A turma desmotivada
Por Marcia Freitas de Oliveira | 13/01/2011 | ContosA turma desmotivada
Certo dia, cansada de chegar à sala de aula e se deparar com as mesmas coisas, as mesmas caras e bocas e trejeitos, a professora Teca resolveu fazer diferente, ao invés de brigar, esbravejar, foi mais além, saiu da sala foi até a biblioteca pegou o som e levou para a sala com um cd com a canção "deixa a vida me levar"(Zeca Pagodinho), por alguns instantes os alunos pararam e começaram a sorrir, dar gargalhadas e a perguntar o que havia acontecido com a prof. Teca, pois hoje ela não esbravejou como de costume. em seguida a professora sem dizer nenhuma palavra escreveu na lousa "CARPE DIEM!". Os alunos sem entender nada começaram a zombar dizendo que Teca não tinha namorado na noite anterior, que estava ficando velha para a escola. Mas a professora não perdeu o foco e disse: Hoje ao invés de apenas codificarem o que eu finjo ensinar aqui na frente quero que vocês me ensinem algo de diferente. Por alguns instantes a sala ficou em silêncio e logo Muriel resolveu atiçar a intriga dizendo: - Prof. quem tem que nos ensinar é a senhora que é paga para isso!
A professora respondeu:
Então, hoje realmente estou velha e cansada, mais sei que um pouquinho contribui para sua cidadania. Toca o sino e todos guardam o material que não foi usado a aula toda e perguntam, prof. não tem tarefa?
A professora responde:
- Vocês terão muitas tarefas no decorrer da preparação para o vestibular.
E sem entender muito os alunos deixaram a sala de aula. Já no pátio Manoela e Muriel conversam e resolvem mudar o comportamento e percebem que o Carpem die da professora nada mais era que não desperdicem as oportunidades. Juliana lembrou que como a cigarra cantou o verão todo agora são eles, terão que sozinhos encarar a nota vermelha do vestibular sem reclamar que a culpa é da professora.
Igor ainda enfatizou: - A professora esteve sempre disposta a nos ajudar, sanando nossas dúvidas, enquanto nós apenas nos divertíamos durante suas aulas, as quais muitas das vezes morgamos com fones de ouvido ou num sono profundo depois da noitada do dia anterior.
Moral: Mas vale um silêncio do que esmurrar sem razão.