A SENSITIVA

Por Nilma Marques Coelho | 22/02/2013 | Contos

   Quando eu era pequena, nossa vizinha me dava roupas velhas da filha dela.

   Eu não queria vestí-las.

   Era por conta da forma como elas faziam como eu me sentisse ----

quando as colocava.

   Eu descobri que, quando a filha dela fazia malcriação, a vizinha a ----

trancava no armário escuro.

   Uma vez, quando ia ver TV, tive a nítida impressão de que as coisas --

entre minha babá e o namorado dela tinham ficado mais sérias.

   Às vezes, a energia de um evento pode permanecer num objeto até --

depois dele terminar.

   Como se fosse uma marca.

   Pessoas como eu, sensitivas conseguem ler esta energia e saber o --

que aconteceu.

   Como a vez que um amigo me ensinou a atirar com o rifle do pai, sem

saber que ele tinha o usado para sacrificar seu cão.

   Era uma energia particurlamente ruim.

   E não é só a energia dos objetos dos outros.

   Também consigo sentir as ações dos outros.

   O truque é tentar entender o motivo pela qual o objeto compartilha   ---

aquela energia com você e qual é a mensagem.

   E conseguir, com sorte, agir de acordo.