A utilização da iluminação na concepção dos espaços interiores da arquitetura e suas tecnologias
Por Juliana Mara Batista Menezes | 19/03/2011 | ArteJuliana Mara Batista Menezes ? jumarabm@hotmail.com
Resumo
Compreender a evolução da iluminação analisando a história da arquitetura permite a construção de um pensamento consolidado para a concepção de projetos contemporâneos preocupados em atender necessidades primordiais de preservação de recursos para gerações futuras. Logo, o objetivo desse artigo é analisar a utilização da iluminação em espaços interiores da arquitetura ao longo de períodos históricos marcantes por meio de revisão bibliográfica e apresentar o que, segundo as literaturas, são as novas tecnologias relacionadas com a iluminação. Concluiu-se que um embasamento teórico aliado às percepções do que se espera do futuro da iluminação é a chave para a realização de projetos que contemplem a arquitetura como um todo ? englobando, sim, a iluminação como elemento essencial na construção de edifícios que entrarão para a história.
Palavras-chave: Iluminação; Arquitetura; Eficiência Energética.
1. Introdução
Saber ver a arquitetura é saber interpretar todos os elementos nela inseridos capazes de transformar nosso olhar e formalizar, desse modo, um conjunto único e solidificado.
Os espaços interiores da arquitetura estão em constante mutação. Segundo Souza et al. (2007), a história da arquitetura está diretamente relacionada à evolução humana. A arquitetura passa a existir quando o homem constrói para se proteger de predadores e de fenômenos naturais. A busca por novos materiais, ferramentas e técnicas construtivas vieram pelas novas demandas sociais (crescimento das civilizações, necessidade de interligação entre cidades, abastecimento de água, consolidação de crenças religiosas) ou mesmo pela procura por formas agradáveis aos olhos, fazendo com que a arquitetura continue evoluindo até os dias de hoje.
É por meio de tantas transformações que a arquitetura consegue transmitir ao observador atento a sua verdadeira essência. De Botton (2006) é a favor de que a arquitetura é capaz de nos transmitir felicidade inconscientemente, trazendo-nos uma alegria repentina que muitas vezes não conseguimos explicar.
A arquitetura causa perplexidade também pela inconsistência da sua capacidade de gerar a felicidade que a torna atraente para nós. As casas podem nos convidar a aproveitá-las com um humor que não conseguimos evocar. A arquitetura mais nobre pode às vezes fazer menos por nós do que um cochilo à tarde ou uma aspirina (DE BOTTON, 2006:17).
O autor sugere ainda que a arquitetura causa perplexidade pela inconsciência da sua capacidade de gerar a felicidade que a torna atraente para nós, além de transmitir mensagens morais, ao invés de ditar leis. Dessa forma, a arquitetura nos convida, e não ordena, a seguir o seu exemplo.
Uma das maneiras que determinada construção possui de ser convidativa e instigante está na mescla de elementos que auxiliam na exaltação de sua estética. De acordo com Szabo (1995), um dos principais elementos do projeto arquitetônico apontado por arquitetos e teóricos da arquitetura consiste no uso da luz. O autor afirma que o papel da luz na arquitetura possui caráter distintivo e ultrapassa a questão meramente higienicista, quantitativa, contribuindo com suas características e qualidade intrínsecas na criação do espaço. O autor ainda cita a célebre frase de Le Corbusier, que define a arquitetura como o "jogo sábio, correto e magnifico dos volumes reunidos sob a luz".
A relação estreita entre a luz com o espaço justifica a importância da iluminação na história da arquitetura. Tal relevância é observada em todos os momentos de ruptura que a arquitetura promoveu, estando a luz sempre presente nesses períodos marcantes. Segundo Furtado (2005) a luz, de forma sutil, aparece indiretamente como uma postura ética e estética nos movimentos arquitetônicos.
Trapano e Bastos (2006) afirmam que a percepção das formas da arquitetura é revelada pela luz, do mesmo modo que a arquitetura é capaz de esculpir a luz. Sendo assim, diversas características da arquitetura, como planos diferenciados, ondulações, depressões, texturas e materiais resultam em superfícies que se acentuam e se diferenciam por meio de gradientes de luminosidade. De acordo com Furuyama (1997), a luz é capaz de definir diferenças entre interior e exterior, enfatizar conexões ou separações, orientar, definir áreas com tarefas diferenciadas e sugerir movimento. Quando surge dentro de espaços que apresentam simplicidade das formas, a luz estimula e inspira nossa consciência, transformando o espaço uniforme em um espaço dramático.
Szabo (1995) cita que pode-se criar uma edificação poética através do recurso da luz , em que nada adianta criar um pavimento tipo bem modelado, com pilares, dutos e maçanetas colocados corretamente se a luz não der vida e poesia a este espaço. Desse modo, a luz revela a poesia do espaço para o homem, fazendo da arquitetura uma construção poética da luz.
Outras características da luz sob o espaço construído são citadas por Barnabé (2007), que diz que a luz pode: revelar ou desmaterializar formas; relacionar uma obra de acordo com seu contexto físico-cultural, clima e orientação; promover a percepção do tempo com dinâmicos efeitos cinéticos; conectar ou separar o interior do exterior; unir, diferenciar, conectar ambientes; bem como dirigir e orientar, estabelecendo pontos focais, hierarquias e movimentos dinâmicos; enfatizar no espaço um sentido de verticalidade ou horizontalidade; juntamente com a sombra, modificar proporções óticas do conjunto edificado, promovendo efeitos de leveza ou peso ? assim como reforçar volumes e perfis, marcar acessos, articular superfícies e projetar rendilhados; criar atmosferas, podendo simbolizar ou representar uma idéia, um conceito, um valor como o cosmos, a vida, a morte, o sagrado e o profano; bem como promover associações, podendo expressar sentimentos.
De fato, os arquitetos possuem a luz como ferramenta ? chave para poder modificar o espaço e o estado de ânimo do observador. Consta que o primeiro arquiteto que abordou sobre luz na arquitetura foi Vitrúvio: "Precisamos atentar para que todos os edifícios sejam bem iluminados. (...) portanto nós devemos aplicar o seguinte teste. Do lado do qual a luz deve ser obtida, estique uma linha do alto da parede que supõe-se obstruirá a luz até o ponto onde a luz entrará, e se uma parte considerável do céu aberto pode ser vista quando se olha por sobre aquela linha, não haverá obstruções para a luz naquela situação". (Ladislão Pedro Szabo apud Yan-Yung, 1989,p.293).
Desta forma, o presente artigo tem como objetivo abordar a dinâmica da luz em espaços interiores da arquitetura por meio de pesquisas bibliográficas, observando quais efeitos gerados para a caracterização de uma obra e analisando como o fator luz foi utilizado ao longo da história da arquitetura.
Um dos problemas encontrados é o fato de, apesar de estar presente desde os primórdios da arquitetura a luz foi pouco estudada como elemento composicional em projetos arquitetônicos,haja vista poucos arquitetos que abordaram teoricamente a iluminação em seus projetos no decorrer da história da arquitetura.
Como resultado, espera-se que o estudo crítico da iluminação seja base fundamentada para projetos luminotécnicos futuros, onde o desafio está em criar e recriar sensações engajadas em soluções sustentáveis, aliando arquitetura e iluminação.
2. Referencial Teórico
De acordo com Barnabé (2007), uma das condições fundamentais para o processo inventivo do projeto arquitetônico é a luz natural. Se for utilizada como diretriz no momento conceptivo e tê-la como geratriz dos elementos construídos o resultado final será a concepção de um ambiente altamente qualificado. Para alguns arquitetos, a luz é um elemento circunstancial relacionado com o conforto ambiental; para outros, é um material construtivo tão essencial quanto o concreto e o tijolo. Porém, é unânime a opinião de que a luz faz parte do processo de projeto; mas não são todos os profissionais que conseguem priorizá-la como condicionante geradora de elementos formais e espaciais que agreguem "valor" ao objeto construído e transcendam ao simples acaso de jogos de luz e sombra. Sendo assim, o estudo crítico da luz em espaços interiores da arquitetura é algo de extrema importância, uma vez que luz e espaço possuem uma relação mútua.
A fenomenologia dos acontecimentos e lugares é também a fenomenologia da luz. Em geral, eles todos se relacionam à fenomenologia da Terra e do Céu. O Céu é a origem da luz, e a Terra sua manifestação (NORBERG- SCHULZ, 1987:5)
Entretanto, grandes obras arquitetônicas não possuem mérito apenas pelas utilizações bem-sucedidas da luz para valorizar seus volumes. Adotar a luz como diretriz não implica desconsiderar outros importantes parâmetros fundamentais ao desenvolvimento do projeto, como por exemplo aspectos ligados ao local e seus arredores, necessidades programáticas, sistemas construtivos, e elementos que propiciam conforto ambiental. Utilizar a luz natural como geratriz implica, inicialmente, tornar esse elemento um "catalisador" de propostas, tendo ciência que isso envolverá uma série de outras condicionantes diretamente relacionadas a esse tema como considerações climáticas do lugar; mutabilidade das características luminosas na variação do tempo, dos dias e das estações; características dos envoltórios ? aberturas, filtros, materiais, texturas e cores; e o diálogo entre interior e exterior, entre as áreas iluminadas e sombrias, etc. Sendo assim, iluminar não significa somente dar a justa medida de luz a um ambiente, mas a possibilidade de modificar e controlar a luz (BARNABÉ, 2007).
O grande mérito de um projeto que tenha a luz bem utilizada é aquele que consegue modificar a qualidade do espaço ao criar uma nova atmosfera por meio da luz. Unwin (2003) diz que no processo do projeto arquitetônico são utilizados vários tipos de materiais. Materiais "estáveis" ? tijolos, concretos, vidros, etc. ? e materiais "instáveis" ? luz, som, temperatura, odor, etc. ? que influenciam na percepção das texturas, cores, tamanhos e nos efeitos variáveis com o passar do tempo. E embora esses elementos "instáveis" sejam considerados os de mais difícil domínio, uma vez pensados como "matéria", podem ser controlados conforme a intenção do arquiteto.
Sendo a luz natural um dos elementos "instáveis" da arquitetura, Barnabé(2007) conclui que ela pode ser uma das diretrizes de projeto na identificação e caracterização de lugares específicos: lugares com baixa luminosidade, com luminosidade gradual, escuros com feixes de luz dramática, ou lugares fortemente iluminados. Ainda segundo o autor, a matéria luminosa pode evidenciar a arquitetura, facilitar as ações das pessoas tornando os espaços confortáveis, modificando a visão da volumetria do ambiente ao alterar as três dimensões da arquitetura. Outros componentes relacionados à luz são as sombras e as e através delas é possível perceber a tridimensionalidade dos objetos, conferindo ao ambiente uma magia que de outra forma não se obtém.
Assim, iniciaremos essa abordagem sobre o breve histórico da Iluminação na Arquitetura com o Período Medieval. Analisando a luz na arquitetura romântica, Alcaide (1985) afirma que o sistema construtivo do período foi marcado por paredes compactas e contínuas, onde os vãos que se abriam conseguiam cumprir uma função meramente objetiva de iluminação. Dessa forma a decoração subordina-se ao sistema de iluminação. O autor compara a arquitetura romântica com a arquitetura gótica, afirmando que enquanto na catedral romântica a luz penetra por minúsculas aberturas no alto da construção, originando um grande contraste de luz e sombra, nas catedrais góticas, por sua vez, as paredes não mais estruturais são rasgadas por vitrais que introduzem na história da arquitetura uma luminosidade até então desconhecida.
Na arquitetura gótica, pôde-se observar uma evolução nas técnicas construtivas até então vivenciadas. Mascaró (2005) afirma que em meados do século foi inventado a traçaria para janelas, uma técnica inovadora que permitiu a construção de janelas esteticamente belas e maiores do que as até então empregadas nas construções medievais, permitindo assim o uso emblemático da iluminação. O período é marcado pela integração entre a arquitetura e a iluminação, representando valores que estruturavam aquela realidade e capaz de produzir signos emblemáticos desses valores. Ainda segundo a autora, a iluminação medieval foi capaz de criar um ambiente de solenidade suprema, principalmente tratando-se dos edifícios góticos. A iluminação característica do gótico é algo solene, onde não se projetava a iluminação de espaços para atender às necessidades humanas, nem ao menos o uso doméstico.
A casa medieval era fria, mal iluminada e pobremente aquecida para os parâmetros atuais. Mas é importante verificar que em outra dimensão não mensurável, pode ser buscado o conceito de conforto ambiental medieval: na configuração do espaço. Conforto é a atmosfera de que se rodeia o homem e na qual vive. Como no reino de Deus, o conforto medieval é intangível, é o próprio espaço criado do qual a luz faz parte fundamental. Um edifício medieval parece acabado embora não possua mobília; nunca está nu, seja ele uma catedral ou um dormitório burguês; a especificidade do espaço imediato à janela, destinado à realização das tarefas visuais mais exigentes, além de se relacionar com o mundo exterior, cria recantos de particular beleza e eficiência dentro dos princípios do projeto gótico. (MASCARÓ, 2005).
No período medieval, assim como desde o começo da história cristã, a luz se liga à origem e ao princípio divino das coisas, conceito esse muito observado na iluminação gótica, que possui suas catedrais como grandes destaques do período medieval, despertando a religiosidade através da verticalidade da luz natural. Bruyne (1958) afirma que a luz no período medieval reside sempre acima das formas de expressão, onde a extrema beleza visível aos olhos é concebida devido ao reflexo da beleza invisível superior. O autor enfatiza o elemento que mais caracteriza o gótico: os vitrais, utilizados nos pontos mais altos das catedrais.
O vitral é um elemento da arquitetura gótica que vai além do aspecto funcional e estrutural, uma vez que era tido na época como o efeito da transmutação da matéria, da pedra, através da luz. Segundo os medievos, o poder da luz divina podia transformar a pedra dura em matéria diáfana, um intermediário entre a corporeidade terrena e a forma transcendental. A forma arquitetônica do gótico é caracterizada tanto pela luminosidade quanto pela verticalidade. (BRUYNE, 1958,V.3.).
Ainda segundo o autor, é preciso interpretar a luz na arquitetura medieval não sob o prisma setecentista, mas sim sob o ponto de vista onde o sobrenatural estava presente em toda e qualquer atividade humana. E para conseguir a idéia do sobrenatural na arquitetura foi utilizado o recurso da verticalidade, possível graças aos efeitos do vidro. Dessa forma, é possível considerar a forma de uso da luz e o tratamento dado ao espaço como emblemáticos, uma vez que relaciona intenções e objetos arquitetônicos com outros índices, permitindo a interpretação e atribuição de sentido a um determinado momento histórico (MASCARÓ, 1990). Brandão (1999) conceitua que a luz do gótico desmaterializa a construção e a igreja irradia para toda a cidade esse abraço do espírito divino sobre a matéria, os cristãos e o mundo terreno.
No edifício gótico pode-se dizer que o vão, interpretado como foco de luz, desapareceu. Os pontos de iluminação abertos na parede deram lugar a um paramento translúcido que gera uma luz colorida e não natural. Assim, na catedral gótica perde-se a referência ao espaço exterior devido ao fato de não existir vão nenhum que o sugira. A intensidade da luz se reduz em proporção inversa ao aumento do tamanho da janela (ALCAIDE, 1985:22-24).
Já no período da Renascença, não são muitos os aspectos conhecidos verificados na arquitetura com relação a iluminação. A época da Renascença é restrita pelas limitações energéticas do século XVI com novas noções de conforto, desenvolvidas em parte na época, em parte retomadas dos antigos e muito diferente das medievais, aliado a um maior interesse pelas ciências naturais, próprio desse momento, eles propõem soluções técnicas de tipo "brando", ou seja, solares passivas e bioclimáticas, para usar a linguagem atual do assunto. Ingênuos e alegres, os ambientes são bastante luminosos, com fortes contrastes, como a própria Renascença (MASCARÓ, 2005).
O século XIX foi marcado pela arquitetura da engenharia, como já caracterizou De Fusco (1981), sendo a manifestação mais significativa no campo construtivo do período, marcando claramente a passagem entre o passado e o presente da arquitetura , sem a qual é impossível pensar o nascimento do Movimento Moderno. A arquitetura emblemática do século XIX, repleta do uso do ferro para construção de pontes, coberturas e estruturas aliou arte e tecnologia e generalizou o uso da eletricidade e da iluminação artificial ? que se tornou um avanço importante na evolução da tecnologia ? fator fundamental para melhorar as condições consideradas apropriadas para a arquitetura e a cidade moderna no século XX, segundo Mascaró (2005).
Entretanto, observa-se nesse período da história da arquitetura uma notória despreocupação com relação ao conforto termo- acústico das edificações, ficando implícito apenas as soluções com a utilização excessiva e desemfreada do vidro nas construções:
O fenômeno da concentração nos valores visuais e o estranho desinteresse pela qualidade de isolamento térmico e acústico da envolvente edilícia, assim como pela iluminação, apenas justificável pelo impacto causado pelas inovações na climatização e iluminação artificial [...]. O Movimento Moderno, em menos de meio século, conseguiu impor como edifícios umas caixas de vidro semitransparentes, de materiais leves, quase inabitáveis, que se deterioram como carros estacionados à intempérie". (CORONA MARTINEZ, 1987:88-90).
Mascaró(2005) cita que a parede de vidro surge como parte de um período importante de uma nova arquitetura, implicando gastos (quando não desperdício) de energia devido às perdas e ganhos térmicos próprios de sua capacidade térmica, assim como perda de iluminação artificial durante a noite. A autora denomina como gritante o desencontro entre a arquitetura e a iluminação no Modernismo, sendo a utilização abusiva do vidro algo visto como expressão máxima da modernidade, sem incorporar aspectos sociais, humanos ou estéticos, sendo apenas o resultado de soluções engenhosas, próprias de pós-guerra.
Autores e arquitetos do período Modernista, por sua vez, salientam o uso do vidro como o elemento- destaque da arquitetura do século XIX. Wright (1975) descreve que a maior diferença entre as edificações antigas e as modernas é o uso do vidro; Aalto (1979) afirma que usar a janela tradicional em projeto de concepção modernista seria algo Kisch, pois o que deve ser procurado é uma nova qualidade de luz, para o então novo homem do modernismo. De acordo com De Botton (2006), uma das funções de uma casa modernista, segundo Le Corbusier, era de ser um receptáculo de luz e sol. Dessa forma, Alcaíde(1985) observa uma semelhança entre o sistema estrutural da arquitetura gótica com a arquitetura modernista, onde ambos possuem paredes não estruturais que podem ser transformadas. No caso da arquitetura modernista, essas pôdem ser transformadas em paredes de vidro.
Tem-se que os modernistas europeus enfrentaram dificuldades para trabalhar com as novas tecnologias da arquitetura modernista, uma vez que confundiam a tecnologia com um problema cultural, relacionando as mudanças de estilo com as mudanças tecnológicas. Brawne (1960) já afirmava que a preocupação da Bauhaus era com a produção racional do objeto e não com o usuário, como por exemplo, ao pesquisar a maneira mais simples de produzir uma luminária sem se preocupar com a luz que incidia nos seus olhos.
Por outro lado, o século XX assume a importância da luz, reivindicação esta realizada durante o século anterior. Cremonini (1992) cita que o novo período foi caracterizado por novas tecnologias, como o vidro plano - permitindo inúmeras possibilidades relacionadas com o sentido compositivo da obra; o brise- soleil e as prateleiras de luz ? dialogando construção com a luz natural por meio de uma pele de vidro. O autor também enfatiza a importância da luz no século XX, que deixou de lado as significações simbólicas e seguiu rumo a uma visão impressionista.
Segundo Mascaró(2005), outro avanço tecnológico de suma importância para a iluminação de espaços interiores na arquitetura foi lançado no final da década de 1940, com a incorporação ao mercado da lâmpada de tubo fluorescente para iluminação artificial, o qual, junto com as lâmpadas de descarga de gás, existia potencialmente desde o começo do século XX. Para o projeto arquitetônico, esta inovação representou a criação de plantas baixas retangulares com espaços integrados através do forro luminoso, com as instalações prediais e as circulações colocadas no centro da planta retangular. Mais uma vez, as inovações tecnológicas mudaram os princípios de projeto arquitetônico, embora agora as vantagens de seu uso fossem de caráter mais funcional e econômico do que estético. Já no início da década de 1950, os manuais de iluminação apresentavam avanços na iluminação de exteriores, de superfícies e objetos. O crescimento tecnológico de meados e final do século XX também fora notável:houve melhoria na eficácia das lâmpadas, melhor controle do ofuscamento e do sistema ótico das luminárias. Realizaram-se grandes avanços no campo de visão e da percepção, base dos futuros projetos de iluminação. A década de 1980 é caracterizada pelo aprofundamento de epsquisas sobre rendimento das lâmpadas, qualidade da cor e outros estudos aprofundados que permitiram guiar a iluminação para um pleno desenvolvimento, enquanto a arquitetura estaria à procura de seus paradigmas e emblemas.
E quais os reflexos de toda essa trajetória de contrastes tanto na Iluminação quanto na Arquitetura do século XXI? Com certeza, o impacto causado ao longo dessa jornada deixou resíduos que permitiram que especialistas estejam correndo atrás do prejuízo gerado ao meio ambiente. De acordo com Castelnou (2003), se desde a Pré-História o impacto sobre o ambiente era pequeno, já que as populações eram modestas e tecnologicamente pouco desenvolvidas, nos dois últimos séculos, a suposição de que o crescimento econômico
ilimitado fosse indispensável ao progresso criou uma visão unilateral de desenvolvimento,
baseada no volume da produção material e não levando em conta a qualidade de vida do homem. Ainda segundo o autor, a Revolução Industrial do século XVIII trouxe uma nova realidade sócio-econômica, apoiada em um processo acelerado de urbanização, o qual exerceu um violento impacto sobre os sistemas naturais, especialmente por ser grande consumidor de energia e matérias-primas, além de produtor de poluição e resíduos tóxicos. A arquitetura e o urbanismo, que sempre teve por objetivo criar e organizar o espaço humano, de modo a abrigar suas atividades segundo imperativos de ordem funcional, técnica e estética, desempenham um importante papel neste contexto, uma vez que foram de suas posturas que se originaram muitos problemas ambientais urbanos, devido principalmente às práticas de construção e aplicação de determinadas tecnologias e materiais. As cidades do século XXI abrigam populações desejosas do progresso material e do conforto proporcionado pela industrialização e utilização da energia. Entretanto, esse tipo de desenvolvimento também gerou poluição, enchentes, congestionamentos; problemas estes que prejudicam a qualidade de vida nas cidades de todo o mundo.
Segundo Corcuera (2007), o ponto chave da sustentabilidade, tratando-se da questão urbana, está na arquitetura sustentável, ou a chamada eco- arquitetura, termos que estão intimamente ligados a dois conceitos: energia e meio ambiente. Nessa prática arquitetônica, cada vez mais mencionada nos dias atuais, destacam-se a eficiência energética do edifício, a correta especificação dos materiais, a proteção da paisagem natural e o planejamento territorial, além do reaproveitamento de edifícios existentes, históricos ou não, procurando dar-lhes um novo uso.
Ao se tratar da Iluminação, uma das maneiras para obter-se baixo consumo energético está na integração do uso da iluminação natural com as tecnologias da iluminação artificial. Para Eley Associates (1993), um projeto de iluminação adequado engloba aspectos relacionados com adequação de dimensionamentos e formas de aberturas para melhor aproveitamento da iluminação natural assim como o uso da iluminação artificial para obter níveis de luminância adequados para desenvolvimento de tarefas e complementando os níveis obtidos pela iluminação natural, a fim de conservar energia e reduzir o aporte de calor das luminárias. Dessa forma, a iluminação no ambiente construído deve ser avaliada visando a eficiência energética do sistema luminotécnico utilizado, observando se este causa danos ao meio ambiente. Segundo dados obtidos pelo Programa Nacional de Conservação de energia elétrica (PROCEL), as edificações brasileiras consomem uma média de 48% da energia elétrica do país. De acordo com Yeang (1995), a crescente preocupação com fatores ambientais fez surgir a avaliação de desempenho ambiental dos edifícios ou de sustentabilidade dos empreendimentos, identificando medidas para redução de impactos ambientais gerados pelas edificações.
O U.S. Department of Energy (2006), com base em análises de pesquisas recentes, revela que o futuro da iluminação está no diodo emissor de luz, denominado LED (light emitting diode). Diferentemente das fontes convencionais, os LEDs produzem luz a partir de um pequeno chip semicondutor, ao serem neles aplicado uma determinada corrente elétrica. Com tecnologia básica desenvolvida na década de 1960, os diodos emissores de luz (LEDs) têm sido amplamente utilizados por um longo período de tempo em aplicações variadas. Segundo Held (2009), apesar do custo de lâmpadas LED hoje serem duas a três vezes mais o custo de lâmpadas fluorescentes compactas, a eficiência dos LEDs é muito superior na observada pelas fluorescentes. O autor acredita que dentro de cinco anos os LEDs irão substituir um número significativo de lâmpadas fluorescentes de modo semelhante a forma como as lâmpadas fluorescentes compactas atualmente substituem as incandescentes de bulbos. É o que afirma Creder (2007), ao prever que até em 2015, 20% da iluminação será feita com LEDs que, além de alto rendimento possuem atualmente uma vida útil de 100 mil horas.
3. Discussão
A trajetória da Iluminação presente em espaços interiores da Arquitetura nos faz crer da sua importância ímpar ao longo de anos de desenvolvimento da história. A luz esteve presente em períodos históricos marcantes, das catedrais góticas a confusa ligação entre iluminação e o uso de paredes de vidro no Modernismo. Ao analisarmos o papel da iluminação na arquitetura nos dias de hoje, observamos algumas convergências e divergências entre opiniões de autores. Afinal, como a iluminação é difundida e observada na contemporaneidade? Quais os possíveis rumos a serem seguidos?
A luz é confundida com o espaço, dando-lhe visibilidade e com ele se integra, ou seja, não se pode investigá-los separadamente. A estreita ligação da luz com o espaço justifica a importância da iluminação na arquitetura. Entretanto, segundo Furtado (2005), mesmo presente em todos os momentos marcantes da arquitetura, hoje a luz é tratada apenas como um acessório, algo como um detalhe que poderá ser postergado em um projeto complementar.
Segundo o autor, ao investigar a luz na arquitetura, tem-se duas hipóteses: a primeira seria a luz como um dos temas centrais na arquitetura e com o tempo se tornando mero acessório das demais questões relevantes ao projeto arquitetônico. A segunda hipótese seria que os movimentos sócio-culturais que envolvem a arquitetura frequentemente carregam conceitos de luz e sombra, combinando entre si alternadamente.
Portanto a luz, mesmo quando não está diretamente referida nos discursos explícitos dos movimentos arquitetônicos, aparece de forma sutil enquanto postura ética, moral e principalmente estética nos movimentos arquitetônicos. (FURTADO, 2005:13)
Mascaró (2005) também conclui que estamos longe daqueles momentos em que a relação iluminação e arquitetura tem o sentido emblemático do seu tempo, fazendo-se necessário e urgente incorporar emblematicamente a iluminação à atividade arquitetônica em todos os seus aspectos. De acordo com a autora verifica-se que a produção de novas tecnologias, aqui citadas em especial a iluminação, não traz como consequência inevitáveis mudanças compositivas e estéticas na arquitetura, ao menos quando incorporadas à cultural da qual é o emblema. A iluminação traria um conteúdo cultural significativo além do quesito industrial apenas quando respondesse a a solicitações de demanda significativa, de maneira a melhorar a satisfação de uso ou diminuir o custo de satisfação dessa demanda.
Por outro lado, alguns autores caracterizam o papel da iluminação nos dias atuais como algo bastante relevante, que ganhara um papel ampliado devido aos avanços tecnológicos da atualidade. Filho (2003) e Szabo (1995) são da opinião de que o papel da iluminação atualmente tem seu papel ampliado em especial pela evolução tecnológica dos equipamentos ao contrário de antigamente, em que havia empenho basicamente para soluções de questões meramente funcionais, dentre outras condições mínimas para deslocamento.
Com relação ao futuro da iluminação, vários estudiosos são unânimes ao afirmar a importância de sociedades mais sustentáveis, onde a prioridade estará em economia de energia, dentre outros fatores ecologicamente corretos. Helene-Bicudo(1994) afirma que é importante assinalar que a transição para sociedades mais sustentáveis está diretamente vinculada ao tratamento de temas ambientais urbanos tangíveis, tais como transporte, uso do solo, qualidade do ar e conservação de energia, da mesma forma que temas intangíveis, como os de saúde e segurança pública, igualdade entre sexos, educação ambiental, responsabilidade ambiental global, etc. Pesci (2000), por sua vez, cita que voltar-se para práticas de arquitetura sustentável é uma realidade irrefutável, estando esta apoiada sobre quatro ideais. Primeiramente, em um programa "eco-lógico" ? ecológica e economicamente lógico ? para que sua inserção possa contribuir para sustentar a diversidade e a qualidade dos recursos naturais e da sociedade em que se insere. Em segundo lugar, nas energias do comportamento, visando recriar as identidades e as melhores tendências de convivência locais e regionais. Posteriormente, nas práticas morfológicas e tecnológicas mais apropriadas, que capitalizem a mão-deobra existente e os materiais locais não-esgotáveis, para conseguir linguagens morfológicas comprometidas com a história e as condições ambientais E, finalmente, nas energias do espaço e do clima, para enfatizar as melhores tensões do espaço circundante préexistente e as do próprio espaço a intervir, de modo a se aproveitar o clima para poupar energias e melhorar o conforto humano.
Castelnou (2003)aborda que, em uma sociedade onde os riscos passam a compor o dia-a-dia das pessoas, em especial nos cenários urbanizados, a prática arquitetônica e urbanística deve procurar avançar em direção a metodologias e procedimentos que objetivam, principalmente, a diminuição do desperdício energético das edificações, a utilização de matérias-primas renováveis, a adequação topográfica e bioclimática das estruturas, a reciclagem de edifícios antigos, o zoneamento ambiental e a preservação das áreas naturais.
Por fim, Wines (1998) afirma que é preciso avançar em direção a uma arquitetura ecológica ou green architecture, integrando todas as contribuições parciais. Afinal, existe uma dimensão ecológica e ambiental em todas as atividades humanas, que ocorre desde a reciclagem do lixo doméstico até a responsabilidade ética no corte de uma árvore ou na economia de luz e energia.
Logo, uma das possibilidades de aliar economia de energia com novas práticas tecnológicas está nos LEDS - light emitting diode. De acordo com Valentim et al. (2010), a vida útil de um LED atualmente é de 100.000 horas. Para efeito de comparação, uma lâmpada fluorescente comum possui um tempo de vida típico de 40.000.
Com um consumo menor e um fator de potência maior que as lâmpadas fluorescentes compactas comuns no mercado, as lâmpadas LED deverão ser a forma de iluminação predominante em um futuro próximo. O alto custo inicial acaba sendo compensado rapidamente devido ao baixo consumo e ao maior tempo necessário para que seja necessária substituição. Quando existir uma produção mais significativa e com eventuais avanço a tecnológicos e em processos de produção o custo desse tipo de lâmpada irá reduzir consideravelmente o que facilitará a popularização (VALENTIM et al, 2010: 33).
Atualmente, os projetos de arquitetura tanto de espaços interiores quanto exteriores podem contar com uma gama de recursos tecnológicos avançados que irão permitir efeitos de iluminação espetaculares. São muitos os dispositivos: Costa (2008) cita algumas configurações de LEDs no mercado, tais como a mangueira de luz, a barra, o painel, o projetor e ainda, em forma tubular. O autor também afirma que além do avanço da tecnologia das fontes de luz, principalmente referindo-se aos LEDs, um grande aliado para a sofisticação dos projetos de iluminação são os sistemas de gerenciamento. Tais sistemas permitem a criação de uma gama infinita de cores a partir da combinação de um número limitado de fontes de luz coloridas. A utilização destes sistemas possibilita a criação de projetos dinâmicos com a programação de cenas que se sucedem de acordo com o efeito desejado.
Demian (2008) também sugere os inúmeros benefícios dos LEDs na iluminação arquitetural, dentre eles: baixa manutenção em função de sua longa vida útil; maior eficiência que as lâmpadas incandescentes e halógenas e atualmente estão muito próximos da eficiência das fluorescentes (em torno de 50 lumens/ watt); resistência a impactos e vibrações, por ser uma tecnologia de estado sólido; controle da Intensidade variável; são ecologicamente corretos, pois não utilizam mercúrio nem outro elemento que cause dano à natureza; não emitem radiações ultravioletas e infravermelhas. Para Lee, S. W. R., et al., (2006), o desenvolvimento de novas tecnologias proporcionarão o aumento da potência dos LEDs aumentando, dessa forma, o seu potencial em aplicações de iluminação geral.
4. Conclusão
A análise da trajetória da iluminação em espaços interiores desde os primórdios da arquitetura até os dias atuais nos permite traçar um paralelo sobre a evolução da iluminação ao longo dos tempos e, principalmente, analisarmos quais os métodos mais adequados a serem utilizados em projetos futuros.
O uso da luz natural como diretriz de projeto evidencia-se nas obras arquitetônicas paradigmáticas que sempre a consideraram fenômeno basilar no processo de concepção do projeto. A história da arquitetura poderia também ser compreendida como a história dos vários modos de organizar o espaço-luz e através da concepção ideativa lumínica da forma que o envolve (BARNABÉ, 2008).
É sabido que ao longo da história da arquitetura diversas formas de iluminar espaços foram surgindo, através do uso da iluminação natural acertadamente utilizada em grandes projetos desde o século XVII e do uso de iluminação artificial, amplamente divulgado a partir da invenção da energia elétrica. A atualidade visa mesclar o uso da luz natural e da artificial, além de criar dispositivos cada vez com menor consumo energético, a fim de proporcionar mudanças de hábitos na população que permitirão que gerações futuras desfrutem de recursos não renováveis presentes na natureza.
Vários autores como Helene-Bicudo(1994), Pesci (2000), Castelnou (2003) e Wines (1998) abordam a importância do consumo energético consciente por meio de práticas arquitetônicas sustentáveis. A busca por soluções que não agridam o meio ambiente e que reduzam consideravelmente o consumo de energia por parte da iluminação artificial está presente nos diodos emissores de luz, LEDs, que possuem inúmeras vantagens com relação as lâmpadas mais consumidas na atualidade. A utilização do LED em ambientes diversos vem permitindo a criação de inúmeras novas possibilidades no cenário da iluminação contemporânea, formalizando assim um novo marco na história da arquitetura.
Podemos finalizar esse estudo com as palavras de De Botton (2006):
Dizer que uma obra de arquitetura ou design é bela é reconhecê-la como uma interpretação de valores fundamentais para o nosso desenvolvimento, uma transubstanciação de nossos ideais individuais num meio material (DE BOTTON, 2006:100).
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