A Tortura Pública do Coronel Brilhante Ustra
Por Félix Maier | 10/10/2008 | PolíticaInfelizmente, o Exército deu as costas ao oficial que um dia combateu a
Peste Vermelha, evitando que o Brasil se transformasse numa Cuba
continental. Não temos mais Exército Brasileiro, mas um bando
comandando por generais babacas, subservientes, cretinos, que só se
interessam em defender suas mesquinhas mordomias, como diárias de
viagens pelo Brasil, carro funcional com motorista e os serviços de
taifeiros, muitos dos quais são obrigados a lavar calcinhas de
madames-quatro-estrelas, como denunciou um taifeiro da Aeronáutica.
No entanto, temos que confiar na Justiça, que certamente reverterá esse
absurdo, de condenar um réu sem nenhum tipo de prova, a não ser a
palavra de um comunista. O Supremo, com certeza, não aceitará
participar desse show maldito, tendo em vista a Lei da Anistia, que não
permite que esse tipo de crime possa ser punido, tanto os alegados
"crimes de tortura", quanto os "crimes de terrorismo". Se o coronel
Ustra for condenado em última instância, os terroristas-ministros de
Lula (Carlos Minc, Dilma Rousseff e Franklin Martins) e políticos como
Fernando Gabeira e José Genoino também devem ser condenados, por uma
questão de coerência. Crime de terrorismo e sequestro é tão ou mais
hediondo que crime de tortura.
Todo esse episódio envolvendo o coronel Ustra prova que existe um
revanchismo sem fim no Brasil contra o Exército em geral e oficiais em
particular. Tanto isso é verdade que a denúncia da família Teles só
ocorreu mais de 30 anos depois dos fatos alegados. Por que só às
vésperas do lançamento do livro "A Verdade Sufocada" é que esse
episódio veio à tona? Ora, é prova cabal que tem o dedo dos terroristas
por trás desta safadeza, para tentar desmoralizar a obra de Ustra,
livro que chegou a estar entre os três mais vendidos segundo noticiou o
JB. Além disso, o objetivo dos acusadores vermelhos é receber uma
fenomenal piñata, bancada pelo Erário, cujo montante da
"bolsa-terrorismo" já passa dos RS$ 4 bilhões!
Enfim, nunca se deve confiar em comunista. Como dizia Lênin, "a verdade
é um conceito pequeno-burguês" e "os fins justificam os meios
utilizados".
Para mim, o cocô de um vira-lata e o mijo de uma cadela têm mais valor do que a palavra de um comunista.
***
Mensagem recebida da Sra. Laís Rios:
Date: Thu, 9 Oct 2008 23:20:23 -0300
From: laisrios
To: ttacitus@hotmail.com
Subject: Vergonha
Distinto Capitão Félix Maier.
Pelo amor de Deus, como os militares deixaram haver esse julgamento do Cel.Brilhante Ustra?
Sinto-me envergonhada como brasileira e filha e mãe de militar, que isso tenha acontecido!
Se um militar, servindo à sua Pátria, tomou as atitudes que tomou, foi
porque foi preciso, caso contrário nossa bandeira hoje seria outra:
VERMELHA.
Continuo afirmando que estou morta de vergonha. Por que o Cel. Ustra
foi abandonado por seus colegas de farda? Estão acovardados? Nosso país
está perdido!
Estou profundamente entristecida e sinto não ser jovem e militar para
dar um basta aos fatos pelos quais estamos passando. Pode ter certeza,
mesmo sendo mulher eu não me acovardaria. Ainda que não tivesse armas
bélicas, eu teria a arma mais poderosa de um ser humano: A PALAVRA.
E nossos militares nem isso fazem. Ficam calados. O primeiro militar a
elevar a sua voz, sozinho, no meio da política, foi o Cap. Bolsonaro.
Muitos anos depois o General Heleno. O resto, penso, deve se
envergonhar da farda que usa...
Respeitosamente,
Lais Rios
***
Condenação
Coronel Ustra é declarado torturador pela Justiça de São Paulo
Quinta-feira, 09/10/2008 - 18:37
http://www.jornaldamidia.com.
São Paulo - Era 28 de dezembro de 1972 quando César Augusto Teles e
Maria Amélia Almeida Teles foram presos em São Paulo pelos militares.
No dia seguinte, os filhos do casal, Edson e Janaína, então com 4 e 5
anos, respectivamente, foram tirados de sua casa, em Cidade Ademar,
zona leste de São Paulo, e levados para o prédio do DOI-Codi junto com
Criméia Alice Schmidt de Almeida, grávida de sete meses, irmã de
Amélia.
Militantes do movimento de esquerda contra a ditadura militar, o casal
foi torturado na frente das crianças em uma operação liderada pelo
coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Hoje, 36 anos depois, Ustra foi
considerado torturador pela Justiça do Estado de São Paulo após a
sentença do juiz Gustavo Santini Teodoro. A decisão em primeira
instância do processo de ação declaratória ajuizado é comemorada por
toda a família Teles.
"É um sinal de que a impunidade está acabando neste país", acredita
Criméia, espancada pelo próprio coronel Ustra na prisão. Ela, a irmã
Amélia, o cunhado César, e os dois sobrinhos Edson e Janaína ajuízaram
a ação sem pedir qualquer indenização. "A intenção era reconhecer que
houve tortura e torturadores no Brasil", disse.
No que diz respeito às crianças, o juiz julgou a ação improcedente
porque "a prova testemunhal ficou muito vaga quanto aos autores Janaina
de Almeida Teles e Edson Luis de Almeida Teles". "Me considero
vitoriosa mesmo que a decisão não contemple a mim e o meu irmão. Eu
ouvi os gritos, vi minha mãe sendo torturada, fiquei seis meses
sequestrada. Isso é tortura sim, tortura psicológica", diz.
O advogado da família, Anibal Castro de Souza, explica que a ação
declaratória é um grande avanço para a democracia brasileira. "Estamos
pedindo o direito à verdade. É a prova de que os tempos estão mudando,
que hoje conseguimos o que antes era impossível".
A atriz e ex-deputada federal Bete Mendes foi a primeira a denunciar
publicamente o coronel Ustra por tê-la torturado enquanto estava presa.
"Só me manifesto sobre este assunto em juízo", afirma Bete. Procurado
pela reportagem da Agência Brasil, o militar se pronunciou por meio de
seu advogado, Paulo Esteves. "Vou usar todos os recursos cabíveis. Meu
cliente se incomoda em ser tachado de torturador. Ele considera
desagradável e injusto", disse Esteves.
Para Amélia, uma das autoras do processo, "deve ser mesmo
desconfortável e incomodar, mas que ele cometeu tortura, cometeu. Pode
mesmo incomodá-lo, mas é uma questão de justiça. Bater, espancar...
tudo o que ele fez foi tortura, não tem outro nome para isso".