas.

O privilégio da escola é desvendado por meio do progresso, sendo que a mesma é um local para uma prática progressiva, um recinto privilegiado para os participantes desta história.

Paulo Freire tinha uma grande crença no potencial humano, acreditava com todas as forças, no poder criativo dos homens (homem, mulher e criança), que dentro da escola, esta fonte geradora e promulgadora de cidadãos sólidos à libertação dos pensamentos.

A transformação que vem sofrendo o mundo, a copiosa onda maléfica e cruel que coercitivamente imprime o seu ritmo, vem sem dúvidas somando adeptos desta doutrina negra. Sabe-se que muitos são os incautos e diversidades que circundam a lealdade social, denegrindo a imagem comum de tudo que seja básico para a sociedade.

Os frutos da educação cooperam para melhorias, não que ela sozinha resolva, mas é um norte para o meio social, Paulo Freire diz que “não é a educação que forma a sociedade de uma determinada maneira, senão que esta, tendo-se formado a si mesma de certa forma, estabelece a educação que está de acordo com os valores que guiam esta sociedade” (1975, p. 30).

Compete a todos se despertarem lutar por transformação, não aceitando o que vem acontecendo na atualidade, o certo sendo tragado pelo errado, o bem vivendo um crepúsculo enquanto o mal caminha no dia.

 A libertação é utópica quando há omissão, mas havendo ação que é totalmente desprendida do estacionar racional, ou seja, pensar sem agir não traz o efeito, a disposição de um é o suficiente para mobilizar uma grande massa e avançar naquilo que se almeja, o almejar combater a violência que vem se alastrando e deixando o seu rastro.

O mundo precisa da educação, da prática educativa que move todos os envolvidos para os seus valores. O sonho de ainda ver um mundo transformado de todas as anomalias é possível, não é possível quando há ausência do querer fazer.

Sonhar é uma realidade prevista quando se sonha, alimentando uns aos outros que preciso é estarmos unidos, nós que sem ação somos a fraqueza, mas assumindo responsabilidades nasce à força que vem da educação e posteriormente lutar por aquilo que se buscam, os nossos sonhos. Paulo Freire diz:

Você, eu, um sem-número de educadores sabemos todos que a educação não é a chave das transformações do mundo, mas sabemos também que as mudanças do mundo são um quefazer educativo em si mesmas. Sabemos que a educação não pode tudo, mas pode alguma coisa. Sua força reside exatamente na sua fraqueza. Cabe a nós pôr sua força a serviço de nossos sonhos. (1991, p. 126)

A educação respaldada, exercida e efetiva, consegue dar a sua parcela de transformação na sociedade, embora a situação atual seja testemunha de que a violência está inserida dentro da escola e isto deve ser notado. Uma sociedade que a passos largos caminha para o regresso, sofrendo e também oprimida, por negligência de um governo que não se importa com as necessidades básicas, que é um dos principais causadores do crescimento da violência em todas as camadas sociais que vem e se direciona também para a escola, reflexo da mesma. Embora com tamanho prejuízo, havendo cidadãos formados e instruídos, proliferadores da educação, defensores dos valores e éticos e morais, podem contribuir para melhorias, lutando pela valorização da educação aos eminentes.

  1. Violência na Escola, Como Descrever?

 

O cotidiano escolar é tremendamenmte marcado pela violência, instaurada e diluida em todas as camadas do meio social, e tudo a ver com as ações que emanam da interação nos diversos locais. O homem a cada momento vem demonstrando o seu caráter cruel e avassalador, suas maneiras de pensar e agir, se comportar em seu meio, coloca na história a imutável maneira de reação de um ser insensível.

Há uma discrepância no âmbito escolar quando a pergunta está relacionada “O que é a Violência Escolar?”, os protagonistas do cotidiano escolar como os professores, auxiliares, diretores e os próprios alunos, têm as suas concepções no campo da violência.

 O conceito de violência é muito amplo, mas alguns níveis podem ser relacionados, como também os mais presentes no cotidiano da escola, segundo Charlot: violência (a golpes, ferimentos, violência sexual, roubos, crimes, vandalismos), incivilidades (humilhações, palavras grosseiras, falta de respeito) e violência simbólica ou institucional compreendida como a falta de sentido de permanecer na escola por tantos anos; o ensino como um desprazer, que obriga o jovem a aprender matérias e conteúdos alheios aos seus interesses; as imposições de uma sociedade que não sabe acolher os seus jovens no mercado de trabalho; a violência das relações de poder entre professores e alunos. Também o é a negação da identidade e satisfação profissional aos professores, a sua obrigação de suportar o absenteísmo e a indiferença dos alunos.

Charlot identifica três tipos de manifestação de violência na escola:

Violência na escola é aquela que se produz dentro do espaço escolar, sem estar ligada à natureza e as atividades da instituição escolar: quando um bando entra na escola para acertar contas das disputas que são as do bairro, a escola é apenas o lugar de uma violência que teria podido acontecer em qualquer outro local. Violência da escola esta ligada à natureza e às atividades da instituição escolar: quando os alunos provocam incêndios, batem nos professores ou os insultam, eles se entregam a violência que visam diretamente à instituição e aqueles que a representam. Essa violência contra a escola deve ser analisada com a violência da escola: uma violência institucional, simbólica, que os próprios jovens suportam através da maneira como a instituição e seus agentes os tratam (modos de composição das classes, de atribuição de notas, de orientação, palavras desdenhosas dos adultos, atos considerados pelos alunos como injustos ou racistas). (CHARLOT, 2002, p. 434).

É afirmável dizer que uma das primeiras realidades que está inserida dentro das escolas, mesmo que a escola não tenha participação direta, é a violência que está presente dentro da escola, é gerada dentro do ambiente escolar, mas não há vínculo algum com a educação.

Outra verdade é o tratamento, a maneira de se dirigir uma palavra, como acontece a recíproca entre todos os envolvidos dentro das escolas. Palavras duras, assim também como a falta de respeito são situações que incitam para um ambiente tenebroso.

A terceira realidade, nesta desenvoltura de Charlot, é o intento. Os alvos certos de todo este movimento maléfico são as próprias escolas (prédio, carteiras, bebedouros, lâmpadas, jardins e etc), assim também como as pessoas (alunos, professores, gestores e auxiliares).

.

2.1- Violência contra Professores

É  fato a violência contra professores no Brasil e no mundo, mas em destaque o país chamado Brasil, que foi tema de uma pesquisa feita com mais de cem mil professores e diretores de escola do segundo siclo do ensino fundamental e do ensino médio que põe o Brasil no topo de um Ranking de violência em escolas que alcança o topo da violência contra professores.

 Um país tão rico e poderoso, com recursos o suficiente para vencer este câncer chamado violência, peca em inverter os valores, merguhado em filosofias pornográficas, com frases e clichês fazendo apologia à violência e o sexo.

No Brasil, a cada dez professores, um é agredido. Pesquisa feita e divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), traz em primeira página o Brasil, o campeão mundial de violência contra professores. Muitos casos contra docentes tem colocado o país nesta incômoda posição.

A pesquisa que aponta a triste realidade do Brasil ser o campeão, tem como objetivo mostrar a triste realidade da violência contra os professores. Muitos países participaram desta pesquisa, no total de 34. As indagações eram as mais precisas possíveis no cotidiano dos professores, que tinha como primícia as condições de trabalho dos professores.

A ascenção da violência no Brasil, o descaso com os professores, a desvalorização das escolas brasileiras, acaba com o caráter das mesmas, reduzindo a moral ao imoral, Cristovam afirma em uma entrevista à BBC Brasil:

“A escola desvalorizada gera violência, e a violência desmoraliza ainda mais a escola. Os jovens sabem que saindo um curso ou sem, de tão ruim que são os cursos, não vai fazer diferença, porque o curso não agrega muito na vida dele. Os alunos não veem retorno na escola. ”

A ausência dos valores que devem ser atribuídos aos professores, mostram o quanto o pais vem sucumbindo na educação e posteriormente em outras áreas, pois a educação envolve todas as áreas. Um país que tem professores insastisfeitos caminha para a destruição, segundo a TALIS, sigla que tem o seu significado Estudo Internacional Sobre Professores, Ensino e Aprendizagem, declara em seu estudos feitos no Brasil, que um número muito baixo, mostra a insatisfação dos professores com a educação que vem sendo mal administrada, ou seja, de cada dez professores, um tem a sua concepção formada de que o Brasil vem seguindo forte na educação, e a sociedade abraça com braços forte a educação. 

O cotidiano escolar está cada vez mais escancarado à vida dos alunos, o dia-a-dia de cada aluno varia de acordo com realidade subjetiva. Os problemas que são gerados dentro de cada célula, seja privada ou pública, contribuem para que a escola venha ser um local vunerável à violência.

Os alunos com seus problemas, transportam também para a escola, ficando difícil de até mesmo o professor ministrar a sua aula, e nesta conectividade dos problemas do dia-a-dia do aluno em participação com a escola, faz que a escola participe e seja até refém de seus incautos, segundo Dirk Van Damme, chefe da divisão de inovação e medição de progressos em educação da OCDE, declara, “Essa é uma das possíveis razões pelo quadro revelado pela pesquisa”.

2.2- Violência e Escola no Brasil

Pesquisas constataram sobre o advento da violência, como chega a atacar as escolas brasileiras e se aloja na mesma, no seio escolar, como constata Marília Pontes Sposito (2001), descreve sobre este impactante fenômeno chamado violência que na decada de 80 os estabelecimentos escolares eram alvos da incontrolável marginalidade.

As relações interpessoais agressivas, foram uma marca entre os alunos e agentes da instituição escolar, e isto já compreendido no final da década de 90 a 2000, e que nos anos atuais, este fato é intrinsicamente ativo no cotidiano escolar.

Duas são as manifestações de violência na escola, segundo Camacho (apud MARRIEL et al..2006) e estas em caráter básico, que fazem parte dos momentos dentro das demarcações escolares: física (brigas, agressões físicas e depredações) e não física (ofensas verbais, discriminações, segregações, humilhações e desvalorização com palavras e atitudes de desmerecimento) e todos que fazem parte da escola são vitimados por estas violências, desde o porteiro da escola ao gestor escolar, são protagonistas desta realidade.

Sendo que, os tipos de violências no cotidiano escolar culminam para a derrocada de todos os envolvidos com a escola, desafiando alunos, pais, professores, gestores e todos os envolvidos com a educação.

O ambiente escolar é mais um local para a dissiminação da violência, muitos dos alunos que não entendem nada sobre respeito, pois muitos deles não são ensinados, transmitem o virus que recebem de suas casas, pelos pais que não valorizam os filhos, promulgam a desordem dentro das escolas e quebram todas as regras da sociedade, o respeito que não aprendem com seus pais, dá lugar ao desrespeito pela omissão dos pais que não cumprem com o ofício paterno e materno, ficando a vida do filho sem tutela progenitora, e daí ensinados por todos os tipos de violências em seu cotidiano, assim expressa Ainda Monteiro: “...entendemos a violência, enquanto ausência e desrespeito aos direitos do outro”.

Algumas categorias no aspecto violência que contribuíram para o Brasil ser o País campeão na violência contra os professores:

Bullying - que tem como características as agressões intencionais, sejam verbais ou físicas, e com inclinação ao abuso exacerbado e repetitivo, sendo por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. A origem desta palavra é inglesa que quer dizer valentão, brigão. E o bullying vem de forma acentuada adentrando no ambiente escolar com categoria, e isto é notado pela ausência de medidas para combater está prática, derivados de condutas agressivas, sem vínculo social e uma problemática da violência escolar afirma Fante (2005, p. 21):

“acontece de forma velada, por meio de um conjunto de comportamentos cruéis, intimidadores e repetitivos, prolongadamente contra uma mesma vítima e com grande poder destrutivo, pois fere a área mais preciosa, íntima e inviolável do ser- a alma”.

Violência Física- as práticas que refletem à violência física, cada vez crescem, a bandidagem que dentro da periferia conseguem afastar coercitivamente a população do bem, e fica entranhado o mal, o tráfico que caminha junto, recruta jovens para a vida criminosa, tirando da sala de aula e inserindo no mundo do crime, as escolas que estão sendo reféns desta escória, o número de jovens armados dentro do cotidiano escolar, praticando agressivamente a violência, que resultam na evasão escolar, mortes como afirmam os autores Ristum e Bastos (2004), Santos (2001), Gonçalves e Sposito (2002), Njaine e Minayo (2003) e Araújo (2001).

Os roubos que diariamente fazem parte da vida dos alunos, que sem segurança caminham para a escola, temendo a qualquer momento serem subtraídos de seus pertences, correndo ainda o risco de serem mortos, assim como os prédios das entidades educacionais, sofrem nas mãos dos vândalos, que não valorizam nada e fazem da periferia o seu ambiente segundo afirmam os autores Santos (2001), Gonçalves e Sposito (2002).

Violência Não-Física (alunos como agentes protagonistas)- é o tipo de violência que deixa as suas marcas tanto como a violência física, porém a sua característica é moral, a ação ostensiva desta, age excluindo as pessoas, tratando com desprezo, humilhação. Algumas escolas nos estados do Ceará (cidade de Iguatu), Minas Gerais (Juiz de Fora) e São Paulo (Campinas), foram fontes de pesquisas pelas autoras Njaine e Minayo (2003, p.121), sendo escolas públicas e particulares, onde as mesmas revelam que a “[...] humilhação foi a forma de agressão mais sofrida pelos alunos, seguida pelos furtos, ameaças e destruição dos seus objetos.” O relevo desta pesquisa mostra que muitos dos professores acabam desistindo da profissão, pois a agressividade é frequente contra os alunos e educadores.

Violência Não-Física (a instituição escolar e seus agentes como protagonistas)- relevante pelo fato de que os professores estão desprovidos da capacidade de mostrar ao aluno, os perigos que ele vai encontrar, ou seja, o professor deve deixá-lo apto ao cotidiano de desafios, o aluno não consegue desenvolver e  nem se habituar no mundo contemporâneo, e o saber escolar deve colocar isto na vida do aluno, Santos (2001, p.4) ressalta a violência simbólica do saber escolar exercida por professores e funcionários das instituições escolares.

O professor precisa se conhecer a tal ponto de ter propriedades o suficiente a ensinar, mostrar, habilitar os alunos para as inesperadas investidas deste mundo de negrume, é preciso conhecer o aluno, ter ciência da realidadade do aluno oferecendo uma pedagogia sólida e provida com manifestos para o dia-a-dia.

“o futuro professor se capacite, para, em sua prática docente, compreender o universo cultural do auno, a fim de que, juntos a partir do que conhecem, venham a se debruçar sobre os desafios que o mundo lhes apresenta, procurando responde-los, e nesse  esforço, produzam novos saberes              ( MOREIRA apud TESSARO, 2004, p.125)

O professor precisa se conhecer a tal ponto de ter propriedades o suficiente a ensinar, mostrar, habilitar os alunos para as inesperadas investidas deste mundo de negrume, é preciso conhecer o aluno, ter ciência da realidadade do aluno oferecendo uma pedagogia sólida e provida com manifestos para o dia-a-dia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

São grandes os estragos deixados pela violência, todas as camadas sociais são atingidas chegando até o ambiente escolar, que seria o principal orgão para se começar uma mudança, rumo a caminhada contra a violência.

O ambiente escolar lesionado pelos golpes fortes da violência, todos os seus envolvidos estarrecidos e sem forças e, nem sabendo como reagir ou começar uma reação para coagir este intento do mal.

A violência é uma realidade bem triste dentro da sociedade, ficar de braços cruzados é concordar com com este fenômeno. As saídas para possíveis mudanças está na atitude de cada voluntário.             

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ABRAMOVAY, Miriam; Escola e violência.– Brasília : UNESCO, 2002. 154p.

SARMENTO, Hélder Boska de Moraes, PAIXÃO, Carlos Jorge, NUNES, Cely do Socorro Costa; Violência e Ética no Cotidiano das Escolas.-Belém: Unama, 2009

SITES:

http://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/136798228/brasil-campeao-mundial-na-violencia-contra-professores.19 de abril, 2016, hrs 19:21 acesso a internet.

www.fe.unicamp.br/coppem/wp-content/uploads/2011/08/55-SABRINA-S.-C.-eixo-2.pdf. 11 de março, 2016. Hrs 23:43 acesso a internet.

http://www.unicef.org/brazil/pt/Cap_02.pdf.18 de março,2016. horas 21:42 acesso a internet.

http://200.17.141.110/periodicos/revista_forum_identidades/revistas/ARQ_FORUM_IND_8/FORUM_V8_09.pdf. 21 de março, 2016. Horas 00:13 acesso a internet.

http://educonse.com.br/2010/eixo_02/e2-108.pdf.11 de abril, 2016. hrs 22:06 acesso a internet.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/852-2.pdf. 22 de março, hrs 15:06 acesso a internet.

http://coreichacomunista.blogspot.com.br/2010/11/violencia-e-educacao-um-dialogo-com.html. 24 de março, hrs 19:50 acesso a internet.

http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2014-08-30/brasil-e-lider-mundial-em-agressao-a-professores.html. 10 de maio, hrs 15:54, acesso a internet

http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/2764/2500. 10 de maio, hrs 16:54, acesso a internet