A UTOPIA DE NÃO TE AMAR
Por Flávia Lindoso | 11/09/2008 | EducaçãoA UTOPIA DE NÃO TE AMAR
Se bem que me pareces perfeito
Com luvas de bordas douradas
E belas palavras argumentadas, sentado num trono de glória
Dominando a quem te gosta imoderadamente.
Se bem que me parece um príncipe
Que vaga em meus sonhos
Com um cavalo branco
Até chegar a cama onde eu, bela adormecida,
Te espero.
Parece-me ainda mais perfeito
Quando estamos juntos
E sinto a tua mão restringir meus sentimentos.
E as palavras?
Ah... as palavras são ditas progressivamente
Criando em mim a eterna lembrança de que nunca vais embora
E que para aquela realidade eu jamais voltarei.
Quando chega a noite
Em cada estrela
Sinto um sentimento proibido pelo divino,
Um pecado que na sua profundidade torna-se raso,
E ao mesmo tempo profetizo que serás sempre meu.
Tu me pareces perfeito que eu até me proíbo de te esquecer
Por que morrer este sentimento não está programado na árvore da vida
Que deixou todos nós morrermos.
Pareces - me perfeito
Quando junto comigo voas pelas mais altas montanhas
Mostrando-me um mundo de fantasias, um paraíso indescritível.
Acima da perfeição
Tu me pareces eterno
Com o coração cheio de bons sentimentos
Com a certeza de que me queres sempre.
Alagando esta pequena e murcha flor do meu jardim – que se chama AMOR –
Com o sol que brilha pela manhã e a lua que banha a noite.
Poema dedicado a Herberth Alessandro, meu grande amor, sempre.Amo-te!