A Sociologia na Pedagogia
Por Claudio Pinheiro | 24/06/2017 | EducaçãoClaudio Pinheiro: Mestre em Educação
Kelly Silva Sampaio: Estudante de Pedagogia
RESUMO:
Considerando que a pedagogia é a ciência que trata da educação dos jovens, que envolve os conhecimentos gerais de estudo, torna-se fundamental conhecer mais sobre o papel da sociologia na educação e na formação do educador. O pedagogo auxilia crianças, jovens, adultos e crianças com dificuldade de aprendizagem, com o ensino que teve em sua formação acadêmica e tem o dever de ensinar a todos inadaptados. É uma profissão muito importante, pois está ali para auxiliar desde os primeiros passos até a vida adulta do indivíduo. É através da educação de um pedagogo que as crianças têm um desenvolvimento. Nessa perspectiva, a educação através de seu agente principal, o pedagogo, participa na teoria e na prática de tudo aquilo que faz parte da vida de uma criança e consequentemente na vida do jovem que ela se tornará. Assim a educação tem o desafio de se adaptar com os modelos de cada sociedade, ao sistema educacional, ao mercado de trabalho e aos estudantes. Um bom pedagogo ensina uma criança e coloca motivos para ela pensar, ser crítica, ter um bom estudo e uma educação de boa qualidade.
PALAVRAS CHAVE: PEDAGOGIA; EDUCAÇÃO; SOCIOLOGIA. .
Introdução
O assunto desse trabalho é sobre a sociologia e qual sua importância para a Pedagogia. Nele iremos abordar o desenvolvimento da educação entre os séculos, considerando o modelo de cada época até os dias atuais, a fim de estudar o papel da sociologia tanto na educação quanto na vida de educandos e educados. Faremos uma análise social e para tanto, veremos também o que é educação, a sua história, a Educação no Brasil com o ensino religioso da igreja Católica, e ainda, dentro de todos esses temas, exploraremos também a reforma educacional, até chegarmos ao Enem. Assim, analisaremos do ponto social como esta atualmente a educação, o acesso às universidades públicas e privadas e quais os positivos a presença do pensamento sociológico pode trazer.
O que é a educação?
A palavra ‘educar’, do latim educere, que significa ‘instruir’, ‘ensinar’, ‘criar’, ‘elevar’, ‘sustentar’. (Tomazoni, 2014)
Chauí, sobre educação, pondera que a consciência é uma atividade sensível e intelectual dotada de poder de análise e síntese por meio de juízos. E estes se formam a partir da identificação do sentimento da própria personalidade, que é formada por nossas vivências. (Chauí, 2012).
O que é sociologia?
Para Durkhen, a sociologia é uma ciência cuja principal função é o estudo dos fatos sociais, que são os aspectos de nossa sociedade que moldam as nossas ações em sociedade, tais como nossa língua, o Estado e a moral. Cabe a sociologia a apreensão e o estudo sistemático das realidades sociais dos indivíduos. (RODRIGUES, 2010)
Análise e discussão: a história da educação
Tudo é história e tudo tem história. No processo educacional isso é ainda mais presente. No processo educacional escolar o professor, para lecionar, sempre precisa apresentar informações ao estudante. A questão é que todas as informações apresentadas não são produzidas simultaneamente ao processo da aula. São conhecimentos que se foram produzindo e acumulando ao longo de alguns anos, em tempos passados. Portanto são informações históricas. (Carneiro, 2017)
E aqui se manifesta um problema, que é o grande problema da história: como saber se aquilo que está sendo apresentado como fato histórico realmente aconteceu como está sendo apresentado? O que determina que este ou aquele fato histórico seja analisado ou mostrado como sendo algo memorável? Seja qual for a resposta, o fato é que o passado não está à disposição do historiador: “as características mais visíveis da informação histórica... foram muitas vezes descritas. O historiador, por definição, está na impossibilidade de ele próprio constatar os fatos que estuda” (BLOCH, 2001, p. 69), pois seu objeto de estudo é inacessível.
“A própria ideia de que o passado, enquanto tal possa ser objeto de uma ciência é absurda. Como, sem uma decantação previa, poderíamos fazer de fenômenos que não têm outra característica comum a não ser não terem sido contemporâneos, matéria de um conhecimento racional”. (BLOCH, 2001, p. 52)
O problema da história é que o historiador precisa fazer escolhas. Ele não estuda todos os fatos nem todos os processos, mas seleciona-os. Principalmente por que não tem acesso a eles. Dedica-se somente àquilo que lhe parece ser importante, por isso as escolhas. Além disso, o historiador olha para os fatos e processos históricos não em si mesmos, pois esses já não existem mais, mas os examina de forma indireta: mediante os documentos históricos que são uma versão do fato e não o fato mesmo. Isso posto, podemos dizer que tudo o que é apresentado como histórico não é a história, mas as versões da história. Cada versão do passado manifesta-se no tempo presente somente enquanto tem alguma relevância para aquele momento histórico ou para justificar algum elemento considerado importante no presente. Nas palavras de Marc Bloch: “O passado é, por definição, um dado que nada mais modificará. Mas o conhecimento do passado é uma coisa em progresso, que incessantemente se transforma e aperfeiçoa” (BLOCH, 2001, p. 75). E isso sempre é feito a partir dos interessas do pesquisador, do historiador.
Podemos dizer que o problema da história manifesta-se também quando pretendemos fazer a história da educação. O objeto de estudo é o passado, mas o passado do processo histórico já não está acessível; o historiador está na “impossibilidade de ele próprio constatar os fatos que estuda”. O que temos são as versões dos fatos; os textos com estas ou aquelas opiniões; os comentários localizados no espaço e no tempo; comentários que foram válidos para o momento em que foram emitidos. Mas como saber se essas opiniões permanecem válidas para nosso cotidiano? Como podemos dizer que aquilo que foi dito sobre a educação em outro tempo e espaço pode ser aplicado à nossa realidade educacional?
Podemos dizer que o drama da história manifesta-se também na educação e na história da educação. Como não podemos deixar de nos manifestar estamos sempre emitindo opiniões. Entretanto, fundamentamos essas opiniões no passado, sobro o qual não temos mais acesso, para justificar nossas opiniões...
Educação no Brasil
Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980. (BRUINI, 2017)
Com isso posto, podemos nos voltar aos dados nacionais: O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia).
Frente aos dados, muitos podem se tornar críticos e até se indagar com questões a respeito dos avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a escola só poderia evoluir com ela!”. Talvez o bom senso sugerisse pensarmos dessa forma. Entretanto, podemos notar que a evolução da sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna, mas de maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da educação.
Logo, agora não mais pelo bom senso e sim pelo costume, a “culpa” tenderia a cair sobre o profissional docente. Dessa forma, os professores se tornam alvos ou ficam no fogo cruzado de muitas esperanças sociais e políticas em crise nos dias atuais. As críticas externas ao sistema educacional cobram dos professores cada vez mais trabalho, como se a educação, sozinha, tivesse que resolver todos os problemas sociais. Já sabemos que não basta, como se pensou nos anos 1950 e 1960, dotar professores de livros e novos materiais pedagógicos. O fato é que a qualidade da educação está fortemente aliada à qualidade da formação dos professores. Outro fato é que o pensamento do professor sobre o ensino determina o que o professor faz quando ensina.
O desenvolvimento dos professores é uma precondição para o desenvolvimento da escola e, em geral, a experiência demonstra que os docentes são maus executores das ideias dos outros. Nenhuma reforma inovação ou transformação – como queira chamar – perdura sem o docente. É preciso abandonar a crença de que as atitudes dos professores só se modificam na medida em que os docentes percebem resultados positivos na aprendizagem dos alunos. Para uma mudança efetiva de crença e de atitude, caberia considerar os professores como sujeitos. Sujeitos que, em atividade profissional, são levados a se envolver em situações formais de aprendizagem.
Mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professores deixarem de ser um processo de atualização, feita de cima para baixo, e se converter em um verdadeiro processo de aprendizagem, como um ganho individual e coletivo, e não como uma agressão. Certamente, os professores não podem ser tomados como atores únicos nesse cenário. Podemos concordar que tal situação também é resultado de pouco engajamento e pressão por parte da população como um todo, que contribui à lentidão. Ainda sem citar o corporativismo das instâncias responsáveis pela gestão – não só do sistema de ensino, mas também das unidades escolares – e também os muitos de nossos contemporâneos que pensam, sem ousar dizer em voz alta, “que se todos fossem instruídos, quem varreria as ruas?”; ou que não veem problema “em dispensar a todos das formações de alto nível, quando os empregos disponíveis não as exigem”. Enquanto isso, nós continuamos longe de atingir a meta de alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade e carregando o fardo de um baixo desempenho no IDEB. Com o índice de aprovação na média de 0 a 10, os estudantes brasileiros tiveram a pontuação de 4,6 em 2009. A meta do país é de chegar a 6 em 2022.
No ENEM
Creio ser necessário analisar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não só pelo que já lhe garante tanto espaço na mídia, mas também pela influência que tem e terá sobre toda a Educação brasileira, dependendo de como for conduzido. (MENEZES, 2011). Antes de discutir perspectivas, porém, é bom ver como ele surgiu e se transformou.
Quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) definiu qualificações gerais para os concluintes da Educação Básica, o Enem as traduziu em habilidades e competências para avaliá-las. Os resultados, enviados aos estudantes, orientariam sua escolha de carreira, revelando seu preparo para, em contextos reais, usar linguagens, compreender processos e fenômenos, enfrentar situações-problema, argumentar e elaborar textos opinativos. Ainda em coerência com a LDB, foi concebido o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que combinava isso tudo com saberes disciplinares e, juntamente com uma produção textual específica, avaliava as quatro áreas de conhecimento para certificar a conclusão da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O atual Enem é uma versão do Encceja, mas serve hoje especialmente ao ingresso no Ensino Superior, dando também acesso ao Programa Universidade para Todos (Prouni), que subsidia o acesso a cursos de instituições particulares. Além disso, seus resultados têm gerado uma disputada classificação de escolas. Mas o que interessa agora é reconhecer a importância adquirida pelo Enem e discutir como, em função da natureza e da qualidade de suas questões, poderá influir nas diferentes etapas do nosso ensino. Será cada vez melhor a sinalização dada pelo Enem à Educação Básica se, na sua formulação, apresentar situações-problema em contextos reais e demandar linguagens e conhecimentos que correspondam a recursos para a vida social, para a construção cultural e para a trajetória profissional dos jovens. Isso não é fácil, mas justifica-se o esforço pelo custo e pela relevância de algo dirigido anualmente a milhões de jovens. Neste ano, há esperanças nesse sentido, pois foi feito um convite geral a professores para que contribuíssem na preparação de um banco de questões, e os docentes universitários que tiverem acesso a elas talvez possam aproveitar para também reformular alguns vestibulares.
Se, pelo contrário, o Enem continuar com itens sem situações-problema, com pretextos em lugar de contextos, com questões que possam ser respondidas pela mera exclusão de alternativas absurdas e outras pedindo informações que ninguém lamentaria esquecer no dia seguinte, então, será mais uma avaliação burocrática a desorientar nosso Ensino Fundamental e também o Médio. Nesse caso, o novo Enem constituirá mais um desserviço, estimulando escolas em que, desde criança, os alunos parecem ser treinados em disciplinas estanques para disputar exames vestibulares enciclopédicos e mal concebidos, em prejuízo de qualificações essenciais para a vida, independentemente de virem ou não a cursar universidades. E o que cada um pode fazer em relação ao Enem? Em sala, em vez de esperar que ele evolua no sentido necessário e ficar na torcida, todos podem usar sua matriz no ensino de cada disciplina. Devemos, então, simplesmente aceitá-lo? Quem concordar que aceite, sim. Quem discordar que reclame e sugira modificações, como tento fazer nesta coluna. O exame deste ano está aí: olho nele!
História da sociologia.
Nascido na região de Lorraine, na França, o sociólogo Émile Durkheim (1858-1917) é considerado um dos autores fundadores da sociologia moderna. Ministrou o primeiro curso de sociologia, criado em 1887, em Bordeaux, França. Suas contribuições para a área ajudaram a moldar a forma da abordagem sociológica e ainda hoje seus métodos de pesquisa são usados como referência de abordagem científica no campo das ciências sociais. Embora fosse predecessor às ideias de Augusto Comte, Durkheim seria um dos responsáveis pela sistematização dessa nova área de conhecimento, delimitando o campo de trabalho e as formas pelas quais a sociologia abordaria seus objetos de estudo.
Caberia à sociologia, segundo Durkheim, a apreensão e o estudo sistemático das realidades sociais dos indivíduos. Para tanto, o sociólogo deveria utilizar das mesmas ferramentas utilizadas pelas ciências anteriores: o método científico e a observação empírica. Essa era uma das principais preocupações de Durkheim: estabelecer as fundações e as formas de estudo da sociologia. Outras questões que Emile Durkheim propunha era acerca do avanço da individualização do sujeito social e o estudo dos fenômenos que compunham a formação de uma nova ordem social.
No entanto, Durkheim acreditava que a principal função da sociologia era o estudo dos fatos sociais. A sociologia deveria se abster de estudar as individualidades dos sujeitos e se debruçar sobre estudos generalistas acerca dos fatos sociais, que são definidos por Durkheim como os aspectos de nossa sociedade que moldam as nossas ações em sociedade, tais como nossa língua, o Estado e a moral. (RODRIGUES, 2010)
Segundo Durkheim, os fatos sociais possuem três características principais:
- São externos ao indivíduo, ou seja, os fatos sociais existem independentemente de nossas vontades individuais,
2 São de natureza coercitiva, o que quer dizer que eles possuem força para nos “obrigar” a agir de determinada maneira sob a ameaça de punições como o isolamento social, por exemplo, no caso de um comportamento socialmente inaceitável,
3. São também generalistas, ou seja, atingem a todos sem exceções.
Assim, Durkheim vai consolidar o pensamento sociológico partindo da premissa de que para estudar determinada sociedade é necessário: a coerção social (pressão social) e o estranhamento. Por isso, é necessário possuir um fato social, sendo que, dentre os fatos sociais podemos citar: os ritos de passagem, o velório, o suicídio e a escola.
O papel da sociologia
A base da sociologia é a análise da sociedade e para isso é fundamental entendermos dois conceitos fundamentais da sociologia, que são o senso comum e o senso crítico. Senso comum nos remete a um conceito que pode ser entendido como algo inerente (que faz parte) da sociedade. Os indivíduos passam a seguir determinadas linhas de pensamento uniforme e universal; senso crítico é quando o indivíduo passa a ter outro olhar sobre determinada questão e busca o esclarecimento. Através dele é possível descontruir uma ideia errônea tida como certa até então. Como dizia o poeta Fernando Pessoa: “navegar é preciso”.
Através da sociologia é possível perceber que a sociedade é regida por um código de moral e ética e que, ao longo da história, foram criadas ideologias cujo objetivo sempre foi convencer a sociedade a agir, pensar, produzir, segundo os interesses de uma classe dominante. Dessa forma, a sociologia esta presente também na educação. Um dos principais sociólogos que se preocupou com essa questão foi Durkheim. Ele acreditava que a educação está ligada diretamente a toda vida social, já que os homens foram responsáveis pela criação da escola. Ele foi o primeiro sociólogo a afirmar que a escola é uma instituição fundamental para formação do indivíduo, pois a escola e a sociedade interagem e se completam. Segundo Poyer (2007) a escola é compreendida como uma das partes que compõe o processo social.
A escola é uma instituição que atende as condições sociais e está sujeita a mudanças sempre que preciso, por isso é tida como um espaço de socialização. Durkheim entende a sociedade como um organismo funcionando, em que diversas partes trabalham conjuntamente para um objetivo final. Desta forma, cabe à escola formar o individuo e inserir as regras sociais através da reprodução dos hábitos e valores. Existem aspectos diferentes entre educação escolar e educação fora da escola, por isso é preciso estabelecer uma relação entre elas, já que ambas englobam o processo de socialização e cultura que buscam formar membros da sociedade. Assim, a sociologia estuda a escola, pois é a coisa que mais causa estranhamento e mais causa pressão. É o lugar onde ocorre a hominização para depois chegar até a humanização.
A sociologia na educação do Brasil
Ao refletir sobre as relações entre o educador e a criança submetida à sua influência, Durheim sustenta que a criança fica por condição natural, em estado de passividade e o educador assume uma posição de superioridade que vem da sua experiência, sua cultura e valores morais que ele carrega. Assim a função de educar é visualizada como um trabalho de autoridade em que, a autoridade é o meio essencial da ação educativa. Então, a autoridade moral é a qualidade essencial do educador.
Essa concepção de educação e do papel do professor influenciou as práticas pedagógicas adotadas no Brasil ao longo da história da educação e a forma como a atividade docente se realiza. Nas tendências pedagógicas analisadas por Libâneo (1989), podemos ver que sua linha de pensamento tem no professor a figura central do processo de ensino-aprendizagem, como detentor do domínio de conteúdos que devem ser repassados aos educandos, que, por sua vez, devem se portar passivamente como receptores desses conteúdos. Essa prática docente, conhecida como pedagogia bancária, foi duramente criticada por Paulo Freire.
As ideias de Durkheim influenciaram vários autores destacando-se Fernando Azevedo e Anísio Teixeira influentes educadores da escola nova.
Considerações finais
A educação é sem dúvida um fator que contribui para a transformação social. Ela exerce um papel fundamental nas relações sociais, servindo para evitar as contradições que existem entre os interesses sociais e pessoais. No entanto, ela sozinha não tem o poder de transformar, pois esta conectada as mais diversas experiências de vida e as mais diferentes condições de trabalho. A sociologia da educação defende que o processo educacional não pode ser separado do espaço da aprendizagem, ou seja, há uma ligação direta com o ambiente em que acontecem as ações do dia-a-dia. A escola precisa abrir espaço para os alunos refletirem e analisarem sobre os acontecimentos do mundo e suas consequências. Somente assim, terão acesso ao pensamento crítico e sociológico para então se posicionar de forma politica. Assim, haverá a evolução da pedagogia á medida que se proporciona ao educando o seu desenvolvimento, através da sociologia.
A educação compreendida como uma prática social que busca formar indivíduos para a vida em sociedade tem o dever de proporcionar uma visão que os permita compreender a sociedade em todas as suas esferas. Embora a área de conhecimento da Sociologia não garanta por si só o compromisso de promover uma educação crítica transformadora, ela pode, através de sua singularidade de analisar a sociedade sob vários olhares e perspectivas, influenciar de forma crucial os agentes dessa transformação. Afinal, a sociologia amplia a compreensão da realidade social, trazendo à luz a arte de educar como um fenômeno fundamental na transmissão da herança cultural, dos modos de vida, das ideologias, na formação para o trabalho que guarda uma estreita relação com a realidade em cada contexto histórico.
Assim, fica evidente a importância dessa disciplina no currículo dos cursos de formação de educadores. Sua presença nos cursos de Pedagogia converge com a finalidade de determinar a formação de profissionais da educação que sejam movidos pela criticidade, pelo inconformismo, pela busca de esclarecimento e pelo desejo de transformação social/educacional. Pedagogos verdadeiros que entenderão a sociedade e não fugirão dela, ao contrário, lutarão para transformá-la.
Referências bibliográficas:
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MENEZES, Luis Carlos de. O Enem pode ajudar a Educação Básica? São Paulo. 2011. Disponível em: Acessado em 16/06/2017
RODRIGUES, Lucas de Oliveira. Historia da Sociologia. São Paulo. 2012. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/emile-durkheim.htm Acessado em 17/06/2017
EMANUELLE, Oliveira. Sociologia da educação. São Paulo. 2014. Disponível em: Acessado em 17/06/2017