A situação do cotidiano escolar: CASO ANA LUIZA
Por Evony Auxiliadora Castelo Branco dos Anjos | 19/09/2014 | EducaçãoInforme Psicopedagogico. A situação do cotidiano escolar: CASO ANA LUIZA Ana Luiza, uma criança com sete anos de idade, está matriculada na 1ª série do Ensino Fundamental. É a primeira experiência dela no ambiente escolar já que não freqüentou a educação infantil. A presença da criança na escola tem ocasionado muitos questionamentos por parte dos professores em relação a sua aprendizagem, comunicação e participação nas atividades desenvolvidas no ambiente escolar devido ao fato de apresentar paralisia cerebral, fazer uso de fraldas e de cadeira de rodas, necessitando de auxílio na sua higiene, locomoção e alimentação. A professora de sala de aula está muito angustiada com a situação da aluna, principalmente, quando não consegue estabelecer comunicação pela dificuldade de entender o que a aluna deseja expressar e pela dificuldade de saber o quanto a aluna compreende o que lhe é falado. A professora se angustia ainda mais, quando não consegue avaliar Ana Luiza pelo fato de ela não escrever, não ler e apresentar uma fala incompreensível. Outras situações do cotidiano, também, se tornam angustiantes, como por exemplo, a impossibilidade de ouvir um conto na biblioteca escolar que fica no andar superior da escola e o acesso é pelas escadas. Ana Luiza acaba não participando com os demais alunos e fica em sala de aula na companhia de um atendente que a auxilia nos momentos de alimentação, higiene e locomoção. A aula de educação física é mais uma situação de desconforto para todos. Para a professora é muito difícil desenvolver atividades que envolvam Ana Luiza com os demais alunos pelas limitações físicas impostas pela paralisia cerebral. No momento do lanche, Ana Luiza volta para a sala de aula muito tempo depois dos seus colegas pelo seu ritmo lento de ingerir os alimentos. Novamente, Ana Luiza se restringe a companhia da atendente que a ajuda na alimentação. Ana Luiza, mesmo não tendo a fala para se comunicar, revela no seu comportamento a insatisfação de não poder interagir com os colegas de turma. Muitas vezes, ela se recusou a comer na hora do lanche para poder acompanhar a sua turma. Quando um colega se aproxima para conversar, ela registra em seu corpo, pelos movimentos desordenados e pelo sorriso aberto, o entusiasmo de receber a atenção de alguém. A mãe de Ana Luiza aparece constantemente na escola e demonstra sua preocupação com a inclusão da menina, revelando que gostaria que sua filha não fosse colocada em um canto isolado da sala de aula. No transcorre do tempo, a professora de sala de aula observou que Ana Luiza apresenta uma boa mobilidade na mão direita, consegue apontar e tenta pegar o que está próximo dela. A professora refere que seu rosto é bastante expressivo, ficando fácil perceber reações de desconforto, de prazer e alegria. É desta forma que Ana Luiza manifesta com clareza que não gosta de ficar longe da turma. Ordem cognitiva Temos informações sobre o potencial cognitivo de Ana Luiza, ela demonstra compreensão e clareza dos fatos. Linguagem É possível perceber no relato da situação do cotidiano escolar que Ana Luiza tem problemas de comunicação devido ao fato de apresentar paralisia cerebral, fazer uso de fraldas e de cadeira de rodas, necessitando de auxílio na sua higiene, locomoção e alimentação. Contexto familiar-A mãe de Ana Luiza aparece constantemente na escola e demonstra sua preocupação com a inclusão da menina, revelando que gostaria que sua filha não fosse colocada em um canto isolado da sala de aula. Contexto escolar No relato da situação do cotidiano escolar, percebemos dados relevantes. No transcorrer do tempo, a professora de sala de aula observou que Ana Luiza apresenta uma boa mobilidade na mão direita, consegue apontar e tenta pegar o que está próximo dela. A professora refere que seu rosto é bastante expressivo, ficando fácil perceber reações de desconforto, de prazer e alegria. É desta forma que Ana Luiza manifesta com clareza que não gosta de ficar longe da turma. Afetividade-Ana Luiza, mesmo não tendo a fala para se comunicar, revela no seu comportamento a insatisfação de não poder interagir com os colegas de turma. Muitas vezes, ela se recusou a comer na hora do lanche para poder acompanhar a sua turma. Quando um colega se aproxima para conversar, ela registra em seu corpo, pelos movimentos desordenados e pelo sorriso aberto, o entusiasmo de receber a atenção de alguém. Aprendizagem A professora de sala de aula está muito angustiada com a situação da aluna, principalmente, quando não consegue estabelecer comunicação pela dificuldade de entender o que a aluna deseja expressar e pela dificuldade de saber o quanto a aluna compreende o que lhe é falado. A professora se angustia ainda mais, quando não consegue avaliar Ana Luiza pelo fato de ela não escrever, não ler e apresentar uma fala incompreensível. Outras situações do cotidiano, também, se tornam angustiantes, como por exemplo, a impossibilidade de ouvir um conto na biblioteca escolar que fica no andar superior da escola e o acesso é pelas escadas. Ana Luiza acaba não participando com os demais alunos e fica em sala de aula na companhia de um atendente que a auxilia nos momentos de alimentação, higiene e locomoção. A aula de educação física é mais uma situação de desconforto para todos. Para a professora é muito difícil desenvolver atividades que envolvam Ana Luiza com os demais alunos pelas limitações físicas impostas pela paralisia cerebral.