A serviço da transformação
Por CLÁUDIA CRISTINA MUSACCHIO GOMES | 08/12/2012 | Educação
A serviço da transformação
Cláudia Gomes
Precisamos com urgência de educação inclusiva, em que o cidadão exerça o seu direito de cidadania, em um ambiente que lhe proporcione condições de igualdade e justeza, acesso ao saber, a construção do conhecimento onde o aprender venha da sua experiência de vida.
Antigamente o direito a educação era para poucos, atualmente temos condições de recuperar os estudos, com oportunidades que não devem ser desperdiçadas. Atualmente a escola enfrenta novos desafios, e sempre será assim, pois estamos constantemente em mudanças de mentalidade e de costumes e de necessidades. As diversidades só aumentam, e é necessário que nós futuros e os já educadores, tenhamos consciência, da grandeza que é a nossa participação, bem como a de todos os envolvidos neste processo de construção. Devemos assumir e respeitar essa diversidade, a começar por nossas próprias ações e postura, com um olhar democrático com visão nas praticas sociais, nas relações interpessoais de solidariedade e cooperativismo.
Para que haja essas mudanças é preciso rever as práticas tradicionais, o professor deve assumir o papel de participante e não o do ”centro” das atenções. Valorizando as aprendizagens significativas, individuais em que cada um tem de construir sua aprendizagem. Ajudar o aluno a acreditar em si, que se valorize como pessoa e se respeite e tenha orgulho do seu histórico de vida e cultura. Para que essas práticas ocorram de fato deve-se construir um PPP coletivo, definindo as necessidades dos alunos, professores, funcionários e comunidade escolar, adequando quando necessário às novas mudanças que vão ocorrendo. O PPP não deve ser entendido como um documento acabado e sim em construção.
A sala de aula é o lugar em que há uma reunião de seres pensantes que compartilham ideias, trocam experiências, contam histórias, enfrentam desafios, rompem com o velho, buscam o novo, enfim, há pessoas que trazem e carregam consigo saberes cotidianos que foram internalizados durante sua trajetória de vida, saberes esses que precisam ser rompidos para dar lugar a novos saberes. O aluno precisa se apropriar das informações que circulam nos meios sociais e culturais para transformá-las em conhecimento. Não podemos perder de vista que essas informações deveriam fazer sentido para a vida desse sujeito, para que ele possa ser articulado com suas ações, seus objetivos e seus sonhos e outras aspirações que tenha.
Logo um pedagogo deve ter consciência de estar a serviço da transformação de uma educação crítica, que estimule os indivíduos a buscar a melhoria de suas condições de vida pela adoção de hábitos, práticas e comportamentos que assegurem o desenvolvimento pessoal e a cidadania.