A vida no limite da prosperidade: Um perigo para a humanidade
Por Alberto Mahula Francisco | 04/02/2025 | SociedadeA vida no limite da prosperidade: Um perigo para a humanidade
Autor: Alberto Mahúla Francisco (MSc.)
Mestre em Economia e Gestão de Educação, pela Northeast Normal Universty.
albertofrancisco0686@yahoo.com
Resumo
A vida no limite da prosperidade é um estudo realizado com o objectivo de apresentar uma perceção focada na realidade atual das famílias e pessoas singulares que sentem-se quase abandonadas dos ditames da vida, onde, tudo é justamente conturbado, tendo em conta o maior índice de dificuldades que muitas famílias têm enfrentado. A pesquisa usou as técnicas de observação, entrevista e bibliográfica por serem vias fundamentais para a coleta de dados. Deste modo, os resultados da pesquisa mostram que a vida no meio ambiente familiar não tem sido fácil. As dificuldades mais vividas nas famílias, consistem na carência para a aquisição de bens e serviços de primara necessidade, principalmente a alimentação, vestuário, habitação, saúde e educação que atolam e atormentam a existência dos homens na face da terra. Como consequência, as pessoas a partir das suas próprias famílias, exercem atividades que até mesmo colocam a vida em risco. E, mesmo com inúmeros sacrifícios, o senso de pobreza, o pouco poder de compra e a desestruturação familiar são efetivamente inevitáveis. As famílias, quase já não têm nada que possam fazer a fim de as dignificar e lhes tornar mais felizes. Pois, quanto mais trabalham, ou seja, em quanto se sacrificam em virtude de adquirir pelo menos algum bem alimentar, mais a vida lhes torna difícil. Assim, cada pessoa de forma singular vai perdendo o folego de vida e a prosperidade vai-se ao seu limite terminal. Assim, o mais fácil para muitas das pessoas, nos dias de hoje, é a morte, pois, morrendo as pessoas entendem que podem ser salvos das obrigações, humilhações e aberrações do mundo corrupto e coberto de maldades. De todo o modo, é sugestivos que as sociedades, evitem os vícios, ambições desmedidas, corrupção, odio, injustiça e excessos na divisão de classes onde os pobres são a maioria e constituem a franja mais sofrida por marginação e exploração.
Palavras-chave: vida, limite, prosperidade, perigo, humanidade.
1. Introdução
Actualmente vive-se numa sociedade em que as famílias e as pessoas singulares vivem angustiadas e amarguradas. Para muitas das famílias, este sofrimento parece não ter fim.
Uns preferem dizer cautelosamente que, o fim do sofrimento para o homem atual é a morte. Pois, o sofrimento está seguramente entre as experiências mais entranhadas no espírito humano e, consequentemente, o sofrimento é uma das temáticas mais contempladas na cultura contemporânea. E, na qual, o sofrimento não carece de grandes demonstrações para se sustentar a sua permanência no viver humano. Hoje, doenças, epidemias, acidentes e catástrofes, casos de violência em série, expectativas não satisfeitas, injustiças não superadas, tudo isto pertence ao universo mais marcante de cada ser humano. Por isso, a logica da vida está ensinando as pessoas a entenderem o conteúdo da existência através do sofrimento, mostrando que o quanto mais se sofre, mais se prova a existência do homem, atual (Didaskalia, 2000).
Assim, alguns sobreviventes afirmam que, há necessidades de “estimular a vida e ponderar a morte como curso natural da vida” (Teixeira, 2020, p. 7). Nisto, a melhor forma destes se sentirem salvos diante de tantas obrigações, consiste justamente em morrer. Deste modo, morrendo fica-se livre de tantas aberrações e humilhações. Com isto, vê-se que em quase todas as sociedades, há um nível elevado de suicídio e de mortes por depressão.
Aquelas pessoas que mesmo sofrendo, assumem o sofrimento e define-o como sendo a sua história, são poucas e raras de serem encontradas.
Algumas pessoas vivem sofrendo e estão vivendo conformadas com as situações de humilhação. E, no final, estas tendem a viver numa situação de inutilidade, invalidez e a inutilidade por sua vez, constitui a resposta mais acabada perante a angústia que muitas famílias são submissas. Assim, as pessoas no mundo actual, tomaram-se vítima de problemas de fórum psicossomáticos, onde, as doenças de tipo cardíaco, trombose, tenção alta e tenção baixa, tendem a tomar conta de todos. Há situações de crises económicas e financeira que de algum modo colocam as famílias ao nível de pobreza estrema quase irreversível.
A perda do poder de compra, juntos do insuportável problema de falta de emprego por parte da juventude, passaram a ser assuntos de controversa na intimidade entre o existir e a prosperidade.
É, assim que podemos crer que o numero elevado de pobres e miseráveis nos dias de hoje, se tornou a base da perda de prosperidade, pois, uma família pobre e miserável, não pensa pelo amanhã, visto que a fome quando entra no núcleo familiar e no berço da sociedade, o mais concreto que se pode observar, é a falta de prosperidade, na medida que em que o fenómeno fome, não concorda com o verbo esperar. Por isso, quem tem fome não tem paciência para esperar.
É, deste modo que quase todas sociedades, estão ávidas e guiadas pela lei da sobrevivência, onde tudo que se queira fazer, o resultado deve ser imediato, a fim de permitir a garantia pela lei da sobrevivência.
No momento actual, as pessoas vivem para sobreviver. Nesta ótica, quem trabalha na sociedade de hoje, serve-se para sobrevir. E, pela necessidade de sobrevivência, até o sexo passa ser um negócio rendável e rápido. Deste modo, vive-se com a vida no limite da prosperidade.
A vida no limite da prosperidade, as pessoas ganham pela sorte e calhar, no entanto, os objetivos para o bem-estar, são subjetivo. E, o foco é meramente inútil para quem vive na tangente da prosperidade.
2. A vida no limite da prosperidade
A vida no limite da prosperidade mostra que “a prosperidade não significa o mesmo para todos, pois o que traduz uma vida boa e justa depende do contexto histórico e cultural, sendo por isso específico. Isto traduz a pluralidade e diversidade do conceito de prosperidade e significa que embora os desafios da prosperidade sejam globais, as soluções devem ser locais, pois, a prosperidade relaciona-se com a forma como as pessoas vivem, como as sociedades se organizam e como a riqueza gerada é distribuída, bem como com a importância de uma distribuição justa para acabar com as desigualdades, a pobreza extrema e para criar condições de vida dignas para todos ( Mapar & Ferreira, 2022).
Assim, a vida no limite da prosperidade é resultado de uma serie de vicissitudes que o mundo está submisso. Dentre as situações contundentes ao limite da prosperidade, temos por desígnio os problemas de perda de poder de compra por parte das famílias, o índice elevado de pobreza estrema, as assimetrias sociais e o desemprego por parte da juventude.
Há ainda problemas do pouco valor ao capital humano, onde mesmo as pessoas formadas e academicamente dotadas de conhecimentos, são cada vez mais carentes de emprego. E, suas possibilidades de inserção na vida activa da sociedade, estão cada vez mais limitadas.
O pouco respeito a personalidade individual, o desrespeito as instituições, incluindo a falta de respeito a família como núcleo fundamental da sociedade, são indicadores gerais e mais comuns no contexto da vida no limite da prosperidade. Deste modo, uma prosperidade feita na injustiça social, não constrói pilar para uma sociedade civilizada (Jackson, 2009).
As crises económicas e financeira que beliscam e degradam cada vez mais o modo de vida, incluindo o bem-estar da sociedade, passaram a ser factores importantes de limite da prosperidade por um lado. E, por outro, a forma impulsiva como algumas empresas têm despedido os seus trabalhadores, tem gerado situações de limite a prosperidade nas famílias e na juventude em particular. Assim, a vida está no limite da prosperidade por ter nas sociedades instituições mergulhadas na onda das injustiças, ignorância e desobediência aos direitos humanos, etc.
2.1. O desemprego como uma das bases de transcendência da vida no limite da prosperidade
O desemprego traz na vida das pessoas um juro acrescido de miséria, perda de prestígio, baixa autoestima, incluindo motivos para suicídio anímico. Assim, existe em toda a sociedade pessoas que decidiram colocar a sua vida ao risco da morte por falta de emprego. Há mesmo aquelas pessoas que colocaram fim as suas vidas por terem sido desempregadas, mostrando que o desemprego é perigo que ronda a humanidade.
Viver desempregado é quase ser uma pessoa sujeita à todos os perigos. E, viver com a pessoa desempregada, é quase estar juntos de uma mina antipessoal, que de qualquer modo e a qualquer momento, pode vir explodir, acabando de matar todos, ou simplesmente danificar e poluir o meio ambiente social. Por isso, toda a sociedade, deveria lutar contra o desemprego. E, a autoridade e órgãos do direito, devem tomar sempre precaução, a fim de mitigar o desemprego.
O desemprego é companheiro de ódio, vingança, preguiça e perda de valor enquanto pessoa humana. Com o desemprego, muita gente tomou decisões iradas, provocando em si, desespero perante a vida como bem natural, angustia e medo de enfrentar a vida para o progresso. Deste modo, o desemprego, constitui a base da vida nos limites da prosperidade, fazendo-a transcender até atingir na mira das piores aberrações. Dentre as piores aberrações da vida nos limites da prosperidade, tem-se aqui a pobreza, a misseira, desestruturação familiar, as práticas de criminalidade, vagabundagem, a prostituição, etc.
Para além de tantos males que advêm juntos do desemprego, há dentro desta linha da vida nos limites da prosperidade, a fuga a paternidade e maternidade, cujo, seus reflexos influenciam direitamente na educação e formação da personalidade das pessoas.
E, todos os males que servem de companheiro dialético do desemprego, a vida no limite tangencial da prosperidade, é uma cronica transcendente de geração em geração. E, isto, constitui a razão segundo o qual as pessoas e as sociedades tornaram-se bastantes cruéis, ofensivas, injustas e acima de tudo indignas de viver num mundo de paz.
2.2. As assimetrias sociais: indicadores próprios para a vida no limite da prosperidade
As sociedades modernas, vão crescendo, trazendo no meio ambiente social e nas famílias, novas formas de ser, agir, organizar-se, etc. E, há entre as sociedades, situações tendenciosas que aludem perigo contra a humanidade. Estes, são exatamente problemas de natureza comportamental e de desvio de conduta moral. Dentre os vários problemas que chocam direitamente a vida social, temos os seguintes: egoísmo, ambições desmedidas, a arrogância, a vaidade, etc.
Para além das situações, honra mencionadas e que chocam direitamente com a sociedade, há entre as sociedades os problemas de assimetrias sociais, onde, os ricos estão sendo cada vez mais poucos e os pobres vão se multiplicando. Por meio das assimetrias sociais, os ricos apesar de serem poucos, têm sempre a vontade e o desejo intimado em dominar as sociedades. Assim, vê-se que em cada instante, o pobre vai sendo prejudicado e lhe, é retirado o pouco que possui, principalmente a saúde, e educação de carater natural e pura.
Os direitos sociais, principalmente o direito a registo de nascimento é para o pobre um bem de difícil aquisição. E, quando se tratasse de diversão, o pobre, principalmente o filho deste (pobre), deve praticar atividades condicentes a criminalidade e nudez.
Hoje, toda a liberdade do pobre é absolutamente controlada através de leis que somente compensam os ricos. Os pobres vivem as piores aberrações do momento, fazendo com que a vida como único bem precioso que esta franja da sociedade possui, passasse a ser prejudicada, vivendo assim, no limite tangente da prosperidade.
No tácito dos ricos, o pobre é uma pessoa inútil, não possui valor nenhum. Por isso, mesmo existindo, ninguém quer falar do pobre. O pobre passando no meio da gente rica, parece ser uma pessoa nojenta. E, tudo, o rico faz para niquela-lo. Neste sentido, o pobre é tido como burro, cujo, seu sacrifício, ou seja, os resultados do seu trabalho, beneficia somente os ricos. E, quando o pobre é niquelado, o rico se apropria com todos os bens, principalmente a terra como riqueza soberana.
2.3. A injustiça social: um factor que condiz a vida no limite da prosperidade
A injustiça é o principal cancro das sociedades modernas. Por isso, no meio ambiente social, o perigo está cada vez mais nas peritas do ser injusto, onde, a lei está quase presente para defender os ricos. E, a lei está aguda para prejudicar os pobres e miseráveis.
Por meio da injustiça social, o pobre é humilhado e na sua vida, as dificuldades são todas impostas. É, neste sentido em que quando as sociedades ricas falam, impõe condições de imposição e de obrigação suprema. Dentro das obrigações supremas, o rico deve obediência suprema.
A injustiça social, permeia os maléficos, criando dificuldades para os seres humanos de natureza humilde e justa. O injusto se alegra com o sofrimento do justo e se incomoda com o sucesso deste. Por isso, a injustiça social, mata a inteligência, talento, sabedoria e qualquer outro brio que seja de carater natural.
Nos ditames da injustiça social, os fortes são alvos a abater e os fracos servem de sujeitos a aplaudir, elogiando-os, vão indo dificultando a vida do pobre. Assim, na sociedade de injustos, a maldade é sempre enaltecida e a razão é unicamente fragilizada. Por vezes, a razão é motivo justo para a condenação. Pelo que, por meio da injustiça social, só conhece a condenação (cadeia pura) quem luta pelo bem comum, pela legalidade, paz, democracia e bem-estar social.
Na injustiça ninguém age para fazer o bem comum. De igual modo, os injustos ignoram o sofrimento de pessoas de classe social baixa. Um injusto não atende o clamor de quem é sacrificado pelo seu juízo pleno. É, deste modo que a injustiça social, promove a incompetência, mediocridade, intolerância, pobreza, miséria, etc.
2.4. Défice na inserção social da juventude
A inserção da juventude na vida activa da sociedade, constitui uma das vias fundamentais para o desenvolvimento de qualquer sociedade, visto que a juventude é a força motriz de uma nação. Uma vez retardada a sua inserção na vida ativa da sociedade, isto condiciona e debilita o progresso social, implicando direitamente na qualidade de vida das famílias.
“Na atualidade, diversas pesquisas têm discorrido sobre a relação da população juvenil com o mundo do trabalho, sob distintos enfoques: exposição a remunerações mais baixas (Santos e Gimenez, 2015), instabilidade ocupacional devido à falta de experiência laboral (Reis, 2015), informalidade nos vínculos (Silva et al., 2016; Silva, 2018), vulnerabilidade a contratos temporários e intermitentes (Booth, Francesconi e Frank, 2002; Balan, 2014), maior sensibilidade a recessões (Kelly e McGuinness, 2015) e, mais recentemente, sua vulnerabilidade diante do contexto da pandemia de covid-19 (Corseuil e Franca, 2020; Silva e Vaz, 2022).8 Todas essas condições adversas enfrentadas pelos jovens podem gerar uma população que não é empregada e que nem está em processo de educação ou treinamento” ( Ciríaco, Filho, Lins, Junio, & Silva, 2022).
Assim, o défice na inserção social da juventude, constrói uma sociedade óssea e marginal, na medida em que toda a dinâmica social, está dependente do saber prático e operacional desta nobre franja social.
Por isso, as sociedades precisam ser mais estratégicas em criar mecanismos próprios para que a juventude seja profissionalmente habilitada e socialmente integrada. Pois, é a integração rápida da juventude na vida ativa da sociedade, permite a cautelar vários problemas de natureza desviante e perigosos para a dignidade das famílias, segurança social e defesa da vida como um bem precioso.
Muitos apuros, atos de mediocridade e de desvio comportamental, têm como origem ao défice na inserção social da juventude na sua vida ativa da sociedade. Dentre os atos comuns de desvio comportamental e que baseiam-se no défice na inserção social da juventude, a descrição pronta elucida, mostrando os seguintes: a violência, fuga a paternidade e maternidade, delinquência juvenil, insegurança e intranquilidade social, etc.
Há de facto inúmeras situações de risco perante a vida, e que são associadas ao caso do défice na inserção social da juventude na vida ativa. E, na atualidade, vê-se muita juventude propensa a drogas ilícitas, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, prostituição e outros comportamentos de carater conflituosos que realmente mostram o quanto é perigoso ter uma juventude socialmente debilitada em termos de inserção social.
De todo o modo, o défice na inserção social da juventude, é um ato de comportamento desumano que expõe a vida das novas gerações ao risco de piores aberrações, tais como: o suicídio, marginalidade, medo de viver e perda da fé perante a existência de si mesmo.
É assim que desenrola a vida na margem da prosperidade. Uma juventude deficitada em termos da inserção social, não tem prosperidade nenhuma. É, exatamente uma juventude miserável que não pensa no amanhã. Para esta juventude, o que mais importa é sobreviver, ou seja viver hoje, pois, o amanhã já mais existirá. Deste modo, a juventude vai buscando uma vida fácil, sem tentar empenhar-se em aprender uma profissão que possa valer para a vida toda.
É, uma juventude cujo, o imediato é o mais importante. Trata-se de uma juventude descuidada, sem temor e que vive numa ilusão, pensando que o perigo perante a vida não existe.
E, por isso mesmo, tem-se uma sociedade onde a maior parte da juventude está empenhada em tentar a vida pelo imediatismo, fazendo biscatos, micha e sobretudo os jogos da sorte. Pois, para esta juventude inserida na sociedade de forma deficitada, a sorte é que determina na vida. Ao passo que o propósito, objetivo e foco, são fatores de sucesso desconhecidos por uns e ignorados por muitos jovens.
3. Metodologia
Este estudo foi desenvolvido através de uma metodologia qualitativa que empregou as técnicas bibliográfica, entrevista e observação não participativa como principais instrumentos de coleta de dados. Por ser uma pesquisa de maior amplitude femenológica, utilizou-se o tipo de estudo descritivo, procurando descrever a natureza do problema, apresentando uma explicação mais evidente, evitando toda a ambiguidade possível na coleta, analise e interpretação de dados.
O objetivo da pesquisa consiste em trazer uma reflexão mais cuidada, baseando-se na realidade do quotidiano das famílias, onde, a pressão social, os limites impostos pelos diferentes órgãos do direito, o fluxo nas obrigações e deveres, colocam a vida no limite da prosperidade.
Participou neste estudo, pessoas de vários estratos sociais, incluindo grupos associativos e de massa. E, coletou-se dados muito relevantes em lugar de convivência laboral e de tomada de decisões publica.
Alguns dados mais relevantes, foram colhidos através da participação do autor em locais de conferências, palestras de alta motivação e de mudança comportamental. Serviram de igual modo de campo de estudo as salas de aulas do ensino geral e universitário.
Depois de toda a abordagem, usou-se as vias de eficiência filosófica, isto é a indução e dedução, a fim de dissipar qualquer variável de tendência nociva. Assim, através da indução, foi possível buscar uma reflexão baseada na razão do existir do problema, partindo do geral ao particular. E, técnica de dedução, o pensamento partiu do particular ao geral, deste modo, fez-se o tratamento de dados trazendo o princípio de contraditório, onde toda a ideia discutida tornou-se valida atendendo a natureza do problema honra aprimorado na pesquisa.
4. Resultados da pesquisa: apresentação, análise e discussão
Os resultados desta pesquisa mostram que atualmente a vida está no limite tangente da prosperidade, onde, as famílias e as pessoas singulares, principalmente a juventude e adolescentes, já não possuem confiança em si mesmos, nem acreditam no futuro. Há quem que considera o futuro numa visão mais péssima, onde quem antes acreditou no futuro, hoje vê-o numa dimensão mais moribunda. Trata-se de uma esperança moribunda e um futuro inserto, pois, as sociedades têm dificuldades de direcionar as aspirações da juventude. Assim, o medo de esperar num futuro que nunca mais chegará tomou conta de todos. E, a preguiça de fazer as coisas a acontecerem predomina dentro do contexto da realidade das pessoas.
As pessoas estão cansadas de viver numa sociedade movida de promessas e espectativas irrealizáveis, ou seja, numa sociedade em que as pessoas que acreditam, fazem as suas crenças emergirem no vazio. A singela fé, já atormenta os adormecidos, pois, hoje, dormir e acordar é apenas uma questão de sorte e coragem.
E, elementos tais como: alimentação, vestuário, habitação, educação e saúde que seriam um direito de cada cidadão, hoje passam a ser um privilégio.
É, nesta precariedade da vida onde muitas famílias, buscam o seu melhor alimento nas lixeiras. Ao passo que a diversão mais fácil para a juventude é o álcool, droga, prostituição e estudar ou trabalhar que seria bom, é atualmente um milagre ou então um favor protagonizado pelo senhor que seja cada vez mais poderoso.
Há, ao longo da pesquisa, observações claras e objetivas, que mostram a realidade, segundo o qual, a sociedade ficou sem prosperidade. As pessoas já não acreditam que o melhor pode acontecer e futuro possa vir ser positivamente surpreendente.
As pessoas têm a crença de que os países já têm os seus legítimos donos. E, para além destes, já nunca pode vir existir uma outra pessoa capaz de ajustar-se ao sucesso e bem-estar, chegando ao ponto de cada pessoa não pertencente as elites tornar-se uma pessoa melhor. A vida só tem melhorias na elite que domina a agente da classe baixa. É, neste modo que entre as famílias e pessoas singulares observadas no seu dia-dia, foram vistas sem muita motivação para fazer alguma coisa melhor ou exercer uma atividade com zelo e dedicação. Quase que todas as pessoas e famílias de modo geral, querem ter uma ocupação rápida e que dê dinheiro ou alguma coisa que possa servir de recurso de sobrevivência.
Nesta vida, quase ninguém quer prosperar, até mesmo as elites e pessoas de castas superiores. Assim, até mesmo os Governos, preferem conceber e assumir responsabilidade de projetos que possam dar dinheiro rápido e imediato. Na dimensão geral do caso, vê-se que ninguém quer buscar um plano que beneficie as futuras gerações e das consequências destas decisões tomadas na luz da vida nos limites da prosperidade, não há consciência pura para assumi-las.
Houve observações que mostram sujeitos que preferem praticar atos de criminalidade ou seja que colocam a própria vida em risco. Mas, para estes, mais vale cometer crime, morrer ou ser condenado e conseguir alguma coisa para sobreviver duque prosperar na vida. Assim, o conceito de prosperidade está em declínio e a vida encontra-se nos limites tangentes da prosperidade.
5. Conclusões
Este estudo apresenta as seguintes conclusões:
· Muitas sociedades estão cada vez mais cruéis e a maior parte de pessoas tornam-se maléficas. Assim, a fome, miséria e pobreza extrema tomaram conta do amago das famílias;
· A vida em sociedade está em declínio da prosperidade;
· A esperança para uma vida melhor está cada vez mais moribunda;
· A crença no futuro é bastante esmagadora para quem queira dormir e acordar amanha;
· Os jogos da sorte arrebatam o triunfo mais alto das atividades juvenis. Ao passo que a prostituição, álcool e drogas ilícitas, fazem a maior diversão da juventude.
6. Sugestões
· Que as sociedades, evitem os vícios, ambições desmedidas, corrupção, ódio, perseguição de homem pelo homem, injustiça e excessos na divisão de classes onde os pobres são sempre a maioria e constituem a franja mais sofrida por actos de marginação e exploração.
· Que as sociedades aprendam a fazer o bem, colocando a dignidade da pessoa humana acima das felizes realizações de todos;
· Que nas sociedades e nas famílias de modo particular, possa esplandecer a esperança, cujo, amanha um triunfo realizáveis para cada ser humano;
· Que as famílias e pessoas singulares, possam rebuscar a crença de um futuro mais próximos, as coisas para além de serem difíceis, que possam ser possíveis;
· Que os jogos da sorte não sejam a única via de espectativa para a vida próspera, pois, a crença na sorte pode transformar a vida numa preguiça escorneadora.
Bibliografia
Ciríaco, J., Filho, J., Lins, J. M., Junio, O. R., & Silva, S. P. (Outubro de 2022).
UVENTUDE E
EXCLUSÃO SOCIAL: UMA ANÁLISE SOBRE OS FATORES DETERMINANTES DA CONDIÇÃO DE NEM-NEM NO BRASIL URBANO. pp. 1-18.
Mapar, M., & Ferreira, C. D. (2022). Manual da Prosperidade. Universidade aberta.
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