A Trindade - Santo Agostinho
Por Carlos Henrique Catuaba de Oliveira | 04/10/2017 | FilosofiaA TRINDADE
Neste Livro, Agostinho tem como finalidade, mostrar a vida divina que cada ser humano deve possuir, e nela, uma atividade íntima da alma, para que assim este possa se conhecer e se amar. Contudo, este amor chega a uma comunhão de Deus com o homem. Para explicar isso melhor, Agostinho elabora um capitulo em sua obra a trindade, cujo o tema é: "O amor de si mesmo e o amor de Deus" (Agostinho 464).
Nas sagradas escrituras, há diversas passagem que relaciona o amor entre o homem e Deus, é nítido que este amor há algumas dificuldades, uma dessa é apresentada de que ninguém pode amar alguém que não o conhece ou quando se é ignorado. Foi por este motivo que Deus institui o mandamento: "Amarás o Senhor teu Deus (Dt 6,5)" . Todo ser humano possui uma alma e nesta alma possui um sentimento oculto, de recordar, amar e compreender. Mas quando surge o sentimento do ódio para com o próximo e o anseio por prejudicá-lo surge, e isto através da razão, pode prejudicar a própria alma, e quando se prejudica, é por que a pessoa se odeia, e neste ódio, a pessoa chega a ruína. Por mais que este sentimento passe desapercebido, a pessoa não tem o objetivo se prejudicar, Agostinho ressalta o salmo onde diz: " Aquele que ama a maldade, odeia a sua alma (Sl 10,6)" ( Agostinho 464).
Todavia, aquele que ama a si mesmo, este ama a Deus. Mas Agostinho ainda ressalta que aquele que possui um amor próprio, não ama a Deus, pode assim se considerar que este se odeia, porque ele fará inimigo de si mesmo e se auto perseguirá.
Já aquele que ama a Deus, consequentemente respeitará e amará o seu próximo como a si mesmo, sendo mais um amor indevido, mas sim um amor ordenado. Afinal Deus não é apenas uma imagem, ele é responsável pela renovação do espírito, cujo o torna feliz, mesmo que tenhas caído em uma desgraça. Todavia, por mais que os males sejam grandes, a alma não estará limitada de memória, inteligência e amor. Com efeito, aquele que busca acumular riquezas, certamente caminha como uma imagem , mas estes dons dados por Deus de memória, inteligência e riqueza, é visada apenas para si mesmo. portanto este pode se perder, pois a ganância pode o consumir. Agostinho afirma que é viável deixar as riquezas de lado, pois é melhor perder um olho do que a mente, afinal sem a mente os nossos olhos se tornaria semelhantes a de um animal, enxerga, mas não é capaz de raciocinar.
Portanto, Santo Agostinho Exalta que Nós devemos ser fiel a este amor, um amor de intermediação entre Homens e o nosso Deus, afinal possuímos essa experiência de amar, pois ela foi dada por Ele e assim podemos de fato ser considerados a sua imagem e semelhança, não através do nosso físico, mas pelo sentimento do amor, pois a própria imagem da trindade de Deus é a imutabilidade da felicidade e assim a alma se completa por si mesma, e ela rejeita o pecado, pois a maior riqueza é cumulada pela riqueza do próprio Deus.